A construção do chamado linhão de Tucuruí entre Boa Vista (RR) a Manaus (AM), unindo o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional, e o abastecimento de energia em Roraima são temas de reunião no Palácio do Planalto nesta terça-feira (28).
O presidente Michel Temer coordena a reunião, a partir do meio-dia, com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Minas e Energia), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional).
Uma das preocupações é a eventual ameaça da Venezuela, fornecedora de energia para Roraima, de cortar o abastecimento de energia, caso o governo brasileiro não pague uma dívida de US$ 30 milhões do estado com os venezuelanos.
Protocolo
Ontem (27) a governadora de Roraima, Suely Campos, protocolou ofícios a vários órgãos do governo federal, nos quais pede posicionamento sobre possível ameaça de corte no fornecimento de energia por parte do governo venezuelano.
No ofício, Suely Campos pede que o governo federal se posicione em até 48 horas. Entre os órgãos acionados estão a Casa Civil da Presidência da República, o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica, o Banco Central e a Eletronorte.
Para o chefe da Casa Civil do governo de Roraima, Frederico Linhares, são necessárias medidas urgentes caso a ameaça seja real, pois o estado não está interligado ao sistema elétrico nacional, sendo totalmente dependente do abastecimento energético venezuelano.
Segundo Linhares, com o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos à Venezuela, haveria uma dificuldade operacional de se fazer uma operação financeira entre Brasil e Venezuela.
Linhão de Tucuruí
Na semana passada, o governo federal anunciou para setembro a primeira parte da licença ambiental para a construção do Linhão de Tucuruí, que vai interligar Roraima com o sistema elétrico nacional. A partir do fim de setembro, será possível à empresa responsável começar o empreendimento.
O estado de Roraima é o único que está fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), recebendo energia elétrica da Venezuela e de usinas termelétricas, acionadas sempre que há interrupção no fornecimento.
Previsto para ser construído desde 2011, o chamado linhão de Tucuruí, unindo Boa Vista a Manaus, tem previsão de pouco mais de 720 quilômetros (km), dos quais cerca de 123 km passam dentro da Terra Indígena Waimiri-Atroari, onde vivem 1.600 índios, em 31 aldeias.
Fonte: Agência Brasil
A queda de uma ponte em Gênova matou 43 pessoas em 14 de agosto e motivou o adiamento da estreia dos clubes da cidade no Campeonato Italiano. O Genoa, portanto, entrou em campo pela primeira vez na Serie A neste domingo, para enfrentar o Empoli, e os ultras do time prepararam uma homenagem: 43 minutos de silêncio.
“Um silêncio ensurdecedor de 43 minutos, um para cada criança, trabalhador, estudante, pai ou mãe que não estão mais conosco”, explicou o comunicado dos torcedores. “Nossa querida Gênova sofreu um trauma que o tempo não pode apagar. Nunca nos esqueceremos disso, assim como não nos esqueceremos de quem não está mais conosco. Em lembrança dessa tragédia absurda, queremos nos unir. Neste domingo, escolhemos o caminho do silêncio, respeitando aqueles que viram suas vidas acabarem naquela ponte”.
“Durante os primeiros 43 minutos, nossas bandeiras não vão balançar, nossos cartazes ficarão de cabeça para baixo e irão colorir o estádio de maneira diferente, e nossas vozes permanecerão em silêncio”, continuaram. “Serão 43 minutos de silêncio, 43 minutos de amor”.
O Genoa venceu por 2 a 1, e é possível perceber o silencio nos vídeos dos dois gols marcados no primeiro tempo. Até as comemorações foram tímidas. A agência ANSA também confirma o “silêncio ensurdecedor”, inclusive da torcida visitante. No minuto 42, o nome dos mortos começou a ser exibido no telão e, aos 43, o estádio ficou em pé para aplaudir e, finalmente, gritar o nome do clube.
Fonte: Trivela
Após virar piada no casamento de Camila Queiroz e Klebber Toledo, Luan Santana precisou lidar com um comentário maldoso feito por um internauta no Instagram. Tudo começou quando o jornalista Leo Dias compartilhou um clique do cantor sertanejo com a namorada Jade Magalhães na rede social e um perfil decidiu questionar o relacionamento: “Fiquei sabendo que essa moça tem um salário de 10 000 reais para ‘ser’ a namorada do Luan…“.
