O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) são os parlamentares com mais chances de se eleger em fevereiro de 2019 presidente da Câmara e do Senado, acreditam membros do novo Congresso. O favoritismo de Maia, candidato à reeleição, e de Renan, que tenta voltar ao cargo pela quarta vez, é apontado por deputados e senadores – eleitos, reeleitos ou em final de mandato – que deverão ter protagonismo na próxima legislatura.
Esse é um dos principais resultados da nova onda de pesquisa do Painel do Poder, produto criado pelo Congresso em Foco que a cada três meses colhe, de forma sistemática e com fundamentação científica, as percepções e os humores daqueles que mandam no Congresso Nacional. Foram ouvidos desta vez 60 políticos, respeitando-se a proporcionalidade em cada casa legislativa entre governistas e oposicionistas, divisões regionais, novatos e veteranos.
Para 30% dos entrevistados, Maia será reconduzido por mais dois anos à presidência da Câmara, cargo que ocupa desde 14 de julho de 2016. Cada parlamentar foi instado a responder independentemente do candidato em que votará. Um dos líderes da bancada evangélica, João Campos (PRB-GO) é a segunda maior aposta, com 8,33% das menções. Atual primeiro vice-presidente da Casa, Fábio Ramalho (MDB-MG) aparece empatado em terceiro lugar com a deputada Renata Abreu (Podemos-SP), ambos com 6,67% das citações. Arthur Lira (PP-AL) vem em seguida, com 3,33%. Capitão Augusto (PR-SP), da bancada da bala, e o calouro Kim Kataguiri (DEM-SP), que terá 23 anos ao ser empossado, figuram com 1,67%. Outros nomes somaram 30%. Não souberam ou não responderam, 11,66%.
Para se reeleger, Rodrigo Maia costura uma aliança com parlamentares de vários partidos, da direita à esquerda, em estratégia que tem isolado o PSL do presidente Jair Bolsonaro, que diz que não vai interferir nas eleições do Congresso. Em conversa vazada do grupo de WhatsApp da bancada do PSL, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) sinalizou que tem se movimentado contra a reeleição de Maia. Mas alguns integrantes da bancada, capitaneados por Joice Hasselmann (SP), negociam apoio ao deputado fluminense. Na semana passada, João Campos, Fábio Ramalho, Capitão Augusto, ao lado de Alceu Moreira (MDB-RS) e JHC (PSB-AL), que também pretendem concorrer, anunciaram acordo pelo qual quem passar ao segundo turno será apoiado pelos demais.
No Senado, Renan é apontado como o próximo presidente por 25% dos entrevistados do Painel do Poder. Para 11,67%, o cargo será ocupado pela atual líder do MDB, Simone Tebet (MS). Já 8,33% confiam que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que tem o apoio de um grupo de parlamentares autodeclarados independentes, comandará a Casa pelos próximos dois anos. Mara Gabrilli (PSDB-SP), com 3,33%, e Eduardo Braga (MDB-AM), com 1,67%, completam a lista dos mais lembrados. Outros 35% acreditam em algum outro nome, e 15% não responderam ou disseram que não sabiam.
Bolsonaro já indicou por meio de aliados que não apoiará Renan, que foi cabo eleitoral de Fernando Haddad (PT) em Alagoas na disputa presidencial. O emedebista é visto com desconfiança por suas ligações com adversários do novo governo, pelas graves acusações criminais a que responde e pela associação com a política de coalizão baseada no “toma lá dá cá”, que o presidente eleito se comprometeu a abandonar. Renan presidiu o Senado em três oportunidades – na primeira delas, renunciou ao cargo em 2007, depois de virar alvo de várias acusações. Entre elas, a de usar dinheiro repassado por um lobista para pagar a pensão alimentícia de uma filha que teve fora do casamento.
Lideranças
Os congressistas ouvidos pelo Painel foram escolhidos pelo papel relevante que ocupam no Legislativo. Entre eles, há líderes partidários, membros das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, presidentes de comissões e influenciadores das principais bancadas temáticas, como os defensores dos interesses dos produtores rurais, dos direitos humanos, os sindicalistas e evangélicos. Entre os novatos foram escolhidos parlamentares que, por seu histórico recente, devem ocupar postos de destaque a partir do próximo ano.
