A colaboração da ex-secretária de Administração, Livânia Farias, com as investigações da operação Calvário tem apresentado aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) novas linhas de investigação. Uma delas diz respeito à área da Comunicação. A ex-auxiliar do governo deu detalhes sobre como empresas que prestam serviço ao Estado teriam sido usadas para fazer pagamentos a aliados sem que isso impactasse as contas da administração pública. O caso está sendo analisado pelos investigadores, que iniciaram um intrincado trabalho de cruzamento de informações.
Livânia Farias deixou a prisão na última terça-feira (23), graças a decisão da juíza Andréa Gonçalves Lopes Lins. Informações de bastidores indicam que ela firmou acordo de colaboração premiada e, por isso, repassou muitas informações aos investigadores. A ex-secretária é acusada de ter intermediado pagamento de propinas pela Cruz Vermelha Brasileira filial Rio Grande do Sul. As declarações da ex-secretária foram dadas ao Gaeco e, de acordo com a avaliação dos investigadores, devem apontar novos desdobramentos da operação.
O contrato da Cruz Vermelha com o Estado envolveu o investimento de R$ 1,1 bilhão entre 2011 e 2018. Junto com o Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP), a entidade gere os hospitais de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, Metropolitano Dom José Maria Pires e o Regional de Mamanguape.
Um homem foi preso por policiais militares e civis na manhã desta quinta-feira (25), no Bairro Nordeste I, em Guarabira, nas proximidades da sua residência onde, na noite dessa quarta-feira (24), ele teria ameaçado de matar a sua companheira. Ele foi preso e a arma de fogo, um carabina de calibre 12 com três cartuchos, que tinha sido escondida por ele em cima do telhado da casa vizinha, foi apreendida.
Na noite de quarta, uma denúncia anônima feita ao Copom do 4º BPM (Batalhão de Polícia Militar) informou que um homem armado estaria ameaçando tirar a vida da sua companheira. A guarnição do CPU (Coordenador de Policiamento da Unidade), tenente Danilo, esteve no local, mas o suspeito tinha conseguido fugir antes da chegada dos policiais.
Na manhã desta quinta, policiais da guarnição do Comando do 4º BPM e do GTE (Grupo Tático Especial) da 8ª Delegacia Seccional de Polícia Civil tomaram conhecimento de que o suspeito estaria novamente nas proximidades da residência da companheira. Ele foi preso em flagrante e, junto com a arma apreendida, foi conduzido à delegacia, onde foi autuado em flagrante por ameaça e posse ilegal de arma de fogo.
Da Assessoria
Acompanhe AO VIVO a sessão ordinária realizada na tarde desta quinta-feira (25), direto da Câmara Municipal de Guarabira-PB.
Reunidas nesta quinta-feira (25) em João Pessoa, as prefeitas paraibanas sugeriram a união e trabalho integrado entre Estado e municípios para combater os crimes de feminicídio na Paraíba. O encontro foi promovido pelo Movimento de Mulheres Municipalistas (MMM), que é ligado a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup).
A prefeita de Belém, Renata Cristinne (MDB), lembrou que 40 prefeituras da Paraíba estão sob o comando de mulheres. “Estamos comprando essa briga para termos uma política pública voltada ao combate ao feminicídio na Paraíba”, afirmou.
Ela sustenta que para enfrentar a violência cometida contra as mulheres é necessária uma atuação em rede que envolva municípios, Governo do Estado, Secretarias da Mulheres e de Segurança Pública, além das Delegacias da Mulher.
Márcia Lucena (PSB), prefeita do Conde, acrescenta que o problema deve ser combatido na base, na forma em que a mulher é inserida na sociedade, aliado ao combate ao machismo. “A partir desse núcleo formado por mulheres a gente precisa atingir os homens que têm compromisso como prefeitos, vereadores, deputados para enfrentar e mudar essa realidade. Não podemos permitir que o feminicídio continue se propagando, crescendo, como ocorre desde o início do ano. A gente precisa enfrentar isso”, avaliou.