O cantor sertanejo, então, perdeu a paciência e decidiu responder o internauta: “Não sou de responder ninguém nas redes, a não ser meus fãs, mas bati o olho no seu comentário sem querer e quis te dizer uma coisa. Conheço a Jade há 11 anos. Jade é de uma cidade pequena chamada Alto Taquari no Mato Grosso e quando a vi pela primeira vez foi de cima do palco. Me apaixonei na mesma hora. Sua pureza e sua forma de ver o mundo me encantam todos os dias, ela é a minha calmaria em meio a esse turbilhão em que vivo“, explicou Luan Santana.
“Jade é a mulher da minha vida, pois acreditou no meu amor e me amou quando eu não tinha nada. Não falo só de dinheiro não, ela me amou quando eu não conhecia o mundo. Talvez por isso ela tenha construído seu mundo em mim e eu projetado minha felicidade nela. Rezo para que encontre seu grande amor. Deus te abençoe!“, finalizou o cantor. Na internet, a resposta dividiu opiniões — muitos continuaram questionando o relacionamento, enquanto outros defenderam o casal, que está junto desde 2012 entre idas e vindas.
Fonte: Veja Brasil
O atirador que abriu fogo em um torneio de videogame neste domingo (26) em Jacksonville, nordeste da Flórida, matou duas pessoas antes de se suicidar, informou a Polícia.
“Houve três indivíduos falecidos no local, um das quais é o suspeito que tirou a própria vida”, disse em coletiva de imprensa o xerife de Jacksonville, Mike Williams.
Ele acrescentou que outras nove pessoas foram feridas a bala.
“Nove foram levados (…) a hospitais da região, sete deles com ferimentos a bala. Outras duas vítimas feridas a bala se deslocaram sozinhas”, acrescentou o xerife. “Me alegra dizer-lhes que todos se encontram em condição estável”.
O xerife identificou o atirador como David Katz, um jovem de 24 anos, procedente de Baltimore, Maryland (norte).
“Estava aqui para a competição”, explicou.
Mais cedo, Williams disse que o atirador agiu sozinho e que a polícia não tinha outros suspeitos de participação no ataque.
O tiroteio ocorreu no Jacksonville Landing, um centro comercial e de entretenimento às margens do rio St. Johns, onde era disputado um popular torneio de vídeo game da liga de futebol americano (NFL), denominado Madden NFL, 19.
O torneio classificatório para as finais em Las Vegas – com prêmio de 25 mil dólares – era disputado no restaurante GHLF Game Bar.
“É um dia duro para nós”, disse o xerife.
Foto distribuída como cortesia pelo WJXT, uma emissora de TV local de Jacksonville, mostra carros de polícia bloqueando uma rua no acesso ao centro comercial e de entretenimento Jacksonville Landing, no centro de Jacksonville, Flórida, 26 de agosto de 2018
De acordo com o LA Times, citando um jogador identificado como Steven “Steveyj” Javaruski, o atirador seria um jogador que estava competindo no torneio e perdeu.
O xerife Williams confirmou que o ataque ocorreu no Jacksonville Landing, mas não deu mais detalhes. Também disse que o local do crime já estava desobstruído.
Pouco antes, o gabinete usou o Twitter para solicitar aos moradores de Jacksonville que se mantivessem longe da área e pedir às pessoas que estivessem escondidas a permanecerem abrigadas e ligarem para 911, o serviço de emergência nos Estados Unidos, para informar sobre sua localização e aguardar ser resgatadas por membros da SWAT.
Traumatizado e devastado
Em um vídeo perturbador, aparentemente captado como parte de uma transmissão em streaming do site Twitch, vários disparos de arma de fogo podem ser ouvidos ao fundo, antes de a conexão cair. O site Twitch retirou o vídeo, mas ele permanecia disponível nas redes sociais.
“Esta é uma situação horrível e enviamos nossos mais profundos pêsames a todos os envolvidos”, reagiu a empresa criadora do Madden, a EA Sports, em um comunicado.
Uma das equipes que participavam do torneio, a CompLexity Gaming, informou que seu jogador, Young Drini, foi ferido de raspão em uma das mãos.