Desenvolvido em parceria com o Grupo In Press, o Painel do Poder tem caráter inédito tanto pela concepção metodológica quanto pela variedade de aplicações que permite. Estão entre elas a aferição das tendências predominantes nas duas casas legislativas quanto ao relacionamento com o governo federal, a avaliação de políticas públicas e de temas específicos da pauta parlamentar e a influência de grupos organizados no Congresso Nacional.
A iniciativa permite ainda atender a demandas específicas de organizações que precisam ter maior clareza quanto a questões em debate no Legislativo que podem impactar seus interesses ou negócios. Os resultados podem ser apresentados com a participação de um jornalista do Congresso em Foco, contribuindo com a análise de cenários e informações de bastidores.
Fonte: Congresso em Foco
O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) diplomará nesta terça-feira (18), oitenta candidatos, entre Governador, Vice-Governador, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, e os respectivos suplentes, eleitos nas Eleições Gerais 2018.
O evento terá início às 16h, no Teatro Pedra do Reino, no Centro de Convenções de João Pessoa/PB.
Os diplomandos terão assentos nominados e já receberam senhas numeradas para seus familiares e convidados que foram entregues pela Assessoria de Comunicação Institucional e Cerimonial (ASCOM) do TRE-PB.
Na Paraíba serão diplomados o Governador e sua Vice, 2 Senadores com 2 Suplentes cada, 12 Deputados Federais e 36 Deputados Estaduais. Receberão ainda os diplomas, na cerimônia os primeiros e segundos suplentes mais votados por Partido ou Coligação, sendo 10 suplentes de Deputados Federais e 14 de Deputados Estaduais.
A diplomação é a etapa do processo eleitoral em que se confirma que os candidatos eleitos cumpriram todas as formalidades previstas em lei e estão aptos a serem empossados. Os diplomas serão assinados pelo presidente do TRE-PB, Desembargador Carlos Martins Beltrão Filho.
Fonte: Assessoria
Um homem foi preso na tarde desta segunda-feira (17), dentro do Fórum da cidade de Pilões, suspeito de um homicídio que aconteceu no domingo (16), em Cuitegi. Ele estava em liberdade condicional e comparecia ao local, conforme determinação judicial, por um crime de homicídio praticado no ano de 2005.
O suspeito foi detido por um policial militar do 4º BPM (Batalhão de Polícia Militar) que trabalha no Fórum de Pilões e que tinha conhecimento do envolvimento dele no homicídio.
Após realizar a prisão, o policial solicitou o apoio das guarnições do Núcleo de Inteligência e Comando do 4º BPM e do GTE (Grupo Tático Especial) da 8ª Delegacia Seccional de Polícia Civil, que conduziram o suspeito à delegacia de Cuitegi.
Fonte: Assessoria 4º BPM
O deputado federal eleito Wilson Santiago (PTB) confirmou, nesta segunda-feira (17), que o nome do deputado federal, eleito para a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Wilson Filho está à disposição para a disputa à Prefeitura de João Pessoa em 2020.
Na última eleição Wilson Filho se lançou pré-candidato a prefeito, mas acabou ocupando a vice de Cida Ramos (PSB), não obtendo êxito. Segundo o ex-senador, “a mensagem ficou”.
“Qualquer político sonha. Apesar da base familiar ser do Sertão, ele é filho de João Pessoa. Ele sonha sim em ser prefeito da sua cidade. Agora na política não é aquilo que quer no momento que sonha ou deseja. O nome está à disposição sim”, afirmou.
Aliado do governador Ricardo Coutinho (PSB), o ex-senador comentou ainda sobre os espaços do PTB, partido do qual é presidente na Paraíba, na gestão de João Azevêdo (PSB). Atualmente a filha de Santiago ocupa a Secretaria de Representação da Paraíba no Distrito Federal. Segundo ele, cargos não foram tratados, já que essa não é uma preocupação da legenda.
“Não estamos preocupados em ocupar cargo ou não ocupar. Nós queremos ajudar o governo João Azevêdo porque entendemos que a Paraíba está no caminho certo. Muitas coisas avançaram no governo de Ricardo Coutinho e nós precisamos dar continuidade a tudo isso”, disse.
