A alta de casos de varíola dos macacos “não está fora de controle”, segundo a diretora adjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão.
Em entrevista à CNN Rádio, ela destacou que o momento atual – com a OMS declarando emergência de saúde global para a doença – “é de fazer diagnóstico.”
Na avaliação da diretora adjunta, o aumento de registros da varíola dos macacos no Brasil e em outros países “está relacionado a uma maior atenção, não quer dizer epidemia sem controle.”
“O aumento de número de casos explicitamente mostra que há maior atenção para isso e é essencial fazer vigilância epidemiológica dos contatos e do entorno da pessoa que está com a doença no momento”, completou.
Mariângela chamou a atenção para o fato de que a doença “não é grave”: “Na imensa maioria é de casos leves, pode ser manejada clinicamente, e demora 2 semanas para ser curada.”
“É preciso bastante atenção dos sinais de alerta e sintomas, além dos profissionais de saúde, para que aconteça o diagnóstico precoce”, defendeu.
De acordo com Mariângela Simão, a OMS quer evitar uma corrida desenfreada pela vacina. “A maior parte das medidas que devem ser utilizadas no momento não é a vacina, solução não é a vacina, mas identificação dos casos.
Os grupos mais suscetíveis são as crianças, gestantes e pessoas com imunodepressão.
Ela também destacou que “não há vacina suficiente no mundo” e que os imunizantes aprovados são utilizados, prioritariamente, para a varíola tradicional e estudos mais aprofundados devem ser realizados “para que se colete mais informação sobre a eficácia deles” contra a monkeypox.
Até o momento, o Brasil tem 813 casos de varíola dos macacos registrados.
*Com produção de Layane Serra