Entrar em uma ilha para a qual um ex-presidente dos Estados Unidos acabara de se mudar não seria tarefa fácil de qualquer forma.
Menos ainda se o ex-presidente em questão for Donald Trump, em meio a toda a paixão, fervor, controvérsia e medidas de segurança que costumam acompanhá-lo.
Estradas fechadas, desvios obrigatórios e um rígido controle policial tornam impossível chegar perto de Mar-a-Lago, o balneário onde Trump passou fins de semana e períodos de férias nos últimos quatro anos.
É ali que ele pretende estabelecer sua residência permanente.
A decisão tem gerado desconforto entre alguns dos moradores de Palm Beach, cidade onde se localiza a imponente construção e que é conhecida pela exclusividade, elitismo, riqueza e – sobretudo – pela vontade de manter esse status.
Mas como funciona esse recanto seleto ao sul da Flórida já definido por Trump como o “paraíso na Terra”?
Descanso
Palm Beach é uma cidade com apenas 11 mil habitantes.
Esse número que triplica na alta temporada (de novembro a abril), quando chegam as chamadas “aves migratórias”, como são chamadas por aqui as pessoas que residem nas partes mais frias do país.
Separados do continente por uma enorme faixa de água, o lago Worth, os residentes se referem à cidade como uma ilha que pode ser acessada pela estrada costeira ou por uma série de pontes, uma das quais leva diretamente para Mar-a-Lago.