Fonte: Blog do Gordinho
Com a economia ainda em recuperação, aumentou o risco de a inflação ficar abaixo do esperado. A avaliação é do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. A ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada, foi divulgada hoje (18). Nessa reunião, o comitê optou por manter a taxa Selic em 6,5% ao ano, pela sexta vez consecutiva.
“Os membros do comitê avaliaram que, desde sua última reunião, o risco de o nível de ociosidade elevado produzir trajetória prospectiva de inflação abaixo do esperado aumentou e o risco relacionado a uma frustração das expectativas de continuidade das reformas [como a da Previdência] e ajustes necessários na economia brasileira diminuiu”, diz a ata.
No documento divulgado hoje, o Copom diz que debateu mais uma vez sobre a “conveniência” de sinalização sobre o futuro da Selic. Entretanto, diz o documento, todos os membros do Copom, formado por diretores e presidente do BC, “concordaram que a atual conjuntura recomenda manutenção de maior flexibilidade para condução da política monetária, o que implica abster-se de fornecer indicações sobre seus próximos passos”.
O Copom reforçou, no entanto, que uma definição da Selic continua dependendo da evolução da atividade econômica, dos riscos e das projeções e expectativas de inflação.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa Selic. Para as instituições financeiras, a Selic deve subir em 2019, encerrando o período em 7,5% ao ano. A primeira reunião do Copom de 2019 ocorrerá em fevereiro.
Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Na ata, o Copom diz que no cenário com taxa Selic constante em 6,5% ao ano e taxa de câmbio em R$ 3,85, as projeções para a inflação ficam em torno de 3,7% e 4% para 2019 e 2020.
As estimativas estão abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC neste ano e no próximo. Para 2018, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para 2020, a meta é 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Fonte: Agência Brasil
Passaram-se 82 anos desde o 17 de dezembro de 1936, dia do nascimento em Buenos Aires de Jorge Mario Bergoglio. Filho de emigrantes piemonteses, quando criança dizia que gostaria de ser açougueiro, como recordou ao responder a pergunta de uma criança em 31 de dezembro de 2015.
Ele também tem uma paixão pelo canto, nascido do hábito de ouvir música toda semana no rádio, ao lado de seus irmãos e de sua mãe. Seu pai lhe ensinou, desde menino, a importância do trabalho. Assim, desenvolveu vários ofícios e graduou-se como técnico químico.
A vocação
Mas é outro o horizonte mais importante de sua vida: a fé, forjada por sua avó Rosa Margherita Vassallo, que floresce em sua vocação.
Em 1958 entrou no seminário e escolhe realizar o noviciado entre os padres jesuítas. É nesse momento que uma enfermeira, a Irmã Cornelia Caraglio, salva sua vida convencendo um médico a administrar a dose certa de antibiótico para tratar uma pneumonia.
Para esta “brava mulher, também corajosa o suficiente para discutir com os médicos”, Francesco expressou seus agradecimentos no último dia 3 de março, ao encontrar uma delegação de enfermeiras.
O sacerdócio
Em 1969 foi ordenado sacerdote. Naquele dia, sua avó entrega a ele uma carta dirigida a todos os seus sobrinhos, que o jovem Jorge Mário guarda em seu breviário: “Tenham uma vida longa e feliz. Mas se em algum dia a dor, a doença ou a perda de um ente querido encher vocês de desconforto, lembrem-se que um suspiro diante do Tabernáculo, onde está o maior e mais augusto mártir, e uma olhar para Maria, que está aos pés da cruz, poderá fazer cair uma gota de bálsamo nas feridas mais profundas e dolorosas”.
Arcebispo de Buenos Aires
Em 1973 foi nomeado provincial dos jesuítas da Argentina. Em 1992 recebe a ordenação episcopal e em 28 de fevereiro de 1998 é nomeado arcebispo de Buenos Aires, primaz da Argentina.
No Consistório de 21 de fevereiro de 2001, João Paulo II o criou cardeal. “Nesta manhã – afirmou o Papa Wojtyla na ocasião – a Roma católica abraça os novos cardeais com um caloroso abraço, sabendo que outra página significativa está sendo escrita de seus dois mil anos de história”.
É o prelúdio de outra página histórica: a que, em 2013, escreve o primeiro Papa das Américas, o primeiro pontífice jesuíta.
