Eleitores de 57 cidades brasileiras foram às urnas neste domingo (29) para decidir seus prefeitos em 2º turno.
Das 57 cidades onde teve segundo turno, 18 são capitais.
Veja lista de prefeitos eleitos no 2º turno das eleições 2020:
- Anápolis (GO): Roberto Naves (PP)
- Aracaju (SE): Edvaldo Nogueira (PDT)
- Bauru (SP): Suéllen Rosim (Patriota)
- Belém (PA): Edmilson Rodrigues (PSOL)
- Blumenau (SC): Mário Hildebrandt (Podemos)
- Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB)
- Campinas (SP): Dário Saadi (Republicanos)
- Campos dos Goytacazes (RJ): Wladimir Garotinho (PSD) – sub judice
- Canoas (RS): Jairo Jorge (PSD)
- Cariacica (ES): Euclerio Sampaio (DEM)
- Caucaia (CE): Vitor Valim (PROS)
- Caxias do Sul (RS): Adiló (PSDB)
- Contagem (MG): Marília Campos (PT)
- Cuiabá (MT): Emanuel Pinheiro, (MDB)
- Diadema (SP): Filippi Júnior (PT)
- Feira de Santana (BA): Colbert Martins (MDB)
- Fortaleza (CE): Sarto Nogueira (PDT)
- Franca (SP): Alexandre Ferreira (MDB)
- Goiânia (GO): Maguito Vilela (MDB)
- Governador Valadares (MG): André Merlo (PSDB)
- Guarulhos (SP): Guti (PSD)
- João Pessoa (PB): Cicero Lucena (Progressistas)
- Joinville (SC): Adriano Silva (Novo)
- Juiz de Fora (MG): Margarida Salomão (PT)
- Limeira (SP): Mario Botion (PSD)
- Maceió (AL): JHC (PSB)
- Manaus (AM): David Almeida (Avante)
- Mauá (SP): Marcelo Oliveira (PT)
- Mogi das Cruzes (SP): Caio Cunha (Podemos)
- Paulista (PE): Yves Ribeiro (MDB)
- Pelotas (RS): Paula Mascarenhas (PSDB)
- Petrópolis (RJ): Rubens Bomtempo (PSB) – sub judice
- Piracicaba (SP): Luciano Almeida (DEM)
- Ponta Grossa (PR): Professora Elizabeth (PSD)
- Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB)
- Porto Velho (RO): Hildon Chaves (PSDB)
- Praia Grande (SP): Raquel Chini (PSDB)
- Recife (PE): João Campos (PSB)
- Ribeirão Preto (SP): Duarte Nogueira (PSDB)
- Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes (DEM)
- Rio Branco (AC): Tião Bocalom (PP)
- Santa Maria (RS): Jorge Pozzobom (PSDB)
- Santarém (PA): Nélio Aguiar (DEM)
- São Gonçalo (RJ): Capitão Nelson (Avante)
- São João de Meriti (RJ): Dr João (DEM)
- São Luís (MA): Eduardo Braide (Podemos)
- São Paulo (SP): Bruno Covas (PSDB)
- São Vicente (SP): Kayo Amado (Podemos)
- Serra (ES): Sergio Vidigal (PDT)
- Sorocaba (SP): Rodrigo Manga (Republicanos)
- Taboão da Serra (SP): Aprigio (Podemos)
- Taubaté (SP): Saud (MDB)
- Teresina (PI): Dr. Pessoa (MDB)
- Uberaba (MG): Elisa Araújo (Solidariedade)
- Vila Velha (ES): Arnaldinho Borgo (Podemos)
- Vitória (ES): Delegado Pazolini (Republicanos)
- Vitória da Conquista (BA): Herzem Gusmão (MDB)
Do total, 15.164 foram votos brancos (3,79%), 37.103 nulos (9,27%) e houve 121.917 abstenções (23,34%). Confira como foi a apuração em João Pessoa.
Biografia de Cícero Lucena
Cícero Lucena nasceu em São José de Piranhas, na Paraíba, e tem 63 anos de idade. Empresário da construção civil, Cícero é casado, tem três filhos e cinco netos.
Iniciou sua vida política em 1990, quando foi eleito vice-governador da Paraíba, assumindo o cargo de governador por nove meses, em 1994, quando o então governador Ronaldo Cunha Lima renunciou para concorrer ao Senado Federal nas eleições daquele ano. Em 1996, foi eleito prefeito de João Pessoa, sendo reeleito em 2000. Foi também senador entre 2007 e 2015.
