A catarinense Silvia Sordi visitou a Catedral de Notre-Dame, em Paris, horas antes do incêndio que atingiu a edificação histórica. Ela não chegou a entrar na igreja por causa das filas, mas relatou uma movimentação fora do normal da polícia e dos bombeiros. Ao chegar ao saguão do hotel, descobriu o que estava acontecendo: “os parisienses, principalmente, [ficaram] chocados, boquiabertos, não acreditam”.
A servidora pública, de 38 anos, chegou à capital francesa no sábado (13), de férias. Nesta segunda (15), havia muitos turistas em Paris, segundo ela. “Hoje estava quase impossível de andar pela cidade porque era muita gente pra todos os lados. A fila para entrar na Notre-Dame atravessava toda aquela praça em frente a ela”, disse. Ela estava no local por volta das 16h. O incêndio ocorreu perto de 18h50.
Catarinense também tirou foto da Catedral de Notre-Dame no sábado (13) — Foto: Silvia Sordi/Arquivo pessoal
“Eu até fiquei um pouco na fila, mas acabei desistindo de entrar, só circulei ali ao redor. Estava tudo normal, eu vi as obras, chamou a atenção, até por causa das fotos. A gente tira foto ficam parecendo os andaimes”, continuou.
Após ver a catedral por fora, ela seguiu para o hotel, no bairro Montparnasse, a cerca de dois quilômetros de Notre-Dame.
Comoção
“No caminho vi a movimentação de polícia, de bombeiros, sirene, mas não sabia o que estava acontecendo. Mas vi que era alguma coisa estranha porque eram muitos. Quando cheguei no hotel, já no saguão do hotel estava com a TV ligada, foi quando eu descobri o que estava acontecendo”, contou Sordi.
Conversando com as pessoas, ela relatou a comoção causada pelo incêndio. “Tem pessoas que até chegam a chorar pela perda de toda a história que tinha na Notre-Dame”, disse.
Silvia Sordi resolveu não voltar à catedral nesta segunda. “As autoridades têm pedido que as pessoas não se desloquem até lá, para evitar tumulto, até para facilitar o trabalho dos bombeiros”, afirmou. A turista é de São José, na Grande Florianópolis.
G1 SC