O Partido Verde da Alemanha espera repetir nas eleições deste ano no país o desempenho que teve na votação para o Parlamento Europeu, quando ficou em segundo, com mais de 20% dos votos, e, assim, ter mais poder para negociar suas pautas em um novo governo, diz a eurodeputada Anna Cavazzini, em entrevista ao G1.
Hoje, a chapa tem menos de 10% do assentos no Bundestag (nome do Parlamento alemão).
Cavazzini faz parte da comissão de negociação com o Brasil no Parlamento Europeu, e tem defendido que o acordo entre o bloco e o Mercosul não deve ser ratificado como está.
A Alemanha é o grande país europeu mais propenso a ratificar o acordo comercial entre os dois países, mas os verdes consideram que é preciso mudar pontos fundamentais, afirma ela.
O acordo ganhou projeção com a cobertura da mídia e com a rejeição de Emmanuel Macron, da França, que considera que é preciso mudar o texto.
“Nossa posição, como Partido Verde, é parecida com a do governo francês. Precisamos de compromissos de metas de preservação antes de assinar, ou então não teremos poder para negociar [posteriormente]. Precisamos também de mecanismos mais fortes no acordo: pelos termos atuais, se metas de desmatamento não forem atingidas haverá um painel de especialistas, isso não tem efeito nenhum”, afirma ela.
g1