O deputado licenciado, Hervázio Bezerra, disse, nesta segunda-feira (16), que o governador da Paraíba, João Azevêdo deve mudar de partido, devido aos problemas que ocorrem na legenda desde a dissolução do diretório estadual pela executiva nacional. Hervázio afirmou que as lideranças ligadas a João perderam a confiança no presidente nacional, Carlos Siqueira.
O deputado acredita que os problemas no PSB não deve ser solucionado através de uma disputa de voto,e em caso de concretização do rompimento ele continuará seguindo o governador, devido a um pedido feito pelas lideranças que o acompanham.
Em relação ao ex-governador, Ricardo Coutinho, o deputado chegou a dizer que tem uma dívida impagável, mas que não pode pagar com “o sacrifício de muitos amigos pelo Estado afora”.
Para ele o episódio envolvendo Edvaldo Rosas foi uma intervenção grosseira e desatenciosa e o defendeu dizendo que se Ricardo queria comandar o partido era só dizer, não precisava utilizar da forma para tirar o comando de um amigo de mais de 20 anos.
News Paraíba com PBAgora
Responda rápido: quem é o maior beneficiário do rompimento político? O governador João Azevêdo ou o ex-governador Ricardo Coutinho?
Antes da resposta, aos fatos.
Com o esfacelamento da oposição, Azevêdo voava em céu de brigadeiro, sem dificuldades na Assembleia, por exemplo, cujo enfrentamento praticamente se restringe hoje ao barulho dos deputados Wallber Virgolino e Cabo Gilberto.
O rompimento com Ricardo traz para João a dor de cabeça de enfrentar uma oposição corrosiva liderada por ninguém menos do que o seu principal cabo eleitoral em 2018. E de um grupo aguerrido cuja essência e histórico de militância são na base daquela lógica de que “feio mesmo é perder” e “os fins justificam os meios”.
E pouco importa se para essa tarefa o ex-governador contará com duas deputadas ou mais outros eventuais de uma resumida bancada. Nesse mister, ele e seu tino se bastam.
E vamos combinar, Coutinho sabe fazer oposição. Ainda mais contra um governo que tanto conhece por dentro quanto está infiltrado em todas as suas estruturas, com gente, informantes e dados fartos ao se dispor.
Consumado oficialmente o racha, em quatro anos João ainda não terá removido todos os grãos de uma areia movediça que fatalmente estará no seu caminho.
Escolher, deliberadamente, andar nesse território impreciso seria pouco inteligente da parte do governador e do seu estilo comedido.
Para Ricardo, porém, o contrário.
O ex-governador tem vocação, até prazer, pelo combate e o confronto. O conflito está para ele como o combustível para um carro de fórmula 1.
Com o vácuo na oposição e a perspectiva natural de uma tentativa de reeleição para João (foi assim com Camilo Santana e Rui Costa), para Ricardo o afastamento é estratégico.
A ruptura dá a Coutinho a condição automática de líder da oposição no seu indisfarçável desejo de voltar a ocupar o cômodo principal da Granja Santana.
E ele já deu os primeiros sinais da aptidão pela desconstrução. Passou a desancar o nível de investimentos próprios do Estado e a criticar o “ritmo” do governo de continuidade.
Essa tática de distanciamento passou a ser seu farol especialmente quando percebeu que, ao contrário do que supunha ou esperava, João Azevêdo não demonstra disposição de ser mero síndico do chamado “projeto”.
Uma percepção imperdoavelmente agravada depois que o sucessor exonerou secretários caros a Ricardo, ‘companheiros’ e ‘companheiras’ de sua estima e cota pessoal abatidos e abatidas pelos avanços da Operação Calvário.
Não coincidentemente, o processo de desvinculação foi declarado logo como ato contínuo às demissões. De imediato, foi deflagrada a operação com entrevistas coletivas e muitas observações críticas. O ápice se deu em Cajazeiras.
A partir daí passou-se a avaliação extrema de que o mais importante já fora perdido: a condição de tutor-mor e os espaços estratégicos de jabutis que conferiam o privilégio do exercício do poder, mesmo aparentemente fora dele.