Em 2012, perdeu a disputa para a Prefeitura de João Pessoa, sendo derrotado no 2º turno para o atual prefeito Luciano Cartaxo, que está encerrando o seu segundo mandato este ano. Em 1º de janeiro de 2021, Cícero vai iniciar o seu terceiro mandato como prefeito pessoense.
Ao longo da vida política, passou por três partidos: PMDB, PSDB e agora Progressistas.
Campanha de Cícero Lucena
Para a campanha de 2020, Cícero fez alianças com outros sete partidos, formando a coligação Pra Cuidar de João Pessoa. Entre eles, estava o Cidadania – partido que indicou o vice na chapa, o vereador Léo Bezerra. O prefeito eleito teve o apoio do governador João Azevêdo (Cidadania).
No primeiro turno, eram 14 os candidatos. Cícero ficou em primeiro lugar e conquistou 75.610 votos, o que representou 20,72% dos votos válidos. Nilvan obteve 60.615 votos, o que representou 16,61% dos votos válidos.
Durante todo o 2º turno, as pesquisas do Ibope encomendadas pela TV Cabo Branco já indicavam a vitória de Cícero Lucena. Na primeia pesquisa, Cícero aperecia aparecia com 55% e Nilvan com 45% dos votos válidos. Na segunda, Cícero aparecia com XX% e Nilvan com XX% dos votos válidos.
Principais propostas
Cícero Lucena dividiu suas propostas de governo em 11 eixos, que tratam de áreas como saúde, educação, respeito ao usuário do transporte público, segurança, transparência, turismo e cultura, sustentabilidade, habitação, direitos humanos, inovação e assistência social.
Em seu plano de governo, ele deixa claro que os eixos devem ser pensados como transversais, com ações circulando entre os diferentes eixos. Ampliação da rede hospitalar, alfabetização, melhoria da frota de ônibus e criação de festivais de cultura são alguns dos temas abordados.
O candidato a prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), votou na manhã deste domingo (29).
O candidato votou por volta das 11h, no colégio Meta, em frente ao canal do Bessa.
O candidato estava acompanhado de seu vice-prefeito, Leo Bezerra, pelo governador João Azevêdo e a senadora Daniella Ribeiro.
“Temos a alegria de ter a companhia do governador João Azevêdo, preparando João Pessoa para um milhão de habitantes. É fundamental que o governo esteja ao nosso lado”, disse.
A redação apurou que pelo menos três nomes da comissão devem ser efetivados como secretários municipais.
São eles:
Eliane dos Santos Camelo – Secretaria de Assistência Social
Amauri Mendes da Silva Filho – Secretaria de Educação
Edneide Monteiro de Lima – Secretaria de Saúde
Paulo Roberto Dias Cardoso – Assessoria Jurídica
Humberto Sérgio Alcoforado Simões – Contabilidade
Eliane é esposa de Marcelo e exerceu também o cargo de presidenta do Sindicato Rural.
Amauri é irmão do ex-prefeito Nado Mendes e já ocupou a função de Secretário de Saúde do Município.
Edneide é sobrinha do vice-prefeito eleito Beto Barbosa.
Paulo Cardoso (advogado) e Betinho Simões (contador) atuaram na campanha em favor da coligação vencedora.
A transição é um ato legal recomendado pelo Tribunal de Contas do Estado e deve ocorrer de maneira democrática e saudável.
O vereador e presidente da Câmara de Guarabira, Marcelo Bandeira (PDT), poderá assumir a Prefeitura de Guarabira por até 14 dias. O atual prefeito Marcus Diôgo (PSDB), reeleito no último dia 15 de novembro, se afastará durante esse período para descansar. Marcelo deverá tomar posse no cargo de prefeito interino na próxima terça-feira (01). A informação foi repassada neste domingo (29) pelo radialista Raelson Galdino, no programa Paraíba Agora, da Rádio Constelação FM.
Marcus e Marcelo tem mantido um comportamento diplomático no município, distante de qualquer discussão político-partidária, juntos buscam alternativas governamentais para Guarabira. Essa aproximação ficou mais evidente após Marcus realizar uma visita de cortesia a Marcelo no último dia 17 de novembro, dois dias depois das eleições municipais.
Marcus Diôgo foi eleito vice-prefeito em 2016 na chapa encabeçada pelo prefeito Zenóbio Toscano, In Memorian. Após a morte de Zenóbio, em junho de 2020, Marcus assumiu definitivamente o cargo de prefeito de Guarabira. Atualmente o município não tem um vice-prefeito e por ser o presidente da Câmara, Marcelo está na linha sucessória para ocupar o cargo de prefeito em Guarabira.
Blog do Galdino
O governador João Azevêdo votou na manhã deste domingo (15), no Colégio Primeiro Mundo, no bairro de Manaíra, em João Pessoa.
