Um acidente foi registrado na manhã deste domingo (10) na zona rural de Serra da Raíz, agreste Paraibano.
De acordo com as informações, a jovem por nome Drúcylla estava em seu carro quando no Sítio Boa Vista teria perdido o controle e atingiu uma barreira as margens da estrada. O Airbag foi acionado com a pancada e evitou que a vítima tivesse ferimentos graves, a mesma ficou sentindo dor no pescoço.
O veículo foi levado por um reboque e a vítima socorrida por um amigo.
Fonte: Blog do Felipe Silva
Considerada uma aliada para estimular a produção de vitamina D no corpo humano, a exposição ao sol deve ser feita com moderação, principalmente pelos idosos. Aliás, além do desconforto, as altas temperaturas podem trazer até problemas de saúde para a turma da terceira idade.
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De acordo com a geriatra Maristé Mendes, alguns cuidados devem ser observados para evitar transtornos. Um deles é manter o corpo hidratado e protegido das variações de temperatura.
Segundo Maristé, é muito importante que o idoso se exponha ao sol, mas em horário adequado. “Em épocas quentes, como a que estamos vivendo, o idoso deve fazer uso de roupas leves, evitar casacos pesados, mas o mais importante é beber água”, disse.
Ela disse que alguns idosos não gostam de beber água ou até mesmo esquecem, mas alertou para a necessidade de ingestão de uma média de sete copos de líquido por dia, podendo ser água, suco ou chá.
Altas temperaturas podem causar insolação
Maristé Mendes explicou que a exposição a altas temperaturas pode provocar insolação. E em casos de mudanças bruscas, o idoso fica mais vulnerável a ocorrência de choques térmicos. “Se tivermos uma mudança brusca, em temperaturas extremas, pode ocorrer até um choque térmico. Por isso, o recomendado é evitar sair de um local muito quente e depois ir para um muito frio, ou vice-versa”, observou.
Alimentação também requer cuidados
A geriatra também alertou para a importância de o idoso ter uma alimentação saudável, e em horários adequados. Ela disse que alimentos considerados ‘pesados’, ou seja, de difícil digestão, devem ser evitados.
Uso do ventilador
Para fugir do calor, a médica disse que o uso de ventiladores e ar-condicionado é permitido, desde que o ambiente e os equipamentos estejam limpos. “O ventilador pode ser usado, caso o ambiente seja estéril. Já o ar-condicionado é mais indicado, agora de forma moderada, pois abaixo dos 25ºC é temerário”, afirmou.
Fonte: Portal Correio
Começam hoje (11) as inscrições para o concurso público da Prefeitura Municipal de Princesa Isabel, na Paraíba. O concurso oferece 222 vagas para cargos em todos os níveis e remunerações que variam entre R$ 1.016 e R$ 2.455,35.
As inscrições podem ser feitas na Prefeitura de Princesa Isabel ou no site da empresa organizadora do concurso, até o dia 5 de abril.
Conforme o edital, os candidatos podem se inscrever para mais de um cargo dentro do concurso e as taxas de inscrição variam conforme o cargo e custam entre R$ 80 e R$ 120.
Fonte: Click PB
O Sistema Nacional de Empregos na Paraíba (Sine-PB) oferece, a partir desta segunda-feira (11), 76 vagas no mercado de trabalho em cinco municípios paraibanos: João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Guarabira. A maioria das vagas exige que o candidato tenha ensino médio completo e seis meses de experiência.
Na capital, há 54 oportunidades, sendo 20 vagas para vendedor de serviços, 10 vagas para operador de telemarketing receptivo, além de outras ofertas de emprego para auxiliar de manutenção predial, consultor de vendas, marceneiro, recepcionista, técnico de enfermagem, entre outros.
Em Campina Grande, das 13 vagas disponíveis, cinco são para garçom, três para cozinheiro de restaurante, duas para gestor de manutenção, uma para supervisor de vendas (possuir Carteira de Habilitação), uma para técnico de vendas e uma para vaqueiro.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3218-6619, 3218-6618 ou 3218-6624, em João Pessoa. Na Capital, o Sine estadual fica localizado na rua Duque de Caxias, 305, no Centro (próximo ao Shopping Terceirão). Já em Campina Grande, as informações podem ser obtidas pelo telefone 3310-9412.