“Obviamente estamos chocados e entristecidos com os eventos desta tarde. Nosso jogador, Drini, foi atingido no polegar, mas ele ficará bem. Ele conseguiu escapar e correr até uma academia de ginástica próxima”, disse do diretor da equipe, Jason Lake, à AFP.
“Nunca mais vou dar nada como certo. A vida pode ser interrompida em um segundo”, tuitou o jogador.
Vários usuários de redes sociais, inclusive uma que se apresentou como sua mãe, informaram que o proeminente ‘gamer’ profissional conhecido como “oLARRY2K” tinha sido baleado no peito.
“Tenho sorte por estar vivo, em sinto enjoado e ainda estou tremendo”, escreveu @SirusTheVirus, que se identifica como um jogador profissional de Madden. “Não posso acreditar que uma bala atingiu a parede ao meu lado… Ver corpos no chão… É um pesadelo total”.
“Fui levado ao hospital”, escreveu outro jogador, @DubDotDUBBY. “Uma bala passou raspando na minha cabeça. me sinto bem, só tenho um arranhão na cabeça. Traumatizado e devastado”.
O goverador da Flórida, Rick Scott, disse ter se comunicado com o presidente Donald Trump e que ele lhe ofereceu recursos federais para responder à emergência.
Epidemia nacional
Este é o episódio mais recente de uma série de atos de violência armada registrados nos Estados Unidos, onde o porte de armas é constantemente discutido entre quem pede um controle maior de sua venda e quem defende seu direito constitucional de ter acesso a elas.
Nos últimos anos, a Flórida foi alvo de uma série de ataques a tiros. Em 12 de junho de 2016, 49 pessoas foram mortas em uma boate gay em Orlando. Em 2017, outras seis pessoas morreram em um tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale.
E em 14 de fevereiro deste ano, 17 morreram em um massacre na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas, em Parkland (norte de Miami).
Este ataque renovou as discussões em todo o país sobre a necessidade de um maior controle do acesso às armas no país.
David Hogg, um dos sobreviventes de Parkland que lidera agora um movimento nacional contra as armas, participava de um protesto em frente à sede da fabricante de armas de fogo Smith and Wesson em Springfield, Massachusetts, quando soube do massacre.
“Saberemos que não haverá uma mudança até que exijamos em novembro e depois”, escreveu Hogg, de 18 anos, pedindo participação nas eleições de novembro para contrabalançar os conservadores que apoiam a poderosa Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês).
“Mais uma vez, meu coração dói e cada parte de mim sente raiva. Nós não podemos aceitar isto como nossa realidade”, tuitou Delaney Tarr, outra sobrevivente de Parkland e uma das organizadoras do movimento Marcha pelas nossas Vidas, liderada por estudantes, em março.
“A violência armada é uma epidemia nacional”, escreveu.
Fonte: AFP
A STTRANS (Superintendência de Trânsito e Transportes), vem realizando a manutenção da sinalização vertical, nas vias de Guarabira-PB.
Após vários apelos, feitos por populares em programas radiofônicos, portais e redes sociais, as faixas de pedestres que estavam praticamente apagadas, passaram por um processo de revitalização, garantindo assim segurança para os pedestres ao atravessar as ruas e avenidas.
Sabemos que infelizmente existem infratores que mesmo com uma cor uma sinalização revitalizada não respeitam a mesma, mas os agentes da STTRANS-Guarabira, estão nas ruas apara atuar tais infratores.
O Portal Independente, que foi um dos canais que a população utilizou para reivindicar os serviços acima citados, vem a público agradecer ao superintendente da STTRANS-Guarabira, Gilberto Machado, por atender os apelos daqueles que arriscavam a vida ao fazer a travessia em ruas e avenidas, transitando por faixas de pedestres que não estavam com nitidez.
Assim como cobramos o serviço, também agradecemos depois do mesmo feito, pois o Portal Independente é imparcial, e escuta todos os lados.
Redação – Portal Independente
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), iniciou nesta semana o período de adesão ao Cofinanciamento dos Serviços Socioassistenciais 2018 para os municípios paraibanos. Os municípios terão até a meia noite do dia 2 de setembro de 2018 para preencher o Termo de Aceite, que está disponível no link: https://goo.gl/forms/sQuvuBes9YPa4oT83
A partilha estará disponível para os municípios elegíveis nos seguintes níveis de proteção: Proteção Social Básica e Benefícios Eventuais para os municípios de pequeno Porte I e II; Proteção Social Especial de Média Complexidade para os municípios que possuem Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas) e ofertam o serviço Proteção e Atendimento Integral a Família (Paifi) e Centro Dia; Proteção Social Especial de Alta Complexidade para aqueles que possuem oferta do serviço Residência Inclusiva.
