Apoiadores do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), agrediram um manifestante que carregava a placa de rua com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.
A confusão foi em frente à sede da Polícia Federal, no centro do Rio de Janeiro, onde Silveira está detido, por volta das duas da tarde desta quarta-feira (17).
Depois de uma troca de provocações, o homem que vestia a camisa do Brasil teve a placa de Marielle arrancada das mãos e atirada para longe por apoiadores do deputado.
Ele correu atrás da placa mas foi empurrado e levou chutes no chão, além de uma gravata. Depois, outros manifestantes pró-deputado entraram no meio e separaram a briga. O homem que segurava a placa estava com um dos pés enfaixado e usou a muleta pra tentar se defender.
A referência à Marielle se deve ao fato de Silveira ter quebrado a placa com o nome da ex-vereadora do PSOL durante um ato da campanha campanha eleitoral, ao lado do governador do Rio de Janeiro afastado, Wilson Witzel.
O manifestante é Edson Rosa, 50, que tem um problema na perna direita e caminha com auxílio de uma muleta. Edson, que se apresenta pelas iniciais E.R., é figura frequente em manifestações no Rio, sempre levando cartazes e atuando de forma solitária.
Logo depois da confusão, a Policia Federal conduziu o homem até a calçada e pediu que o advogado de Silveira orientasse os manifestantes a ocuparem o gramado central, por onde passa o trilho do VLT.
Cerca de vinte manifestantes estavam em frente à sede da PF no início da tarde desta quarta-feira. Alguns gritavam palavras de ordem contra o STF, outros seguravam cartazes e bandeiras do Brasil. Reunidos, a boa parte deles não usava máscaras.