Fonte: Assessoria
Começa nesta segunda-feira (11) a 13ª Edição da Semana Justiça pela Paz em Casa – evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para julgar processos relacionados à violência doméstica contra a mulher. A abertura ocorrerá às 14h no Fórum Regional de Mangabeira Desembargador José Flóscolo da Nóbrega. Na Paraíba, mais de 40 comarcas irão participar, com mais de 600 audiências agendadas previamente, conforme adiantou a coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba, juíza Graziela Queiroga.
“A adesão vem sendo crescente a cada edição do evento, o que demonstra o compromisso do TJPB com a causa da mulher. Estamos aguardando uma semana exitosa, com a prestação jurisdicional chegando aos destinatários com celeridade. É esta a resposta que as mulheres precisam e merecem”, salientou a magistrada.
Ainda na segunda-feira, às 9h, na Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, na Capital Paraibana, será assinado um convênio entre o TJPB, por meio da Vara da Execução Penal da Capital (VEP), com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado e o Centro Universitário de João Pessoa (Unipê). “Será executado um projeto junto às mulheres privadas da liberdade voltado ao atendimento psicológico das mesmas e à extração de dados estatísticos relacionados à violência doméstica”, revelou a juíza.
Graziela afirmou, ainda, que esta edição do evento ocorre por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente neste 8 de março. “É uma data que nos traz um misto de sentimentos, pois nos remete à alegria de muitas conquistas observadas em relação à condição feminina, mas, também, a uma certa angústia diante da necessidade de muita luta e energia no enfrentamento à violência e ao aumento dos feminicídios. Isso nos mostra que precisamos de mudanças culturais e paradigmáticas. E este é um dia em que levantamos a bandeira do repeito aos nossos direitos”.
Justiça pela Paz em Casa/2019 – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já definiu as datas para realização das três edições da Semana Justiça pela Paz em Casa em 2019. De acordo com a programação, os julgamentos dos processos de violência doméstica acontecerão entre 11 e 15 de março (13ª edição), de 19 a 23 de agosto (14ª edição) e de 25 a 29 de novembro (15ª edição). A campanha é promovida pelo CNJ de maneira contínua, em parceria com os Tribunais de Justiça estaduais, desde 2015.
Fonte: Parlemento PB
Veja o vídeo de 2017 com a declaração de Jair Bolsonaro sobre feminicídio:
No dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaronão deu grandes declarações a respeito do tema, limitando-se em boa parte a dizer que seu ministério, formado por 20 homens e 2 mulheres, é equilibrado – cada uma das duas ministras vale “por dez homens”, afirmou. Mas em 2017, ainda como deputado, causou polêmica ao defender o fim do “mimimi” do feminicídio (vídeo acima). O Brasil é o quinto país do mundo que mais mata mulheres de formas violenta, aponta a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse mesmo discurso de ontem, porém, o capitão não mencionou nada sobre violência.
Na gravação, o presidente fala em combater o feminicídio com homicídios a partir da garantia a todos da posse de armas. “Parabéns a todas as mulheres do Brasil porque eu defendo a posse de armas de fogo para todos, né? Inclusive vocês, obviamente, as mulheres. Nós temos de acabar com o mi-mi-mi. Acabar com essa história de feminicídio, que, daí, com arma na cintura, vai ter é homicídio, tá ok? Valeu, felicidades!”, disse na gravação feita em março daquele ano, ao lado da hoje deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
“Parabéns a todas as mulheres do Brasil porque eu defendo a posse de armas de fogo para todos, né? Inclusive vocês, obviamente, as mulheres. Nós temos de acabar com o mi-mi-mi. Acabar com essa história de feminicídio, que, daí, com arma na cintura, vai ter é homicídio, tá ok? Valeu, felicidades!”
Facilitar o acesso a armas é umas das principais bandeiras de Bolsonaro. Ele, inclusive, assinou em janeiro um decreto facilitando a posse de armas de fogo no país, prometendo, na ocasião, novas medidas para ampliar ainda mais essa permissão à população.
Procurada pelo Congresso em Foco para esclarecer as circunstâncias do vídeo, Carla explicou que ele ocorreu após Bolsonaro gravar de uma entrevista e ela lhe dar uma carona para o hotel, em São Paulo. À época, a parlamentar era umas das líderes do movimento “Nas Ruas” que apoiava o impeachment de Dilma Rousseff. A gravação foi postada nas redes sociais do movimento pró-impeachment e recebeu comentários de todos os tipos, críticos e favoráveis. Nesta sexta (8), dia Internacional da Mulher, o vídeo voltou a circular nas redes sociais.