No local, João Azevêdo afirmou que a expectativa para o resultado das eleições é “muito grande”. “Espero que tenhamos hoje um dia tão tranquilo quanto tivemos no último dia quinze e que as pessoas saiam de suas casas sabendo que este é um dia que definirá quatro anos pela frente, com a responsabilidade e com o compromisso que deve ter toda a sociedade com a sua cidade, com seu espaço, com aquilo que é o que interessa para todos nós, uma cidade cada vez mais justa, uma cidade que possa trazer qualidade de vida para todo mundo.”, comentou.
“Eu espero que, realmente, hoje finalizando esse processo de 2020, tão diferente de todos os outros processos eleitorais, a gente tenha a vitória da tranquilidade, da responsabilidade, do compromisso para fazer essa cidade cada vez melhor”, disse o governador.
João Azevêdo comentou a parceria com Cícero Lucena: “Nós tivemos oportunidades de sentar várias vezes discutindo propostas, ações que podem ser implementadas, nessa junção de forças de uma maneira muito rápida. Nós temos várias obras pensadas, principalmente na mobilidade urbana de João Pessoa, que precisa continuar recebendo investimento, e também de políticas públicas de inclusão. Essa semana o Estado inaugurou um espaço dedicado ao acolhimento de crianças com autismo, e nós queremos que a Prefeitura de João Pessoa tenha serviços como esse para que a gente possa ampliar em todas as áreas. Não só depende de obras que a gente possa implementar na cidade, mas acima de tudo parcerias em todos os níveis.”
João Azevêdo comentou que o pós-pandemia vai exigir um “esforço gigantesco”. “Não sabemos ainda as consequências dessa doença trará para a população que foi acometida.”
“Hoje está mais comprovado do que nunca que aqueles que fazem campanha tentando destruir a história e a vida das pessoas será enterrado politicamente. Foi isso que a Paraíba mostrou no dia 15 e vai se confirmar hoje, não tenho dúvida”, disse Azevêdo.
“Eu espero que possamos fazer muito por essa cidade”, concluiu.
A apenas três dias da realização do 2º turno das eleições para a escolha do novo prefeito de João Pessoa, o candidato Cícero Lucena, do Progressistas, mostra desenvoltura em todas as pesquisas de intenção de voto que antecedem o pleito. Foi assim com Ibope, Consult, Opinião e, também, com a pesquisa Datavox, publicada nesta quinta-feira (26) pelo portal PB Agora que trouxe nuances pontuais sobre o cenário na reta final do processo eleitoral.
Apesar da existência de uma tentativa para se ‘cavar’ uma polarização entre ricos x pobres, ou, escolaridade de menor ou maior porte, pelo menos nas pesquisas, o reflexo é outro.
O instituto Datavox ouviu 800 pessoas e na maioria das regiões de João Pessoa, como também entre todas as faixas etárias e todas as faixas de renda, Cícero liderou, ultrapassando, em muitos casos, a margem de erro.
Em alguns comparativos – até mesmo – com certa folga de vantagem.
Em outra leitura, a pesquisa também mostra que a tese de que um candidato é mais forte na periferia e outro é na orla não se confirma. Pelos números, o que se subtende é que Cícero transita bem em todas as camadas, seja do jovem ao idoso, seja do pobre ao rico.
Levando em consideração apenas os votos válidos, na pesquisa Datavox, a preferência pelo nome de Cícero Lucena chega a ultrapassar 65% em três das sete regiões onde ele figura como favorito, são elas: Região 1 ( Cabo Branco, Tambaú, Manaíra, Bessa, Jardim Oceania e Aeroclube), Região 3 (Ilha do Bispo, Alto do Mateus, Industrias, Jardim Veneza e Mumbaba) e Região 10 (Tambauzinho, Expedicionários, Miramar, Trincheiras, Varadouro, Torre e Estados).
Além disso, Cícero também pontua com favoritismo nas seguintes localidades:
• Região 05 – Valentina, Paratibe, Cuiá, Muçumago e Planalto da Boa Esperança.
• Região 06 – Mangabeira.
• Região 07 – Costa do Sol, Jardim Cidade Universitária, Bancários, Altiplano Cabo Branco e Castelo Branco.
• Região 08 – José Américo, Água Fria e Cristo Redentor.
Enquanto isso, a aceitação ao nome do apresentador Nilvan Ferreira é maior nas seguintes localidades: Região 02 – São José, Alto do Céu, Mandacaru, Ipês, Treze de Maio, Padre Zé e Roger e Região 04, integrada pelos bairros Gramame, Costa e Silva, Ernani Sátiro, Funcionários, João Paulo II, Grotão e Ernesto Geisel.
