Terceiro colocado na disputa presidencial, Ciro Gomes articula a formação de um movimento que seja um contraponto à frente de esquerda, mas que também faça oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.
A ideia é formar uma frente parlamentar com integrantes de partidos como PSB, PSDB, PPS e DEM que não pretendem aderir à base aliada do capitão reformado e que têm resistência ao grupo liderado por siglas como PT e PCdoB.
Pelos cálculos de Ciro, Bolsonaro deve contar com o apoio de cerca de 175 deputados federais da próxima legislatura. O campo oposicionista formado por partidos de esquerda soma em torno de 90. A estratégia é tentar elevar o último número para pelo menos 120.
“O objetivo é ampliar a centro-esquerda. Eu imagino que o PSDB não vai querer se associar ao PT e, pelo menos a parte mais sadia da sigla, não vai querer se associar ao Bolsonaro. E por antipetismo vamos ficar longe deles?”, disse Ciro à Folha de S.Paulo.
O pedetista não exclui a participação de petistas no movimento, mas critica a formação de uma frente de esquerda articulada pelo partido. Segundo ele, ela seria uma “mentira da burocracia petista” para enganar “abestados”.
“Francamente, não excluo o PT. Apenas não podemos permitir que o PT venha exercitar a sua fraude em cima desse momento tão crítico do país”, disse.
Para ele, além de fazer oposição ao governo, a ideia é que o movimento de centro-esquerda funcione como uma “guarda da institucionalidade democrática”, protegendo o interesse nacional e e o direitos das classes mais pobres.
“O deputado federal Onyx Lorenzoni [ministro da Casa Civil de Bolsonaro] é do DEM. O que vai acontecer com o DEM? Vamos entregar de barato ou temos uma conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia?”, questionou.
A ideia é que, na próxima semana, Ciro visite Brasília para intensificar conversas para a formação do movimento. Os partidos do chamado centrão, como PP e PSD, também devem ser procurados.
Nesta terça-feira (30), o juiz federal Sergio Moro disse estar honrado com um eventual convite de Bolsonaro para integrar a sua administração. Para Ciro, é melhor que Moro seja indicado para o Ministério da Justiça do que ao STF (Supremo Tribunal Federal).
“Acho Moro um juiz político, politiqueiro. Então, é muito melhor que ele fique no Ministério do que no Supremo. Ele deveria assumir logo a política. A aptidão dele para a política é completa. Só que com a toga vira uma aberração”, criticou.
Fonte: Notícias ao Minuto com Folha Press
Depois de Ciro Gomes (PDT), derrotado no primeiro turno, ter afirmado em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que a candidatura do ex-presidente Lula foi uma “fraude”, que foi “miseravelmente traído pelo presidente Lula e seus asseclas” e que não quer mais fazer campanha para o PT, Manuela D’Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT), afirmou pelo twitter que “Se a gente não se unir não vai sobrar nada”.
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) chamou de “desastrosa” a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de fundir o Ministério do Meio Ambiente ao da Agricultura, confirmada nesta teça-feira(30). Em crítica às declarações do militar e dos articuladores de seu governo, a líder da Rede Sustentabilidade disse ainda que “o retrocesso anunciado é incalculável”.
“A decisão de fundir o Ministério do Meio Ambiente ao da Agricultura será um triplo desastre. Estamos inaugurando o tempo trágico da proteção ambiental igual a nada. Nem bem começou o governo Bolsonaro e o retrocesso anunciado é incalculável”, disse.
As declarações foram feitas por meio de seu Twitter nesta 3ª feira (30.out.2018). Atualmente, Agricultura e Meio Ambiente são pastas separadas. A fusão proposta por Bolsonaro tem 2 objetivos: reduzir ministérios de 29 para cerca de 15 e minimizar as discordâncias entre os 2 setores.
Marina disse que a decisão “passará aos consumidores no exterior a ideia de que todo o agronegócio brasileiro sobrevive graças a destruição das florestas”.
“Essa decisão desastrosa trará graves prejuízos ao Brasil e passará aos consumidores no exterior a ideia de que todo o agronegócio brasileiro sobrevive graças a destruição das florestas, atraindo a sanha das barreiras não tarifárias em prejuízo de todos”, afirmou.
Para a ex-ministra, “o movimento ambientalista terá que voltar aos velhos tempos da pressão de fora para dentro”.
Marina também comentou a entrevista de Bolsonaro para a TV Record. Ela disse estar preocupada com o fato do presidente eleito ter anunciado, entre suas primeiras medidas, a proposta para redução da idade mínima para o porte de arma.
“A entrevista do Bolsonaro na Record é preocupante sob muitos aspectos, mas nenhum é tão preocupante quanto a sua ideia fixa em querer induzir a sociedade a acreditar que poderá resolver o grave problema da violência fazendo justiça com as próprias mãos”, afirmou.
Fonte: Poder 360
Na manhã desta terça-feira (30), o candidato derrotado do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, participou de uma reunião da Executiva do partido em São Paulo. Durante o discurso, o petista chegou a chorar ao comentar os ataques recebidos por ele e por sua família durante a campanha.
– Não é fácil fazer campanha, você acorda e tem um monte de vídeo falando de você, da sua filha, da sua esposa – explicou.
Durante o encontro, Haddad também comentou os motivos pelos quais queria vencer a eleição: defender o legado deixado pelos governos do PT, pela injustiça cometida contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo risco representado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.
Fonte: Pleno News
Avaliando o desempenho do MDB durante as eleições deste ano, sendo ele o único deputado estadual eleito pela sigla que tradicionalmente figurava entre as mais numerosas na ALPB e na Câmara Federal, Raniery Paulino destacou que o sentimento é de preocupação.