“Se metade das mulheres tiverem porte de arma, os estupradores pensarão cinco vezes antes de atacar uma de nós, e se soubermos manejar uma arma, poderemos sim, nos defender” defendeu a deputada Carla Zambelli à reportagem, por mensagem de WhatsApp.
Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), uma das mais engajadas na causa feminina no Congresso Nacional, a fala de Bolsonaro, mesmo dita antes de ele assumir a Presidência, é “absurda”. “São declarações trágicas para qualquer pessoa, ainda mais para uma autoridade pública, porque incitam a violência. A primeira parte da declaração considera o feminicídio ‘mimimi’, ou seja, que as mulheres se fazem de vítima. Mas as mulheres estão sendo assassinadas. Ele desconsidera a gravidade do que significa a morte de mulheres”, afirmou ao Congresso em Foco.
Maria do Rosário, além de defensora das mulheres, é também uma das maiores rivais de Bolsonaro na Câmara, autora de duas ações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), por apologia ao estupro e injúria. Os casos se referem ao episódio de 2014, quando o capitão, então deputado, afirmou que Maria do Rosário não merecia ser estuprada porque a considerava “muito feia” e não fazer “o seu tipo”.
No início de fevereiro, o ministro da Suprema Corte Luiz Fux suspendeu as ações alegando que, como presidente, Bolsonaro não poderia ser processado por atos alheios ao exercício do mandato – os processos podem ser retomados quando o capitão deixar a Presidência.
Dados
O Brasil é o quinto país do mundo que mais mata mulheres de formas violenta, aponta a Organização das Nações Unidas (ONU) em classificação feita em 2016, quando houve, ainda de acordo com a entidade, mais de 1,1 mil feminicídios – crimes praticados só pelo fato de a vítima ser mulher.
Segundo o Anuário de Segurança Pública também da ONU, de 2017, por dia, aconteceram 606 casos de violência doméstica com lesão corporal dolosa, quando há intenção de lesionar a vítima. Ao todo, foram mais de 221 mil registros de violência doméstica, só em naquele ano.
A Lei Maria da Penha está em vigor desde 2006 e tornou mais rigorosa a punição para crimes de agressão contra a mulher. “A violência com a mulher funciona como uma espiral. Inicia com a desvalorização, violências psicológicas, palavrões, empurrões, sentimentos de posse. Há na nossa cultura a ideia de que o ciúme, a posse, possa revelar cuidado, mas não, é violência. Até chegar à violência física”, disse Maria do Rosário.
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Ela destaca, porém, que em muitos casos as vítimas ainda têm medo de denunciar. Seja pela impunidade, seja por medo do agressor não ser punido. “A vítima quer se proteger do agressor, avalia que o sistema não vai protegê-la e não está mesmo protegendo. As delegacias não estão preparadas”, concluiu a deputada.
Campanha
Dos 22 ministros do governo Bolsonaro, duas são mulheres: Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Tereza Cristina (Agricultura). “Pela primeira vez na vida o número de ministros e ministras está equilibrado em nosso governo. Temos 22 ministérios, 20 homens e duas mulheres. Somente um pequeno detalhe: cada uma dessas mulheres que estão aqui equivale por dez homens. A garra dessas duas transmite energia para os demais”, afirmou o presidente.
Antes da cerimônia no Palácio do Planalto em que as ministras foram citadas pelo presidente, Damares lançou a campanha “Salve uma mulher”. A ideia é treinar os profissionais da área de beleza para identificar sinais de violência e ajudar as mulheres a denunciar crimes.
No discurso, ela relacionou ideologia de igualdade de gênero com violência contra a mulher: “Enquanto nossos meninos acharem que menino é igual a menina, como se pregou no passado algumas ideologias, já que a menina é igual, ela aguenta apanhar. Nós vamos dizer para eles que elas são iguais em oportunidades e direitos, mas diferentes fisicamente e precisam ser amadas”.
Acrescentou ainda: “Nós vamos ensinar aos nossos meninos nas escolas a levar flores para as meninas. Por que não? Abrir porta do carro para mulher, por que não? A se reverenciar para uma mulher, por que não? Nós não vamos estar, dessa forma, colocando a mulher em situação de fragilidade, não. Mas nós vamos elevar a mulher para o patamar de um ser especial, pleno, de um ser extraordinário. E é isso que a gente quer fazer lá na escola”.
Fonte: Congresso em Foco
Na semana em que a reforma da Previdência terá largada na Câmara, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável pela articulação com o Legislativo, se ausentará de Brasília.