O rompimento prematuro, portanto, interessa a Ricardo e ao seu discurso afeito às comparações para preparar o ambiente sonhado da volta triunfal e messiânica.
Não é só estratégia. É instinto de sobrevivência.
Somente isso justifica o preço do desgaste público e de imagem que paga para articular e presidir uma intervenção vertical e radical no partido que sempre deu as cartas.
Ricardo está decidido. Vai, mais uma vez, à guerra, campo em que ele sabe, como poucos, combater.
Por Heron Cid
O ex-governador Roberto Paulino declarou que abriu um canal de diálogos com o governador João Azevêdo, após a crise interna que culminou na dissolução do diretório estadual do PSB na Paraíba. Em entrevista concedida à rádio Cultura, de Guarabira, na manhã desta segunda-feira (16), Roberto Paulino revelou que conversou por telefone com o governador João Azevêdo e ambos demonstraram interesse na continuidade do diálogo.
“Ele queria conversar mais, trocar ideias. Eu disse: olhe, governador, com você eu converso política. A gente agora abriu um leque para que possamos conversar”, relatou o ex-governador. No programa Jornal da Cultura.
“Eu não sou homem de recuar”, declarou Roberto Paulino quando questionado sobre o convite que fez a João Azevêdo para ingressar no MDB. Ele considera que existem muitos fatores na relação com o governador João Azevêdo que “favorecem para um diálogo. Eu, como vice-presidente, fiz o convite e está de pé”.
Roberto afirmou ainda acreditar que a confirmação de uma união entre eles não deverá demorar. “Eu acho que não vai demorar”, respondeu Roberto Paulino ao ser questionado sobre quando realmente será formalizada a união entre João Azevêdo e o MDB de Guarabira. “Com esse rompimento de João e Ricardo, está havendo uma readequação política na Paraíba”, avalia ainda.
Da redação com click pb
Ainda não é uma aliança política, mas empatia do ex-governador Roberto Paulino (MDB) pela gestão João Azevêdo está latente. Essa semana, em entrevista a uma emissora de Rádio o emedebista rasgou elogios ao gestor, ao afirmar que João, além de ser educado, sabia escutar e dialogar.
“Eu sempre respeitei João. Não é todo dia que eu falava com ele, mas em algumas ocasiões que eu estive com ele sempre nos tratamos de maneira cordial. Nós temos uma história. Mesmo na campanha eu não fiz oposição sistemática ao atual governador. Não é uma relação íntima, mas é uma relação respeitosa. Todo mundo sabe que o governador agora está passando uma fase difícil. Eu não sei se esse rompimento dele com o ex-governador Ricardo vai se concretizar. A tendência é que a união não vai prevalecer. Em isso acontecendo, dependendo aí das falas, podemos até fazer uma composição com o governador João Azevêdo. Até Raniery tem dito isso, porque João é um homem educado, que escuta, que ouve e que tem um bom diálogo”, revelou;
Apesar do afago, Paulino esclareceu que seus elogios não significam que seu grupo já está de malas prontas para aderir ao Governo, todavia, se for para o bem de Guarabira, o tema será debatido e avaliado junto à base.
Henrique Lima
O deputado estadual Raniery Paulino (MDB), visitou na manhã deste sábado (14), a feira livre do município de Guarabira. Ao lado de importantes lideranças políticas, Raniery caminhou pelas ruas e conversou com os feirantes.
O representante de Guarabira na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) ainda escutou dos guarabirenses diversas demandas.
“ É sempre bom conversar com os meus conterrâneos. Tenho escutado diversas demandas dos guarabirenses, são muitas sugestões que escutamos e iremos apresentar elas na ALPB e na Câmara Municipal de Guarabira para que possamos ajudar nossos amigos de Guarabira”, disse Raniery.
O parlamentar ainda destacou a importância do grupo político para 2020 “Nosso grupo está unido e forte. Nosso grupo político está fazendo a política séria e com responsabilidade. Somos muito bem recebido sempre, com apoio da população e apoio ao nosso projeto” avaliou.
Sendo líder da oposição na Assembleia, Raniery vem despontando como um grande lider na cidade de Guarabira e sempre crescendo o apelo popular pelo seu nome em 2020.