De acordo com o parlamentar, os partidos mais tradicionais foram tragados, em um fenômeno que não se restringiu à Paraíba, mas se espalhou por todo o país.
“Saio desse processo com o sentimento de preocupação, pois foi um fenômeno nacional, os partidos tradicionais forma tragados. O maior problema do MDB foi o governo do presidente Michel Temer, que favoreceu o ‘centrão’. Mas é o único problema? Não”, declarou durante entrevista a uma rádio da Capital.
O deputado declarou ainda que mesmo discordando do partido, conseguiu “escapar”.
“Faltou melhorar a comunicação e eu procurei fazer isso e consegui escapar, mesmo discordando do partido” pontuou.
Fonte: PB Agora
A deputada estadual eleita em Santa Catarina Ana Caroline Campagnolo, que pediu que alunos filmem os professores em sala de aula, se diz antipetista, mas vive em um apartamento financiado pelo programa do PT Minha Casa, Minha Vida. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
Segundo o jornal, Ana Caroline processou a cooperativa Habitacional de Chapecó alegando que o valor do financiamento que recebeu era inferior ao valor do apartamento.
A juíza Nadia Schmidt considerou a ação improcedente porque o valor do financiamento não precisa ser obrigatoriamente o integral do imóvel e que era obrigação de Ana Caroline ter lido o contrato. A deputada eleita do PSL recorre da decisão.
Fonte: Noticias ao Minuto
Os eleitores que não compareceram ao local de votação neste domingo (28) e não justificaram a ausência no segundo turno ainda podem regularizar a situação eleitoral até dezembro. Os ausentes do primeiro turno, realizado em 7 de outubro, tem até de de dezembro para justificar por que não compareceram à votação. Para os que se ausentaram no segundo turno, o prazo vai até 27 de dezembro.
A justificativa pode ser feita mediante o preenchimento de um requerimentodisponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve ser entregue pessoalmente em qualquer cartório eleitoral ou enviado por via postal ao juiz da zona eleitoral na qual é inscrito. Além do formulário, o eleitor deve entregar documentação que comprove a impossibilidade de comparecimento na votação.
Pela internet, o eleitor pode justificar a ausência usando o Sistema Justifica nas páginas do TSE ou dos tribunais regionais. No formulário online, o eleitor deve informar seus dados pessoais, declarar o motivo da ausência e anexar comprovante do impedimento para votar.
O requerimento de justificativa gerará um código de protocolo que permite ao eleitor acompanhar o processo até a decisão final do juiz da zona eleitoral. A justificativa aceita será registrada no histórico do eleitor no Cadastro Eleitoral.
Eleitores no exterior
Os brasileiros que estavam no exterior no dia da votação também deverão encaminhar o formulário de justificativa pós-eleição e a documentação comprobatória até 60 dias após o turno ou em 30 dias contados a partir da data de retorno ao Brasil.
Se estiver inscrito em zona eleitoral do exterior, o eleitor deverá encaminhar o requerimento diretamente ao juiz competente ou ainda entregar nas missões diplomáticas e repartições consulares localizadas no país ou enviar pelo sistema justifica.
Consequências
O Tribunal Superior Eleitoral explica que a não regularização da situação com a Justiça Eleitoral deve pagar multa (por cada turno). O valor é definido pelo juiz eleitoral da região e varia de R$ 3,5 a R$ 35,10. O eleitor faltoso também pode sofrer outras sanções, como impedimento para obter passaporte ou carteira de identidade para receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público.
A não justificativa impede ainda que o eleitor participe de concorrência ou administrativa da União, dos estados, Distrito Federal e municípios, além de inscrever em concurso público ou tomar posse em cargo e função pública.
Fonte: EBC
Após os resultados das urnas em 2º Turno, na noite desse domingo, 28, os eleitores do presidente eleito Jair Messias Bolsonaro (PSL) em Guarabira comemoraram a vitória do ex-capitão do Exército, na Avenida D. Pedro II; principal artéria do centro da cidade. Ele foi eleito com 57.797.466 (55,13%) dos votos válidos do eleitorado brasileiro, contra 47.040.859 (44,87%) dados ao seu opositor; Fernando Haddad (PT).
Mesmo com o petista sendo majoritário na terra de todos o guarabirenses – o que é tradicionalmente considerado normal para uma cidade da região Nordeste, ainda muito ligada ao Lulismo – os simpatizantes de Bolsonaro vestidos de verde e amarelo tomaram todo o calçadão da D. Pedro II. E, em seguida saíram em carreata, com buzinaço e aos gritos de “O Mito Chegou! ”.
Resultados de 1º e 2º turnos dos confrontos para presidente entre Bolsonaro e Haddad a partir de Guarabira até o nacional
Guarabira
1º Turno – Bolsonaro 11.155 (36,98%) x Haddad 11.174 (37,04%)
2º Turno – Bolsonaro 13.123 (42,06%) x Haddad 18.078 (57,94%)
João Pessoa
1º Turno – Bolsonaro 204.456 (49,87%) x Haddad 99.614 (24,30%)
2º Turno – Bolsonaro 228.710 (54,80%) x Haddad 188.655 (45,20%)
Paraíba
1º Turno –Bolsonaro 677.718 (31,30%) x Haddad 984.398 (45,46%)
2º Turno – Bolsonaro 782.143 (35,02%) x Haddad 1.451.293 (64,98%)
Região Nordeste
1º Turno – Bolsonaro 26% x Haddad 51%
2º Turno – Bolsonaro 30,3% X Haddad 69,7%
Brasil
1º Turno – Bolsonaro 49.276.990 (46,03%) x Haddad 31.342.005 (29,28%)
2º Turno – Bolsonaro 57.797.466 (55,13%) x Haddad 47.040.859 (44,87%)