La Paz teve mais confrontos violentos nesta quarta-feira (13), um dia depois de a senadora Jeanine Áñez se declarar presidente da Bolívia em meio à crise política no país. Segundo a imprensa boliviana, aviões militares sobrevoaram a capital no início desta noite.
Em um dos momentos mais tensos da jornada de protestos, manifestantes detonaram explosivos em frente à sede do governo, onde policiais estavam concentrados. Ruas do centro de La Paz também foram bloqueadas, segundo o jornal “La Razón”.
Os confrontos em La Paz começaram quando Áñez dava posse ao novo comando militar. As forças de segurança deslocaram ao menos um blindado para as ruas diante dos protestos.
Policiais atiraram bombas de gás lacrimogênio na direção dos manifestantes, que se concentraram na praça de San Francisco, cenário de históricos eventos políticos. Somente por volta das 19h30 (de Brasília) os militares e policiais retomaram o controle das ruas centrais de La Paz.
Embora tenha havido confrontos, boa parte da manifestação ocorreu de forma pacífica. Manifestantes apoiadores da causa indígena empunharam a Wiphala – bandeira retirada dos braceletes de policiais opositores do ex-presidente Evo Morales.
Grande parte dos manifestantes saiu de El Alto – cidade vizinha a La Paz onde Evo, agora em asilo no México, detinha forte apoio. Serviços de transporte na região voltaram a funcionar perto da normalidade, mas os protestos se intensificaram ao longo da tarde.
Aumenta número de mortos
Autoridades bolivianas registraram outras duas mortes nesta quarta-feira, o que eleva para 10 o número de mortos desde o início dos protestos na Bolívia. Desse total, oito morreram atingidos por projéteis de armas de fogo.