Ele foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma viagem oficial à Antártida, onde visitará o Programa Antártico Brasileiro para a inauguração da infraestrutura de telecomunicações.
Segundo a assessoria da Casa Civil, Onyx viajou ao local para representar o presidente e de lá fará uma ligação para Bolsonaro, dando início ao funcionamento da estrutura de telecomunicação da estação científica brasileira, destruída por um incêndio em 2012.
A viagem do ministro foi alvo de críticas de parlamentares, que têm se queixado do atendimento dado pelo Palácio do Planalto no início do governo.
Em meio às reclamações, a equipe de Bolsonaro busca formas de apaziguar os ânimos e ampliar sua base de apoio no Congresso com o objetivo de aprovar pautas consideradas prioritárias, em especial, a Previdência.
É preciso ainda destravar as nomeações para cargos nos estados, o que Bolsonaro prometeu fazer a lideranças do Legislativo logo depois do Carnaval.
Em reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no sábado (9), Bolsonaro foi alertado que não será possível conquistar os 308 votos necessários para aprovar o texto na Casa sem que o Planalto faça sinalizações e concessões aos partidos.
O governo trabalha com a necessidade de construir uma base de apoio entre 320 e 330 deputados para ter alguma margem de folga.
Porém, conta com apenas 160 deputados com apoio garantido à proposta enviada ao Congresso em fevereiro.
Um outro bloco, de 100 parlamentares, é acompanhado com cuidado por assessores do Planalto e do Ministério da Economia. Esse grupo intenção de votar de forma favorável à proposta, mas reconhece dificuldades em apoiar pontos como as mudanças no BPC e na aposentadoria para trabalhadores rurais.
Para se chegar aos 330 votos, é necessário conquistar o apoio de 70 votos deputados.
Bolsonaro ouviu de Maia que esse número dependerá de que sejam aceleradas as nomeações para cargos.
Após impasses nas indicações dos partidos, a Câmara instala na próxima quarta-feira (13), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
O governo espera com ansiedade o início dos trabalhos da comissão, já que é por ela que passará primeiro a proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência.
Com uma base de apoio ainda indefinida, o governo ainda não tem os votos necessários na Câmara para aprovar o texto.
Maia é o principal articulador da proposta por ter bom trânsito com diferentes setores do Congresso, em especial com a esquerda. Além disso, ele tem contato diário com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A relação de Maia e Onyx, embora ambos sejam do DEM, é ruim por divergências de ambos no passado.
A ausência do chefe da Casa Civil esta semana de Brasília pode dar ao presidente da Câmara ainda mais espaço nas negociações, enfraquecendo o ministro, alvo de queixas do Congresso.
Onyx enfrenta dificuldades dentro da própria pasta. Ele perdeu na sexta-feira (8) um de seus principais aliados, Pablo Tatim, que teve sua exoneração publicada no Diário Oficial da União.
Desde o período transição, Tatim foi alvo de críticas de militares por suspeitas de irregularidades envolvendo seu nome.
Onyx queria inicialmente indicá-lo para a SAJ (Subchefia de Assuntos Jurídicos), a mais importante subchefia da Casa Civil, por onde passam todos os atos assinados pelo presidente da República.
Após desgaste, o ministro perdeu a disputa e Jorge de Oliveira, ex-assessor de Bolsonaro na Câmara, foi escolhido para o cargo.
Coube a Tatim então assumir a Subchefia de Assuntos Governamentais.
A Casa Civil nega desgaste e alega que ele saiu do cargo a pedido para ocupar um posto na Funasa no Rio Grande do Norte, onde vive a família de sua esposa.
Com informações da Folhapress.
A equipe econômica discute uma proposta alternativa para as regras do BPC -Benefício de Prestação Continuada, destinado a deficientes e idosos em situação de miséria. O objetivo é amenizar resistências do Congresso às mudanças incluídas no projeto de reforma da Previdência. Integrantes do governo estudam ajustar o valor e a idade de acesso ao pagamento.
Uma das versões debatidas prevê um benefício de R$ 600 por mês a cidadãos de baixa renda a partir dos 62 anos e de um salário mínimo a partir dos 68 anos. A ideia representa uma flexibilização do plano original do Ministério da Economia. O projeto de reforma enviado ao Congresso prevê pagamentos de R$ 400 a idosos a partir dos 60 anos e de um salário mínimo só a partir dos 70 anos.