O presidente da Famup, George Coelho destacou que a entidade busca um trabalho que envolva entidades dos governos federal e estadual no combate ao feminicídio. “Precisamos de ações verdadeiras de sustentabilidade”, afirmou.
MaisPB
A Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania e Direitos Fundamentais de Sapé inspecionou, nessa terça-feira (23), as obras do novo mercado público do município. O espaço vai abrigar os comerciantes que se encontravam instalados irregularmente na Avenida Rio Branco, uma das principais vias de Sapé, que foi desobstruída após intervenção do Ministério Público da Paraíba (MPPB). De acordo com a promotora de Justiça Caroline Freire Monteiro da Franca, após a retirada dos ambulantes da avenida, houve uma melhora significativa no fluxo do trânsito do município e no acesso a determinados estabelecimentos centrais.
Na inspeção, foram constatados alguns atrasos nas obras e determinados prazos para a conclusão de serviços estruturais. A previsão é de que seja feita a inauguração parcial dos boxes laterais até 15 de maio.
A promotoria concedeu prazo de 20 dias para que a prefeitura instale as rampas de acesso, a rede hidráulica e os portões na entrada do mercado. Nesse mesmo período, também deverá concluir a restauração do piso da área interna no galpão central, onde devem funcionar cerca de 70 boxes. Ainda em relação ao galpão central, foi dado prazo de 60 dias para conclusão das obras de cobertura.
Delegacia e Bombeiros
Além da inspeção no novo mercado público, a promotora também visitou o local onde vai funcionar a nova sede da Delegacia de Polícia de Sapé. Conforme explicou a promotora, as obras são uma resposta ao procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público, para averiguar as condições de funcionamento da polícia judiciária de Sapé.
O procedimento concluiu que a delegacia funciona em local precário e por isso, a secretaria foi acionada para construir uma nova sede, que já estão com obras concluídas e todo o mobiliário disponibilizado. A promotoria oficiou o secretário de Segurança e Defesa Social para que, no prazo de 15 dias, informe acerca da efetivação da mudança de prédio da Delegacia de Polícia Civil do Município de Sapé.
Outro equipamento visitado pela representante do Ministério Público foi a sede do Corpo de Bombeiros, inaugurada em novembro passado, em Sapé. A 2a Companhia do 1° Batalhão do Corpo de Bombeiros conta com 20 militares, três viaturas e uma embarcação e atende aos municípios de Sapé, Capim, Sobrado, Riachão do Poço, Maria e Cruz do Espírito Santo. Antes de sua construção, a sede mais próxima do Corpo de Bombeiros ficava em Guarabira. Para a promotora de Justiça, a instalação de uma sede do Corpo de Bombeiros em Sapé é muito importante porque torna os atendimentos mais eficientes, além de trazer muitos benefícios à população da região, inclusive com a implementação de projetos sociais relevantes em comunidades carentes.
Participaram das inspeções e visitas o major do Corpo de Bombeiros Militar, Manoel Gonçalves da Silva Neto e o Secretário de Infraestrutura e Urbanismo do Município de Sapé, José Aparício Calzerra.
Uma operação policial integrada prendeu na manhã desta quinta-feira (25), quatro homens e apreendeu dois adolescentes acusados de um linchamento ocorrido há poucos dias na cidade de Alagoa Grande, na Paraíba. Foram expedidos sete mandados de apreensão, porém até o momento seis foram cumpridos.
Segundo o delegado Hugo Lucena, que coordenou a Operação denominada “Captura”, os alvos são suspeitos de envolvimento na tentativa de homicídio de um adolescente por linchamento em via pública, ocorrida no dia 14 de abril deste ano naquela cidade. A vítima encontra-se em internada em estado grave no hospital de trauma de Campina Grande.
“Naquela ocasião, o jovem Gabriel Viana Barbosa, de 18 anos, foi perseguido e agredido fisicamente com chutes, murros e pauladas, não vindo a óbito no local porque houve a intervenção de terceiros, impedindo que o homicídio fosse consumado”, esclareceu.
