De janeiro a junho deste ano, foram pagas às vítimas de acidentes de trânsito no país 169.018 indenizações do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Seguro DPVAT). O resultado do primeiro semestre foi divulgado ontem (23) pela Seguradora Líder, responsável pela administração do Seguro DPVAT no país, e mostra queda de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A quantidade de registros de requerimento de indenização reduziu-se em comparação a igual período do ano passado”, disse à Agência Brasil o superintendente de Operações da seguradora, Arthur Fróes.
Segundo Fróes, contribuiu para a queda das indenizações pagas o trabalho cada vez mais intenso de combate às fraudes. Foram identificados mais casos, o que evitou custos com indenizações indevidas. “Por isso, a gente reduziu também a quantidade de indenizações.”
De acordo com o boletim estatístico do semestre, os casos de invalidez permanente lideraram as indenizações no período, com 70% do total, ou o equivalente a 118.383 casos, número 18% inferior ao de igual semestre de 2017.
Regiões
O Nordeste concentrou a maior parte das indenizações pagas no semestre (31%). Em seguida, aparecem as regiões Sudeste (30%), Sul (17%), Centro-Oeste (12%) e Norte (10%). Acidentes com motocicletas continuaram liderando as indenizações pagas, com 76%, embora representem somente 27% da frota nacional de veículos, enquanto o Sudeste detém 49%, ressaltou Fróes.
De janeiro a junho, o Sudeste, com 34%, e o Nordeste, com 32%, registraram o maior número de acidentes com mortes. No Sudeste, o maior número de acidentes com mortes foi com automóveis (42%); no Nordeste, com motocicletas.
Conforme o boletim, a maior parte dos acidentes indenizados ocorreu entre as 17h e as 22h59, somando 23% dos pagamentos. Nas grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, a grande incidência de acidentes com motocicletas pode, em grande parte, ser atribuída à forte presença de motoboys entregadores que, segundo Fróes, “são muito imprudentes e acabam sendo vítimas constantes no trânsito”.
Ele citou, além da imprudência dos condutores, a falta de fiscalização e de equipamentos de segurança e a condição das estradas como as maiores causas das mortes com motocicletas no Nordeste.
Pedestres
O boletim mostra que homens jovens, em idade produtiva, entre 18 e 34 anos de idade, constituem o maior número de envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas. Cerca de 80 mil indenizações, ou 47% do total, foram pagas para vítimas do sexo masculino, nessa faixa etária.
Em segundo lugar nas indenizações por acidentes fatais estão os pedestres, com 28%. Nos acidentes que resultam em invalidez permanente, pedestres são 27% do total. Um dos motivos para isso é a imprudência em relação à sinalização do trânsito, ora da parte dos motoristas, ora dos próprios pedestres, acidentados embaixo de passarelas.
Na cobertura de reembolso de despesas de assistência médica e suplementares, houve crescimento nas indenizações (12%), em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Seguro DPVAT assegura cobertura por morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas e assistenciais.
Fonte: Agência Brasil