A eleição para o trono de Pedro
Após a renúncia do Papa Bento XVI, vem a Roma para o Conclave. Em 13 de março de 2013 é eleito Sumo Pontífice.
Durante uma visita a uma paróquia romana, em 19 de fevereiro de 2017, uma criança perguntou por que ele se tornou o Papa. “O que é eleito – responde – não é necessariamente o mais inteligente (…). Mas é aquele que Deus quer para aquele momento na Igreja”.
Como Pontífice, escolhe o nome de Francisco. Poucos dias depois da eleição, encontrando os representantes da mídia, explica a escolha do nome revelando ter pensado em São Francisco de Assis, “o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e custodia a criação”.
E é precisamente essas direções, através de gestos e escritos como a Encíclica Laudato si, que marcam o pontificado de Francisco.
Com Vatican News
Silvio Santos finalmente se pronunciou sobre o mal-estar no Teleton 2018 com Claudia Leitte. Durante a maratona solidária, o dono do SBT se recusou a abraçar a cantora alegando que ia ficar “excitado”. O comentário gerou polêmica nas redes sociais. “Você que andou distribuindo essas camisetas ‘mexeu com uma, mexeu com todas?’ só porque eu fui sincero com a Claudia Leitte? Eu fui sincero, o que eu vou fazer? El
Silvio Santos finalmente se pronunciou sobre o mal-estar no Teleton 2018 com Claudia Leitte. Durante a maratona solidária, o dono do SBT se recusou a abraçar a cantora alegando que ia ficar “excitado”. O comentário gerou polêmica nas redes sociais. “Você que andou distribuindo essas camisetas ‘mexeu com uma, mexeu com todas?’ só porque eu fui sincero com a Claudia Leitte? Eu fui sincero, o que eu vou fazer? Ela vem bonita perto de mim”, disparou o apresentador para Lívia Andrade no “Jogo dos Pontinhos” neste domingo (16).
Apresentador dispara: ‘Se não concordar, vai embora’
O Homem do Baú continuou com as provocações em conversa com Lívia: “Eu mexo com a Helen [Ganzarolli] porque ela deixa, com você não porque você não deixa, mas ‘mexeu com uma, mexeu com todas’, eu posso mexer com a Flor, com você, com a Mara Maravilha… Eu já cantei você uma porção de vezes, mas você não quis dar. É diferente, que eu cantei, eu cantei. Se você não concordar em dar, você vai embora. Por que você acha que eu dei aumento para a Ganzarolli? Ganhava R$ 25 mil, agora R$ 100 mil”.
A artista recebeu apoio de famosos e do marido, Márcio Pedreira, após o episódio. A cantora desabafou sobre o mal-estar com um longo texto no Instagram. “Senti-me constrangida sim! Quando passamos por episódios desse tipo, vemos em exemplificação, o que acontece com muitas mulheres todos os dias, em muitos lugares. Isso é desenfreado, cruel, nos fere e nos dá medo. A provocação vem disfarçada de piada, e as pessoas riem, porque acostumaram-se, parece-nos normal! E lá se vai a nossa vida, cheia de reflexões quanto ao que usar como artista, como empresária, como esposa, como amiga, como empregada, como patroa… como mulher. Até que horas podemos estar nas ruas? Aprendemos a nos esquivar. Fizemos concessões porque fomos educadas assim. Mas, nós que somos vítimas! ‘Ah, mas se estivéssemos usando outra roupa?’ Definitivamente a culpa não é do que estamos usando! A culpa é dessa atitude constrangedora e de dois pesos e duas medidas. Somos livres.”
O Homem do Baú continuou com as provocações em conversa com Lívia: “Eu mexo com a Helen [Ganzarolli] porque ela deixa, com você não porque você não deixa, mas ‘mexeu com uma, mexeu com todas’, eu posso mexer com a Flor, com você, com a Mara Maravilha… Eu já cantei você uma porção de vezes, mas você não quis dar. É diferente, que eu cantei, eu cantei. Se você não concordar em dar, você vai embora. Por que você acha que eu dei aumento para a Ganzarolli? Ganhava R$ 25 mil, agora R$ 100 mil”.