*imagem ilustrativa
Fonte: Assessoria
O juiz Emiliano Zapata, auxiliar da Propaganda Eleitoral do TRE da Paraíba, negou na tarde deste domingo um pedido de liminar impetrado pela Coligação “Porque o Povo Quer”, encabeçada pelo candidato ao Governo José Maranhão contra o site PB Agora e o Instituto Datavox, que divulgaram números de uma pesquisa sobre a corrida eleitoral na Paraíba. O levantamento apontou que o socialista João Azevedo, com 26,5% das intenções de voto é o primeiro colocado e que Maranhão vem em segundo, com 20,7%.
O candidato do MDB alegou que a pesquisa tem valor ínfimo ínfimo (R$ 10 mil), o que dá R$ 5 por eleitor pesquisado, levando-se em conta o número de eleitores a serem ouvidos (2 mil), bem inferior a, por exemplo, o custo de pesquisa realizada recentemente pelo IBOPE em relação a esta eleição (R$ 65.569,00 – com 812 entrevistados, com custo por entrevistado de R$ 80,75). A ação ainda alega que
esse valor cobrado não se mostra plausível em face do custo operacional e de logística e da necessidade de lucro, quando levada em consideração a abrangência de 70 municípios e das distâncias destes. Além disso, a representação jurídica do MDB afirma que não foi cumprida a exigência formal de apresentação de nota fiscal dos serviços prestados prevista no art. 33, inciso VII, da Lei n.o 9.504/97 e que não houve indicação dos bairros a serem objeto da pesquisa em todos os municípios pesquisados, mas, apenas, em João Pessoa e Campina Grande, o que descumpre o requisito do § 6.o do art. 2.o da Resolução n.o 23.549/2017, além de impedir a Representante de obter todas as informações para averiguar a licitude e a regularidade da pesquisa questionada. Finalmente, os advogados do MDB dizem nos autos que o site onde a pesquisa foi divulgada tem recebido vultosos valores do Governo da Paraíba, que tem candidatura oficial e que, por isso, teria interesse em divulgar números favoráveis ao candidato da situação.
Apesar das várias alegações dos representantes jurídicos de Zé Maranhão, o juiz Emiliano Zapata negou o pedido para a suspensão da divulgação da pesquisa. O magistrado explicou que existe uma diferença entre descumprimento de dos requisitos previstos no art. 2.o da Resolução n.o 23.549/2017 e a divulgação de pesquisa fraudulenta e que não seria possível identificar fraude apenas por causa de falhas decorrentes de não cumprimento de requisitos da resolução eleitoral. “Não foi demonstrada a ocorrência concreta e objetiva de falha em sua realização que possa levar aos eleitores informações não tecnicamente adequadas e/ou verdadeiras”, diz Zapata, que considera a suspensão do resultado uma medida extrema. “Não se mostra cabível a suspensão da divulgação de pesquisa eleitoral com base, apenas, em vícios de natureza formal, mesmo que referentes a requisitos previstos no art. 2.o da Resolução n.o 23.549/2017”, pontua o magistrado.
Ele também analisou a hipótese alegada de “interesse” do site em divulgar números favoráveis ao candidato do PSB: “A alegação de que o 2.o Representado, que empresa de notícias na internet, teria vindo recebendo vultosos valores do Governo da Paraíba, além de não provada documentalmente pela Representante com a inicial deste feito, o que, por si só, afastaria a possibilidade de acolhimento dessa alegação, não tem relação com a 1.a Representada, que é a instituição de pesquisa tecnicamente responsável pela pesquisa impugnada, razão pela qual não se mostra apta a levar a qualquer mácula, mesmo que indiciária, sobre o trabalho de pesquisa desta”.
Fonte: Parlamento PB
Sob a justificativa de economizar R$ 61,4 milhões neste ano e corrigir distorções do número de eleitores, o Tribunal Superior Eleitoral cortou 395 juízes e 395 promotores que atuariam nas eleições. Na Paraíba, o número passou de 77 para 68 juízes e promotores, com uma redução de novo profissionais.
