A Associação Paraibana de Advocacia Municipalista (Apam) iniciou uma campanha nas redes sociais sobre a saúde mental dos advogados dentro do Janeiro Branco. De acordo com a Associação Americana de Psicologia, os advogados, bem como juízes e promotores, sofrem de depressão 3,6 vezes mais do que não advogados. O transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo e burnout, que além de doenças graves, também são causas muito prováveis de suicídio na categoria.
A campanha é intitulado Janeiro Branco – cuidar de si, para cuidar do direito dos outros. Durante todo o mês, a Apam falará sobre a temática, mostrando o problema e como identificar, falando sobre o tratamento e indicando quem procurar.
“A relação profissional que enfrentamos diariamente de disputa, de desgaste físico e mental, de muito estudo aliada ao desrespeito que a profissão vem sofrendo, nos impõe uma reflexão e uma atenção especial por parte da Apam. Temos vivido dias difíceis na nossa profissão e sei que isso afeta diretamente a nossa saúde mental. Aqui fica o nosso alerta para todos os companheiros. Estamos sempre prontos para a ajudar todos e por isso desenvolvemos essa campanha de alerta”, disse o presidente da Apam, Marco Villar.
De acordo com a Cartilha da Saúde Mental elaborada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. A angústia, tensão, preocupação, nervosismo ou irritação. São frequentes os sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, cansaço fácil, tensão muscular, angústia constante, irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se.
São também comuns sintomas físicos como cefaleia, dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria. Nessa síndrome, os sintomas têm alto potencial para causar sofrimento significativo e prejudicar a vida social e ocupacional do indivíduo. Um sentimento de vergonha pode aumentar a ansiedade – “os outros perceberão que estou assustado”.
Fonte: Parlamento PB