O Brasil vem passando por um período difícil, com 13 milhões de desempregados e um quarto da população vivendo na pobreza. A situação é ainda mais crítica para 15,2 milhões de brasileiros que sobrevivem com uma renda per capita de até R$ 140 por mês.
Pensando numa família de quatro pessoas, há apenas R$ 560 por mês para cobrir despesas como aluguel, alimentação, água e luz. Um valor muito menor do que o necessário para pegar tudo isso.
No mês passado, a cesta básica mais barata do Brasil foi a de Salvador, com o valor de R$ 384,76. Quase 3 vezes a renda de um brasileiro na extrema pobreza e mais de dois terços da renda de uma família de quatro pessoas nesta condição.
Além disso, de acordo com o relatório ‘O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018?, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 2,5% dos brasileiros passavam fome – o equivalente a 5,2 milhões de pessoas.
O país só saiu do mapa da fome em 2014, quando o índice de pessoas ingerindo menos calorias que o recomendado caiu para 3% da população.
A fome que já faz parte da vida de milhões de brasileiros também está matando. No Brasil, 17 pessoas morrem por dia de desnutrição, segundo dados do Datasus.
As crianças brasileiras são as que mais sofrem com a pobreza no país. Quase metade dos pequenos no Brasil vivem na pobreza (47,8%). E muitas crianças estão passando fome nas férias por só conseguirem se alimentar nas escolas.
Mesmo diante desta realidade, recentemente o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que “falar que passa fome no Brasil é uma grande mentira”, ignorando os milhões de brasileiros famintos.