O valor representa 1,48% do total autorizado à Justiça Eleitoral para atendimento de despesas com pessoal ativo, ou 0,86% do valor estabelecido na Lei Orçamentária Anual de 2018 para a rubrica “gestão do processo eleitoral”. Se levada em conta a estimativa anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral para a logística de realização da última eleição, a de outubro de 2016, o valor representa 10,2%.
A medida sofre críticas de magistrados e representantes do Ministério Público, que apontam sobrecarga e menos fiscalização como consequências dos cortes. Por outro lado, juízes e promotores recebem, além do salário, uma gratificação para atuar na Justiça Eleitoral.
Até o ano passado, havia 3.040 zonas eleitorais em todo o país, cada uma com um juiz e um promotor, de acordo com o tribunal. Com as extinções, agora são 2.645.
“Em vez de você atravessar a rua e fazer denúncia de propaganda irregular, por exemplo, terá que viajar até a outra localidade”, diz Magid Nauef Láuar, da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais. A entidade tentou suspender no Conselho Nacional de Justiça a resolução do TSE aprovada no ano passado, sem sucesso.
O estado do Rio tinha 253 zonas eleitorais e sofreu a maior redução, já que 88 deixaram de existir. O TSE diz que havia distorções. Na cidade de São Paulo, por exemplo, havia 58 zonas para 8,9 milhões de eleitores. Na capital fluminense, por outro lado, eram 97 zonas para 4,8 milhões de eleitores.
O corte provocou situações inusitadas. Em Goiás, onde foram cortadas 38 zonas eleitorais, há um caso em que três delas foram reunidas em uma, que cuidará de oito municípios e seus 92.696 eleitores.
O promotor e o juiz de Catalão acumularão os casos da cidade e também de Anhanguera, Cumari, Davinópolis, Goiandira, Nova Aurora, Ouvidor e Três Ranchos. A distância entre Davinópolis e Anhanguera, por exemplo, é de cerca de 100 quilômetros.
“Esta eleição vai mostrar que haverá um aumento da impunidade nos casos de crimes eleitorais e de abuso de poder econômico ou político. Se você tem um promotor ou um juiz próximo, inibe a articulação desses crimes e abusos”, diz Benedito Torres Neto, presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça do Ministério Público dos Estados e da União.
Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas perdeu 47 zonas, totalizando agora 304.
O coordenador eleitoral do Ministério Público de MG, Edson Resende, afirma que o maior problema não será nesta eleição, quando há 2.319 candidatos inscritos no estado. Ele estima que nas disputas municipais de 2020 este número será 30 vezes maior. “A gente vai sentir mesmo o efeito do rezoneamento quando tiver este contingente de 77 mil candidatos andando pelas ruas, inclusive nas cidades minúsculas, fazendo campanha, comprando votos, e juiz e promotor longe disso por causa da extinção das zonas eleitorais.”
Um dos casos que chama a atenção no estado é o de Prados, cidade de quase 7 mil eleitores que virou sede eleitoral na região, incorporando Barroso, que tem 10 mil eleitores a mais. O coordenador eleitoral aponta um outro problema: Prados não tem promotor.
Já o promotor de Barroso atuará só na jurisdição comum. “Ele vai presenciar, eventualmente, os abusos, as compras de votos e o máximo que vai poder fazer é encaminhar as questões para o promotor eleitoral de Prados”, explica Resende.
Atualmente, o responsável por Prados é o promotor de São João Del Rei, que, segundo Resende, vai ao município a 28 quilômetros de distância até duas vezes por semana.
O TSE diz que o rezoneamento tem objetivo de corrigir distorções e racionalizar a prestação de serviços aos eleitores com a criação de postos de atendimento. “A extinção de zonas eleitorais significa apenas que não haverá necessidade de atuarem, naquela região, um juiz e um promotor, uma vez que em 90% dos casos a atuação é somente administrativa”, diz o órgão.
De acordo com a corte, estas questões podem ser resolvidas por servidores, sem a necessidade de uma autoridade. O tribunal informa que, o fato de não haver juiz ou promotor fixos não impede que haja a convocação em casos de necessidade.
Fonte: Blog do Gordinho com F. De São Paulo