A polícia da África do Sul está à procura de 5 pessoas suspeitas de serem os atiradores que invadiram um bar em Soweto, na África do Sul, e mataram 15 clientes após dispararem uma série de tiros de, pelo menos, 137 balas.
Nove outras pessoas ficaram feridas no ataque nas primeiras horas da manhã de domingo, que se seguiu de perto a outros dois tiroteios em uma onda de violência que chocou um país com uma das maiores taxas de homicídio do mundo.
“Foi uma brutalidade”, disse o ministro da polícia Bheki Cele a uma multidão reunida no local no bairro de Orlando East, em Soweto. “Essas pessoas realmente vieram para matar e destruir. Não sabemos o motivo, mas garanto que vamos encontrá-los.”
O alto número de munição no local, 137 balas de AK-47, significava que os assassinos teriam que recarregar no meio do abate, disse Cele.
Polícia da África do Sul diante de campo de futebol na região de Soweto, África do Sul — Foto: Siphiwe Sibeko/REUTERS
Cele prometeu enviar policiais a Orlando East para fazer buscas de porta em porta e enviar mais veículos da polícia – cuja escassez ele reconheceu que às vezes impedia a polícia de responder rapidamente.
“Vamos ver por suas ações, porque não acreditamos mais no que eles dizem”, disse Andiswa Mnyembane, 37, morador de Orlando East, em resposta às promessas.
“Eles (os criminosos) disparam como se fossem fogos de artifício. A polícia demora para chegar aqui… Há áreas onde a polícia nem vai”, acrescentou.
Mulher chora em cena de crime em Soweto, na África do Sul, em 10 de julho de 2022 — Foto: Shiraaz Mohamed/AP
Cerca de 20.000 pessoas são assassinadas na África do Sul todos os anos de uma população de cerca de 60 milhões.
Existem cerca de 3 milhões de armas registradas no país, de acordo com o grupo de campanha Gun Free South Africa, embora muitos mais estejam circulando no mercado negro.
Municípios como Soweto foram criações do governo da minoria branca, que terminou em 1994, mas deixou um legado de pobreza generalizada, desemprego juvenil e frustração.
G1