Da pesquisa ao voto, do voto a urna, da urna ao resultado
No primeiro turno Cícero foi o mais lembrado nas pesquisas e o resultado se consolidou, sendo ele também o mais votado. Obteve pouco mais de 15 mil votos de vantagem em relação ao segundo colocado. A pesquisa – que reflete o cenário do momento – manteve constância.
Sem fatos novos, sem polêmicas que desabonem ou questionem sua conduta, Cícero se mantém como favorito, até agora. Cabe só a ele administrar as próximas 72 horas para consolidar o reflexo desses números também nas urnas.
Márcia Dias
PB Agora
O “Triste fim de Policarpo Quaresma”, que foi ao público em (1915), é considerada a obra-prima do escritor Lima Barreto. Em linhas gerais, o romance traça o destino tragicômico de um homem tomado pelo patriotismo ingênuo, em quixotesca luta contra a corrupção dos políticos.
Lima Barreto foi esteticamente um solitário, que se orientou pela linha inovadora de um realismo crítico de cunho popular e rebelde. E o texto mostra um país de muitas injustiças, principalmente sobre seu principal personagem.
O major Policarpo é um anti-herói quixotesco, imbuído de nobres ideais, alguns beirando à loucura (tanto é que passa uma temporada no hospício). Bom coração, idealista, patriota, por causa de suas qualidades acaba sendo castigado.
E convenhamos: quem já leu a obra, observa uma semelhança com a política atual. E não vou muito longe. Ponho minha âncora no segundo turno das eleições para prefeito de João Pessoa, buscando observar quem errou mais nas estratégias de campanha; não aquele que mais acertou. O quixotesco não vale aqui!
Falo do ex-senador Cícero Lucena (PP) e o comunicador Nilvan Ferre (MDB), um aventureiro nos mares bravios da política paraibana. E como Policarpo, o emedebista iniciou sua campanha com ares similares aos propalados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e seus “Moinhos de Ventos”; prometendo a total independência ao que ele chama da “velha política”.
E o resultado? O resultado está sendo o mais infeliz possível. Bolsonaro, todos sabem, só “engole” níveis aceitáveis dentro da população brasileira devido à chamada “Bolsa Covid”. Extinga-a, que o “mito” começa a afundar.
O Centrão
O Brasil ainda se sustenta pela “benevolência” provisória do Centrão que atua no Congresso. Sua cobrança? A alma do ex-capitão para liberar verbas para “combater” a epidemia do novo coronavírus a juros altos.
Cargos, mil cargos, milhões, bilhões de reais para os parlamentares que apoiarem o Governo Federal. O Executivo fecha os olhos. Ele (O Centrão) pode aplicar os quantitativos em emendas parlamentares ou no próprio bolso. Mas aí não se deve reclamar do Judiciário, outro ponto nevrálgico da nossa amarga e recente democracia.
E Nilvan?
Bem, Nilvan teve em suas mãos praticamente uma eleição garantida. Bolsonarista admitido, seus opositores estavam desgastados ou não contavam com o apoio da chamada periferia ao emedebista. Fez toda sua plataforma política baseando-se no “eu e a população”. E isso é belo quando você não está no front do combate e, sim, com um microfone na mão.
Contudo, a política é bem mais complexa que um bom editor de imagens, uma bela retórica e uma boa redação. Ela requer entrega ou compra. E Nilvan Ferreira precisou, as palavras corretas são essas, de tais artifícios. Agregou-se a velhos caciques da política paraibana a fim chegar até o local que está. Faltando três dias para findar o processo eleitoral, eis que nova pesquisa sai, e o preço é cobrado.
A pesquisa
Desta vez vinda do Datavox, contratada pelo portal PB Agora, divulgada nesta quinta-feira (26), apontou que o candidato Cícero Lucena também está liderando a maioria das regiões pesquisadas na Capital.
Os números não colocam dúvidas, pois se assemelham às pesquisas recentes de outros institutos. Uma média que varia entre 9 e 10 pontos percentuais em favor do postulante do PP. A do Datavox não foge a linha ou margem percentual.
Cícero Lucena surge novamente na dianteira com 46,5% das intenções de votos. Já o candidato Nilvan Ferreira (MDB) aparece com 35,4%. E nesse quadro, uma inversão de números é quase impossível.
Mas nada é (quase) impossível em uma guerra democrática tão acirrada. Por fim, Policarpo Quaresma só espera que o ataúde das urnas eleitorais seja lacrado, e resultado computado. Nada ainda definido até agora.
Por Eliabe Castor
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