A crise financeira no Hospital São Vicente de Paula e Napoleão Laureano em João Pessoa é uma realidade que preocupa a todos os paraibanos. Preocupado, o deputado estadual Raniery Paulino, apresentou um Projeto de Lei que fica o Poder Executivo Estadual autorizado a repassar auxílio financeiros com as entidades Fundação Napoleão Laureado, mantenedora do Hospital Napoleão Laureano, e o instituto Walfredo Guedes Pereira, mantenedor do Hospital São Vicente de Paula.
Os convênios ficaram definidos que, o Governo do Estado da Paraíba está autorizado a repassar anualmente auxilio financeiro às entidades especificadas, cujos valores deverão estar em consonância com a disponibilidade orçamentária.
” Partido da premissa que os valores das multas do ICMS são “perdoados” pelo Governo por meio de um programa de renegociação fiscal de débitos tributários, apresentei esse projeto defende que, dez por cento (10%) dos valores arrecadados com multas estaduais do ICMS seja destinado as entidades hospitalares” explicou.
Com finalidade de minimizar a crise que se passa nos Hospitais de caráter filantrópico que recebem exclusivamente recursos do Sistema Único de Saúde, o PL visa minimizar o sofrimento dos paraibanos que utilizam os leitos dos Hospitais.
“O Projeto de Lei tem como objetivo minimizar o sofrimento de tantos irmão paraibanos, que padecem nos leitos dos hospitais por falta de assistência devida. Sabemos que hoje as duas entidades prestam assistência a população polarizada pela região metropolitana de João Pessoa, mas, infelizmente, os recursos não são suficiente para atender a demanda e vários serviços parados” disse Raniery.
A menos que um boi comece a voar – e dizem que na política boi voa – está mais que consolidado o rompimento político entre o governador João Azevêdo e seu antecessor, Ricardo Coutinho, ambos do PSB.
Nenhum dos dois – Ricardo e João – se declarou rompido. Provavelmente, não queriam chamar para si a responsabilidade e a culpa pelo rompimento. Ninguém se declarou rompido, mas os fatos por si só já demonstram que o cristal não está trincado, está mesmo estilhaçado.
Apesar das consequências negativas deste rompimento, é razoável afirmar, desde agora, que o protagonismo político na Paraíba irá permanecer ou com João ou com Ricardo, ou seja: ou com a cria ou com o criador. Afinal, o cenário político que se descortina na Paraíba vislumbra uma disputa entre estas duas figuras. A oposição que combatia RC e João, com sua notória e impressionante incompetência não demonstra capacidade para ser protagonista de coisa nenhuma. É desarticulada e não tem habilidade suficiente para tirar proveito desse desmantelo e apresentar-se como uma terceira via capaz de figurar bem posicionada no novo cenário político. A oposição se contenta ou é forçada a se contentar com as migalhas que possam sobrar da desgraça alheia.
Quem perde
Com este rompimento, só quem perde é a Paraíba. Ganham (ou apenas pensam que ganham) alguns poucos: os que odeiam Ricardo Coutinho; uma boa parte da imprensa e alguns setores da oposição.
Para o Estado da Paraíba, no entanto, este rompimento é danoso. Independente de gostar ou não, não se pode negar o quanto foi importante para o nosso Estado o tal projeto girassol, capitaneado por Ricardo Coutinho e que sempre teve a participação efetiva do hoje governador João Azevêdo. A Paraíba é citada como referência nacional de boa gestão, de estabilidade econômica e como uma das unidades da Federação que teve mais competência para driblar uma crise nacional que se arrasta ao longo dos últimos anos e não tem hora para terminar.
A essa altura, resta àqueles que de fato pensam e se preocupam com a Paraíba torcer para que o governador João Azevêdo consiga, neste novo cenário, realizar a gestão que os paraibanos acreditam que ele é capaz de realizar. Do jardim girassol também se espera que, apesar de tudo, não seja obstáculo ao novo governo naquilo que for importante para o Estado, embora agora seja natural o seu papel de se opor a um gestor cuja a competência administrativa chancelou durante a campanha e nos primeiros meses de governo.