Ainda de acordo com o delegado Hugo Lucena, no decorrer das investigações a Polícia Civil descobriu que um dos integrantes do grupo foi até um posto de gasolina comprar o combustível com o intuito de jogar na vítima e atear fogo, fato que não se concretizou porque a Polícia Militar chegou no local com o socorro médico do Samu.
“O motivo das agressões, segundo as investigações, foi uma rixa antiga de um dos adolescentes suspeitos coma vítima quando os mesmos encontravam-se cumprindo medida sócio-educativa no CEA (Centro de Educação do Adolescente), onde eles se identificaram com facções rivais”, concluiu o delegado Hugo Lucena.
Ele foi socorrido para o Hospital de Trauma de Campina Grande. De acordo com informações, a vítima encontra-se em coma.
De acordo com a minha fonte especializada em Operação Calvário – que até agora não errou uma – a ex-secretária de Administração dos governos do PSB, Livânia Farias, afirmou na delação do fim do mundo ter repassado R$ 8 milhões em espécie para o chefe da ORCRIM girassol.
O dinheiro foi desviado da Saúde através da organização social Cruz Vermelha e os repasses eram mensais.
A fonte não informou o girassol em questão, mas adiantou o apelido: Cara Amassada.
Segundo a informação, Cara Amassada teria inclusive comprado imóveis de luxo com a propina da Cruz Vermelha, inclusive no exterior, mais precisamente em Portugal.
Também fiquei curioso para saber quem é Cara Amassada…
A ala do governo Jair Bolsonaro (PSL) ligada às Forças Armadas interpretou a publicação de um vídeo com críticas a militares como um recado do presidente para tentar moderar as movimentações de seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB).
O desconforto gerado pelo vídeo reproduzido no final de semana em seu canal oficial no YouTube levou Bolsonaro a criticar na segunda-feira [22/4], pela primeira vez, declarações do escritor Olavo de Carvalho, guru do entorno ideológico do presidente.
O recuo, porém, não alterou a avaliação de militares sobre a tentativa de Bolsonaro de atingir Mourão – segundo oficiais ouvidos pela Folha, ele e seus filhos alimentam uma “paranoia” sobre as intenções do vice-presidente.
Enquanto isso, generais que despacham no Planalto mantêm estratégia para se manterem próximos do presidente e se diferenciarem de Mourão.
O vídeo em que Olavo de Carvalho ataca militares foi publicado no sábado [20/4] no canal de Bolsonaro e apagado no final da tarde de domingo [21/4], como antecipou a coluna Painel, da Folha.
Nesta segunda, Mourão assumiu posição de ataque contra Olavo. “Eu acho que ele deve se limitar à função que ele desempenha bem, que é de astrólogo. Ele pode continuar a prever as coisas, que ele é bom nisso”, disse, ironizando uma das atividades anteriores do escritor. Segundo o vice, “Olavo perdeu o timing, não está entendendo o que está acontecendo no Brasil”.
Mourão disse acreditar que Bolsonaro não sabia do conteúdo do vídeo. Generais, no entanto, dizem estar convencidos de que o presidente autorizou a postagem comandada por seu filho Carlos.
Em nota lida pelo general Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República, Bolsonaro afirmou que as recentes declarações de Olavo “contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento de objetivos propostos em nosso projeto de governo”.
A retirada do vídeo da internet no domingo e a subsequente postagem de Carlos em tom de lamento, prometendo “uma nova fase na vida” e se queixando de não ser “estrelado”, no entanto, foi vista como cortina de fumaça para tentar preservar o papel do presidente no episódio.
Mesmo a reprimenda lida pelo porta-voz não significou uma condenação total de Olavo. Para Bolsonaro, o escritor “teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda e que tanto mal fez ao país”.
Bolsonaro “tem convicção de que o professor, com seu espírito patriótico, está tentando contribuir com a mudança e com o futuro do Brasil”, afirmou o porta-voz.
Já Carlos publicou elogios a Olavo e, mais tarde, ainda fez ataque a Mourão ao destacar uma curtida do vice em comentário da jornalista Rachel Sheherazade elogioso a ele e crítico ao restante do governo.
