A América Latina e Caribe se tornaram na manhã desta segunda-feira (13) a segunda região mais afetada do mundo pela pandemia do novo coronavírus em número de mortos, atrás da Europa. Em 3 de julho, a região já tinha superado a Europa em número de casos de infeção pelo Sars-Cov-2.
Com 144.758 mortes declaradas até as 5h (horário de Brasília) desta segunda, a região supera o balanço dos Estados Unidos e Canadá (144.023 óbitos acumulados) e fica atrás da Europa, que registra 202.505 óbitos.
O Brasil é o país mais afetado da região, com 72.100 mortes e mais de 1,8 milhão de casos de infecção, incluindo o presidente Jair Bolsonaro.
O México anunciou no domingo (12) um balanço total de 35.006 óbitos. O país superou a Itália em número de mortes (34.954, de acordo com os dados da AFP).
“A epidemia segue ativa e em crescimento, mas a velocidade de crescimento é cada vez mais lenta”, declarou, no entanto, o subsecretário de Saúde coordenador da estratégia contra a pandemia no México, Hugo López Gatell.
Na Bolívia, o ministro da Economia, Oscar Ortiz, anunciou que contraiu o coronavírus. Ele é o quarto ministro infectado. A presidente interina, Jeanine Añez, também testou positivo na semana passada para Covid-19 e permanece isolada.
A Argentina superou a marca de 100 mil casos, com a Área Metropolitana de Buenos Aires como foco de 95% dos contágios do país.
A Guatemala anunciou que mantém o toque de recolher parcial, em vigor desde 22 de março, mas algumas localidades podem suspender as medidas contra o novo coronavírus.
Europa
Em todo o planeta, a Covid-19 provocou mais de 568 mil mortes e quase 13 milhões de contágios, de acordo com o balanço da AFP.
Em alguns países que avançaram com as etapas de desconfinamento, os governos estão recuando diante de novos focos da doença.
Na Espanha, um dos mais afetados pela pandemia na Europa, os habitantes da cidade de Lérida e de sete localidades próximas na Catalunha deveriam entrar em confinamento domiciliar a partir desta segunda. Porém, um tribunal suspendeu a medida.
“O Tribunal da Guarda de Lérida decidiu não ratificar as medidas da Resolução de 12 de julho de 2020 adotadas pelo governo regional, por considerá-las contrárias ao direito”, afirma a conta no Twitter do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.