O Banco Central (BC) reduziu a proje\u00e7\u00e3o para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expans\u00e3o do Produto Interno Bruto (PIB) \u2013 soma de todos os bens e servi\u00e7os produzidos no pa\u00eds \u2013 passou de 2,4% para 2%. A proje\u00e7\u00e3o consta do Relat\u00f3rio de Infla\u00e7\u00e3o, divulgado trimestralmente pelo BC.<\/p>\n
Entre os fatores para essa redu\u00e7\u00e3o, o BC cita o crescimento menor do que o esperado no quarto trimestre de 2018, o que reduziu o \u201ccarregamento estat\u00edstico [heran\u00e7a do que ocorreu no ano anterior] de 2018 para 2019\u201d. Outros fatores foram os \u201cdesdobramentos da trag\u00e9dia em Brumadinho sobre a produ\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria extrativa mineral\u201d. Al\u00e9m disso, o BC cita a redu\u00e7\u00e3o estimada para a safra agr\u00edcola e a modera\u00e7\u00e3o verificada no ritmo de recupera\u00e7\u00e3o da economia.<\/p>\n
Para o BC, a produ\u00e7\u00e3o da agropecu\u00e1ria dever\u00e1 crescer 1% no ano, ante estimativa de eleva\u00e7\u00e3o de 2% prevista em dezembro, ap\u00f3s crescimento de 0,1% em 2018. A proje\u00e7\u00e3o para o desempenho da ind\u00fastria foi reduzida de 2,9% para 1,8%. A estimativa de crescimento da ind\u00fastria de transforma\u00e7\u00e3o passou de 3,2% para 1,8%.<\/p>\n
A previs\u00e3o para a ind\u00fastria extrativa recuou de 7,6% para 3,2%. As estimativas de crescimento para constru\u00e7\u00e3o civil e para produ\u00e7\u00e3o e distribui\u00e7\u00e3o de eletricidade, g\u00e1s e \u00e1gua foram mantidas em 0,6% e 2,3%, respectivamente.<\/p>\n
O BC estima crescimento de 2% para o setor terci\u00e1rio (com\u00e9rcio e servi\u00e7os) em 2019. Em dezembro, a previs\u00e3o era 2,1%.<\/p>\n
Tamb\u00e9m houve recuo na proje\u00e7\u00e3o para o consumo das fam\u00edlias, de 2,5% para 2,2%, \u201cem linha com o relativo arrefecimento no ritmo de recupera\u00e7\u00e3o do mercado de trabalho no final de 2018 e in\u00edcio deste ano\u201d. A estimativa para a Forma\u00e7\u00e3o Bruta de Capital Fixo (FBCF) \u2013 investimentos \u2013 apresentou ligeiro decl\u00ednio (de 4,4% para 4,3%), enquanto a proje\u00e7\u00e3o para o consumo do governo permaneceu inalterada em 0,6%.<\/p>\n
As exporta\u00e7\u00f5es e as importa\u00e7\u00f5es de bens e servi\u00e7os devem variar, na ordem, 3,9% e 5,6% em 2019, ante proje\u00e7\u00f5es respectivas de 5,7% e 6,1% do Relat\u00f3rio de Infla\u00e7\u00e3o de dezembro. \u201cA redu\u00e7\u00e3o na proje\u00e7\u00e3o para as exporta\u00e7\u00f5es reflete diminui\u00e7\u00e3o em estimativas para a safra de gr\u00e3os, poss\u00edveis impactos na exporta\u00e7\u00e3o de min\u00e9rio de ferro decorrentes da trag\u00e9dia de Brumadinho, revis\u00f5es para baixo nas previs\u00f5es para o crescimento mundial e incertezas quanto \u00e0 recupera\u00e7\u00e3o da economia da Argentina, importante destino de bens manufaturados nacionais, em especial ve\u00edculos\u201d, diz o BC.<\/p>\n
J\u00e1 a diminui\u00e7\u00e3o na estimativa para as importa\u00e7\u00f5es decorre de redu\u00e7\u00e3o nas proje\u00e7\u00f5es de crescimento da ind\u00fastria de transforma\u00e7\u00e3o e da FBCF, \u201ccom consequente decr\u00e9scimo das aquisi\u00e7\u00f5es de insumos e de m\u00e1quinas e equipamentos, bem como da redu\u00e7\u00e3o na proje\u00e7\u00e3o para o consumo das fam\u00edlias\u201d.<\/p>\n
No cen\u00e1rio com taxa de juros (Selic) e c\u00e2mbio da pesquisa a institui\u00e7\u00f5es financeiras (Focus), a infla\u00e7\u00e3o, calculada pelo \u00cdndice Nacional de Pre\u00e7os ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2019 em 3,9%, a mesma divulgada em dezembro. O BC tamb\u00e9m projeta que a infla\u00e7\u00e3o deve chegar a 3,8% e 3,9% em 2020 e 2021, respectivamente. Em dezembro, essas estimativas est\u00e3o em 3,6% para 2020, e em 3,8%, para 2021.<\/p>\n
Para fazer as proje\u00e7\u00f5es atuais, o BC considerou a taxa c\u00e2mbio em R$ 3,70, em 2019, R$ 3,75, em 2020, e R$ 3,80, em 2021. Para a taxa Selic, a previs\u00e3o do mercado \u00e9 que termine 2019 no atual patamar de 6,5% ao ano, em 7,75% ao ano no fim de 2020, e em 8% ao ano, em 2021.<\/p>\n
No cen\u00e1rio com Selic e d\u00f3lar constantes, em 6,5% ao ano e R$ 3,85, respectivamente, o BC estima para este ano 4,1% de infla\u00e7\u00e3o. Nessa trajet\u00f3ria, a infla\u00e7\u00e3o cai para 4% em 2020 e sobe para 4,1% em 2021. Nesse cen\u00e1rio, a previs\u00e3o divulgada em dezembro era um pouco menor em 2019 (4%) e a mesma para os dois anos seguintes.<\/p>\n
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Fonte: Ag\u00eancia Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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