“Tirem suas conclusões”, escreveu o filho do presidente, pedindo para as pessoas atentarem “em quem curtiu”.
Na avaliação de um importante integrante da ativa das Forças Armadas, o episódio do final de semana foi o mais sério desgaste desde que as rusgas entre a ala ideológica do entorno presidencial tomaram corpo contra os militares.
Já houve disputas pelo comando do Ministério da Educação, o enquadramento de ações do chanceler olavista Ernesto Araújo na crise venezuelana e trocas públicas de farpas entre generais e Olavo.
Os dois filhos de Bolsonaro mais próximos de Olavo, o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo, se colocam do lado do escritor radicado nos EUA. Como Olavo elegeu Mourão como seu alvo preferencial no governo, o chamando de golpista e pedindo que prepostos seus no Congresso peçam seu impeachment, a ala militar e o comando das Forças entraram em estado de atenção.
Nas últimas semanas, expoentes militares do governo vieram a público negar haver uma ala fardada no governo. Disseram isso o principal conselheiro de Bolsonaro, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), e o chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Ao mesmo tempo, ao verem as críticas de olavetes a Mourão se avolumarem, o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e seu assessor especial Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, ainda são vistos como militares que atuam em sintonia com Bolsonaro.
O general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, também é aceito entre aliados de Olavo, apesar de críticas que o guru fez ao militar.
As diferenças entre os generais do primeiro escalão do governo não são vistas como um racha entre os militares, mas como estratégia para se manterem próximos de Bolsonaro, apesar dos seguidos desgastes entre presidente e vice.
Responsável pelas contas do pai nas redes sociais, Carlos fez defesa enfática de Olavo depois das críticas de Mourão.
O escritor é “uma gigantesca referência do que vem acontecendo há tempos no Brasil”, postou o filho do presidente. Para Carlos, quem “despreza isso” é movido por três motivos: “total desconhecimento, [está] se lixando para os reais problemas do Brasil ou acha que o mundo gira em torno de seu umbigo por motivos que prefiro que reflitam”.
Sua publicação reforçou o incômodo no governo com a influência de Carlos sobre o pai, especialmente nas redes sociais – ele tem aval para gerir as contas do presidente.
Outra evidência do desgaste na relação entre o presidente e o vice foi o pedido de impeachment de Mourão apresentado pelo deputado Pastor Marco Feliciano (Pode/SP).
“Mantenho contato em linha direta com o presidente e sempre lhe informo sobre meus atos”, afirmou o deputado, quando questionado se havia consultado Bolsonaro antes de tomar a iniciativa, por enquanto simbólica.
Feliciano diz ter pedido o impeachment “na condição de parlamentar”. “A ação deliberada de Mourão é no sentido de enfraquecer a autoridade presidencial. Ele está sendo bem instruído. Se fosse um fato isolado, tudo bem, mas a situação é diária, é só ler os jornais”.
Entenda a relação entre Olavo, Bolsonaro e os militares
Relação familiar
Bolsonaro conheceu Olavo de Carvalho a partir de seus filhos, que são admiradores do escritor. Em março, durante a viagem presidencial aos EUA, Bolsonaro, Eduardo e Olavo estiveram em um jantar na residência oficial do embaixador do Brasil em Washington
Indicações para o governo
Apontado como guru de Bolsonaro, Olavo foi responsável pela indicação de dois ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Vélez Rodríguez, demitido do MEC no início do mês
Conflitos com militares
Olavo tem feito críticas públicas à atuação dos militares no governo Bolsonaro, o que inclui o vice-presidente, Hamilton Mourão, e já pediu a seus ex-alunos que deixem o governo. A disputa entre olavistas e membros das Forças Armadas chegou a travar as atividades do MEC e culminou na demissão de Vélez
Vídeo apagado
No sábado [20/4], um vídeo em que Olavo criticava os militares foi postado no canal oficial de Bolsonaro no YouTube, mas a publicação foi apagada no domingo [21/4]. Na segunda [22/4], Mourão disse que Olavo deveria se limitar à “função de astrólogo”, e Bolsonaro afirmou que as críticas do escritor não contribuem com o governo.