“Sou técnico de resultado. Se é feio ou bonito, depende de cada um”, disse Luiz Felipe Scolari depois da vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, dia 14 de novembro. O Palmeiras chegava ali a 70 pontos, cinco à frente do segundo colocado, e teria pela frente quatro adversários da parte de baixo da tabela. O troféu era certo, ainda que houvesse um ou outro torcedor ressabiado. O Palmeiras conquistou seu décimo título brasileiro à moda de Felipão: com centroavante empurrando, com volante destruidor e, mesmo tendo o melhor elenco do país, não encantou, não brilhou. Fez aquilo que dele se esperava: venceu. E não se pode dizer que a aposta era certeira. Porque o técnico que desembarcou em julho não era o vencedor de outros tempos. Trazia na bagagem a marca do 7 a 1 e passagem ruim também pelo Grêmio logo depois da Copa de 2014. A aposta se pagou nos pontos corridos, quando se espera do treinador um bom desempenho no mata-mata (seus piores momentos foram justamente nas eliminações na Copa Libertadores e na Copa do Brasil). A torcida não se importará com isso neste momento. Felipão fez Deyverson jogar bola (ainda que às vezes tenha faltado a tal da Maracujina), acalmou Felipe Melo depois de um quase desastre contra o Cerro Porteño e ajudou Dudu a se consagrar como o melhor jogador do campeonato. Palmeiras salvou seu ano com o mais importante título nacional. Negar a importância de Felipão depois de 22 jogos sem uma derrota sequer é brigar com a realidade.
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Fonte: Lance