A artista recebeu apoio de famosos e do marido, Márcio Pedreira, após o episódio. A cantora desabafou sobre o mal-estar com um longo texto no Instagram. “Senti-me constrangida sim! Quando passamos por episódios desse tipo, vemos em exemplificação, o que acontece com muitas mulheres todos os dias, em muitos lugares. Isso é desenfreado, cruel, nos fere e nos dá medo. A provocação vem disfarçada de piada, e as pessoas riem, porque acostumaram-se, parece-nos normal! E lá se vai a nossa vida, cheia de reflexões quanto ao que usar como artista, como empresária, como esposa, como amiga, como empregada, como patroa… como mulher. Até que horas podemos estar nas ruas? Aprendemos a nos esquivar. Fizemos concessões porque fomos educadas assim. Mas, nós que somos vítimas! ‘Ah, mas se estivéssemos usando outra roupa?’ Definitivamente a culpa não é do que estamos usando! A culpa é dessa atitude constrangedora e de dois pesos e duas medidas. Somos livres.”
Fonte: PurePeople
Uma manifestação convocada pela extrema direita belga contra o Pacto Mundial sobre Migração da ONU terminou neste domingo com agressões em frente às instituições europeias em Bruxelas e cerca de 100 pessoas foram presas. A marcha tinha sido proibida pelas autoridades de Bruxelas, mas na sexta-feira passada foi finalmente autorizada pelo Conselho de Estado. Segundo a polícia, participaram do protesto mais de 5.500 pessoas. Cerca de 1.000 cidadãos se concentraram, também ao meio-dia, para apoiar o pacto migratório.
Apesar de a manifestação ter sido convocada em Schuman, onde estão a Comissão Europeia e o Conselho, quem participou dela partiu ao meio-dia da Estação Central de Bruxelas e fez todo o percurso até chegar às instituições europeias. Pelo caminho, entoaram cantos e frases contra a esquerda, a favor do fechamento de fronteiras e contra o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
O governante, inclusive, já viu sua coalizão de governo ser quebrada a propósito da assinatura do pacto em Marrakesh. Depois de Michel anunciar que a Bélgica assinaria a declaração e buscaria apoios parlamentares para isso, os nacionalistas flamencos da N-VA (Nova Aliança Flamenga, partido de centro direita da Bélgica) decidiram sair do Executivo. A decisão mergulhou o Governo em uma profunda crise a apenas seis meses das eleições do país. O Parlamento já pediu a ele que se submeta a uma moção de confiança.
A N-VA não estava entre os convocadores da marcha de ultradireita do domingo, porém, apesar de o ex-secretário de Estado da Migração e membro do partido Theo Francken —conhecido por seus comentários contra a imigração— ter postado no sábado no Facebook um vídeo no qual demonstrava seu apoio aos manifestantes. Mesmo assim, pediu a eles que dirigissem suas queixas contra as instituições e não contra os imigrantes. Entre os organizadores e participantes da manifestação estavam a ultradireita flamenca do partido Vlaams Belang, a Associação de Estudantes Católicos Flamencos (KVHV) e a Associação de Estudantes Nacionalistas (NSV).
Os manifestantes começaram a marcha com gritos e cartazes contra a imigração acompanhados de bombas e fumaça. O percurso, de menos de meia hora a pé, separava o centro da cidade de Bruxelas de Schuman, onde estão localizadas as instituições europeias. Ali começaram as discussões e os ataques. Os mais graves ocorreram junto ao edifício de Berlaymont, a sede da Comissão Europeia. Um grupo de manifestantes arrancou paralelepípedos da rua e atirou contra os agentes. A agência de notícias belga informou que um vidro da Comissão Europeia foi quebrado.
A polícia precisou intervir sobretudo quando, no fim da marcha, um grupo entre 200 e 300 pessoas ficou ao redor da Comissão Europeia e transformou o fim da marcha em uma batalha campal. Os corpos de segurança responderam às agressões dos manifestantes com gás lacrimogêneo e um canhão de água para dispersar os violentos. No meio da tarde, a polícia informou que cerca de cem prisões foram realizadas.
A marcha aconteceu entre as 12h e as 15h, horário local. No mesmo horário, cerca de 1.000 pessoas se concentraram de forma pacífica também em Bruxelas para defender o pacto migratório e pedir que os cidadãos procedentes de outros países não sejam estigmatizados.
Fonte: EL PAÍS