O endurecimento das regras do BPC foi um dos pontos mais atacados da reforma por deputados e senadores de diversos partidos. Atualmente, o benefício de um salário mínimo é pago aos cidadãos com 65 anos ou mais e renda por pessoa da família inferior a 1/4 do salário mínimo (equivalente a R$ 250 neste ano). O principal receio da equipe econômica é que as regras mais duras sobre um benefício destinado a idosos miseráveis contaminem a reforma. Diante da reação dos congressistas, o time do ministro Paulo Guedes já admite internamente ajustes que podem ser feitos na medida.
Integrantes da cúpula do ministério consideram pouco significativa a economia gerada pelo endurecimento das regras do BPC. Alguns deles já admitem descartar essas mudanças de uma vez.
De acordo com cálculos da IFI (Instituição Fiscal Independente), ligada ao Senado, a proposta original do governo de mudanças nas regras do BPC representa economia de R$ 28,7 bilhões em dez anos -ou 2,7% da economia de R$ 1,072 trilhão estimada para toda a reforma.
A apresentação de um plano B para o benefício, ainda em fase inicial de discussão, seria uma primeira contraoferta do governo. Parte da equipe envolvida nas negociações da reforma aposta em um meio-termo para evitar que as mudanças no BPC sejam derrubadas por completo.
Qualquer ajuste no texto ainda dependeria de um processo de negociações com o Legislativo. A reforma poderá passar por alterações na Câmara e do Senado. O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, é um dos defensores do endurecimento das regras do BPC. Em discussões internas e alguns pronunciamentos públicos, ele costuma dizer que o pagamento de um salário mínimo a idosos miseráveis carrega distorções.
Marinho argumenta que os trabalhadores que contribuem com a Previdência e se aposentam com um salário mínimo são desfavorecidos nesse modelo, porque passam a receber o mesmo valor que é pago aos idosos de baixa renda que não fazem nenhuma contribuição.
Em entrevista à rádio Jovem Pan na sexta-feira (8), o secretário disse que a proposta do governo beneficia cidadãos que, já aos 60 anos, teriam acesso a um valor maior do que o pago pelo Bolsa Família.
“O cidadão que tem 60 anos tem dificuldade de se inserir no mercado de trabalho e recebe em média R$ 129 [pelo Bolsa Família]. Se perguntar se essa pessoa gostaria de ganhar R$ 400, três vezes mais do que ganha hoje, não tenho dúvida da reposta”, declarou.
Marinho e Paulo Guedes já tiveram ao menos uma conversa sobre a possibilidade de apresentação de uma proposta alternativa para o benefício.
O presidente Jair Bolsonaro já disse publicamente que o projeto inicial do governo em relação ao BPC pode ser revisto. Em um encontro com jornalistas convidados pelo Palácio do Planalto no fim de fevereiro, ele incluiu as mudanças no benefício entre os pontos de gordura que poderiam ser cortados do texto. Alterações no BPC são consideradas uma fonte preocupante de resistências à reforma da Previdência, principalmente no Norte e no Nordeste -que têm 216 das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e 48 dos 81 assentos no Senado. As duas regiões concentram pouco mais de 40% dos idosos que recebem o benefício.
Segundo o boletim da Previdência de dezembro de 2018, há 4,7 milhões de beneficiários do BPC, dos quais 56% são deficientes, e 44%, idosos. A despesa calculada no ano passado com o pagamento foi de R$ 52,6 bilhões.
BPC (Benefício de Prestação Continuada)
COMO É HOJE
O BPC/Loas, que é o Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social, paga um salário mínimo para:
Idosos a partir dos 65 anos
Deficientes de qualquer idade
Requisitos
Comprovar renda por pessoa menor do que um quarto do salário mínimo
Valor
Um salário mínimo, hoje em R$ 998
O QUE A PEC PREVÊ
Para quem tem entre 60 e 69 anos, o valor do benefício será de R$ 400
Para quem tem 70 anos ou mais, o benefício será de um salário mínimo
Para os deficientes, nada muda
O QUE PASSOU A SER DEBATIDO COMO ALTERNATIVA
A partir dos 62 anos, benefício de R$ 600 por mês
A partir dos 68 anos, um salário mínimo
R$ 28,7 bi
é a economia em dez anos -ou 2,7% do total estimado para toda a reforma- com as mudanças no BPC previstas no projeto original do governo, segundo cálculos da IFI (Instituição Fiscal Independente)
Com informações da Folhapress.