O ministro da Infraestrutura, Tarc\u00edsio Gomes de Freitas, disse que o resultado do leil\u00e3o de 12 aeroportos hoje (15), na B3, em S\u00e3o Paulo, \u00e9 uma demonstra\u00e7\u00e3o de confian\u00e7a no Brasil e no acerto do rumo na condu\u00e7\u00e3o da pol\u00edtica econ\u00f4mica e na certeza de que o pa\u00eds voltou “para o jogo\u201d.<\/p>\n

“Fica muito claro que este leil\u00e3o, este \u00e1gio, significa um acerto da trajet\u00f3ria, rumo e condu\u00e7\u00e3o pol\u00edtica econ\u00f4mica. \u00c9 um resultado que nos deixa felizes e mostra o grande potencial do pa\u00eds”, afirmou o ministro.<\/p>\n

Com \u00e1gio de 986%, o leil\u00e3o de privatiza\u00e7\u00e3o de 12 aeroportos superou a outorga estipulada pelo governo de R$ 2,1 bilh\u00f5es. No total, os lances pelos tr\u00eas blocos somaram R$ 2,377 bilh\u00f5es. Os terminais est\u00e3o localizados nas regi\u00f5es Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, e, juntos, recebem 19,6 milh\u00f5es de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de avia\u00e7\u00e3o. O investimento previsto para os tr\u00eas blocos \u00e9 de R$ 3,5 bilh\u00f5es, no per\u00edodo de 30 anos.<\/p>\n

Esta foi a primeira vez que o modelo de concess\u00e3o em blocos foi testado. At\u00e9 ent\u00e3o, os terminais vinham sendo leiloados individualmente. Segundo o governo, a organiza\u00e7\u00e3o dos terminais em blocos est\u00e1 relacionada a uma maior voca\u00e7\u00e3o de uso dos terminais: os do Nordeste, para o turismo, os do Centro-Oeste, para o agroneg\u00f3cio, e os do Sudeste, para atividades empresariais ligadas ao setor de energia, como petr\u00f3leo e g\u00e1s.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, o certame n\u00e3o contou com a previs\u00e3o de participa\u00e7\u00e3o da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu\u00e1ria (Infraero). Nas rodadas anteriores, a Infraero entrou como s\u00f3cia dos vencedores, com 49% de participa\u00e7\u00e3o. A previs\u00e3o de pagamento do \u00e1gio, que nas regras anteriores poderia ocorrer ao longo do contrato, tamb\u00e9m foi alterada. Agora o pagamento deve ser feito integralmente no momento da assinatura do contrato.<\/p>\n

De acordo com o ministro, o modelo adotado reflete o aprendizado do governo em rela\u00e7\u00e3o aos procedimentos de concess\u00e3o. “Experimentamos uma s\u00e9rie de evolu\u00e7\u00f5es regulat\u00f3rias, vamos trilhando uma curva de aprendizado e, com isso, vamos tirando incentivos para aqueles que demonstram um comportamento oportunista. A participa\u00e7\u00e3o da Infraero antes acabava estimulando as empresas de constru\u00e7\u00e3o a entrar nos leil\u00f5es. Com isso, o incentivo passava a ser a realiza\u00e7\u00e3o de obras, e n\u00e3o a explora\u00e7\u00e3o do servi\u00e7o\u02dc, disse.<\/p>\n

Na entrevista coletiva, o ministro anunciou para a pr\u00f3xima segunda-feira (18), o lan\u00e7amento do edital do leil\u00e3o de chamamento para a sexta rodada de concess\u00f5es de aeroportos. Na pr\u00e1tica, o edital d\u00e1 in\u00edcio aos estudos para a modelagem da pr\u00f3xima rodada. Ser\u00e3o oferecidos 22 terminais divididos em tr\u00eas blocos (Sul, Norte e Eixo Central). Tarcisio disse tamb\u00e9m que os terminais de Congonhas, em S\u00e3o Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por serem os mais atrativos, s\u00f3 ir\u00e3o \u00e0 leil\u00e3o mais \u00e0 frente, na \u00faltima rodada de concess\u00e3o de aeroportos da Infraero<\/p>\n

Os representantes das empresas vencedoras do leil\u00e3o: Zurich Aiport, Aena Desarrollo Internacional e o cons\u00f3rcio Aeroeste, liderado pela Socicam, elogiaram o leil\u00e3o. Questionados se teriam interesse em participar de novas rodadas, eles disseram que continuar\u00e3o de olho em “novas oportunidades”.<\/p>\n

Leil\u00e3o<\/h2>\n

Em um certame marcado por muitas ofertas, a disputa maior concentrou-se no bloco do Nordeste entre o grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional e o su\u00ed\u00e7o Zurich Aiport. Os espanh\u00f3is sa\u00edram na frente, com oferta de R$ 1,850 bilh\u00e3o. Perto do fim do leil\u00e3o, o grupo su\u00ed\u00e7o ofereceu R$ 1,851 bilh\u00e3o pelo bloco. O lance foi coberto logo em seguida pela Aena, que ofereceu R$ 1,900 bilh\u00e3o, e levou o bloco.<\/p>\n

O investimento inicial no bloco \u00e9 de R$ 788 milh\u00f5es, montante que precisa ser aportado nos primeiros cinco anos. A previs\u00e3o \u00e9 que, ao longo da dura\u00e7\u00e3o do contrato, o investimento chegue a R$ 2,153 bilh\u00f5es. De acordo com a Ag\u00eancia Nacional de Avia\u00e7\u00e3o Civil (Anac), os aeroportos do Nordeste devem ter neste ano uma movimenta\u00e7\u00e3o de 13,2 milh\u00f5es de passageiros, volume que deve chegar a 41 milh\u00f5es por ano em 2049.<\/p>\n

O Bloco Centro-Oeste foi vendido para Cons\u00f3rcio Aeroeste, que ofereceu R$ 40 milh\u00f5es pelos quatro terminais, um \u00e1gio de 4.739%. Segundo a Anac, a movimenta\u00e7\u00e3o em 2019 deve chegar a 3,2 milh\u00f5es de passageiros. Em 2049, a expectativa \u00e9 de 9,1 milh\u00f5es de passageiros. O investimento obrigat\u00f3rio nos primeiros cinco anos \u00e9 de R$ 386,7 milh\u00f5es, com expectativa de que chegue a R$ 711 milh\u00f5es durante toda a concess\u00e3o.<\/p>\n

J\u00e1 o Bloco Sudeste, formado pelos terminais de Maca\u00e9, no Rio de Janeiro, e de Vit\u00f3ria, no Esp\u00edrito Santo, ficou com a Zurich Aiport que ofertou R$ 437 milh\u00f5es, \u00e1gio de 830,15%. Este ano, a movimenta\u00e7\u00e3o dos dois aeroportos deve ser de 3,3 milh\u00f5es de passageiros, chegando a 8,2 milh\u00f5es em 2049. O investimento inicial no bloco \u00e9 de R$ 302 milh\u00f5es, montante que deve ser aportado em at\u00e9 cinco anos. No total, o investimento estimado \u00e9 de R$ 592 milh\u00f5es.<\/p>\n

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Fonte: Ag\u00eancia Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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