O número de mulheres mortas teve um aumento de 350% no mês de fevereiro quando comparado ao mês de janeiro, na Paraíba. Os números são da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social solicitados pelo g1 via Lei de Acesso à Informação. No mês passado, nove mulheres foram assassinadas no estado, enquanto que no mês de janeiro dois casos foram registrados.
Do total de casos notificados no mês de fevereiro, um deles está sendo investigado como feminicídio e outro como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Em janeiro, um feminicídio também segue em investigação pela Polícia Civil.
Em relação a fevereiro de 2021, o aumento foi de 80%, saindo de 5 assassinatos notificados no mesmo período do ano passado para 9 mortes em 2022. Das cinco mortes em fevereiro de 2021, três casos começaram a ser investigados como feminicídio.
No primeiro bimestre de 2022, já são 11 mulheres assassinadas na Paraíba, sendo dois feminicídios e um latrocínio.
Um total de 83 mulheres foram mortas, vítimas de crimes letais intencionais, na Paraíba de janeiro a dezembro do ano passado. Deste total, 30 casos estão sendo investigados como feminicídio. O número representa um percentual de 36% no número de feminicídios com relação aos assassinatos de mulheres e uma média de duas mulheres assassinadas a cada mês de 2021 por questões de gênero.
O g1 acompanha os números de feminicídios, mês a mês, desde 2019. Após a liberação dos dados mensalmente, as investigações seguem. Portanto, no balanço anual, alguns casos que antes estavam sendo investigados como feminicídios podem ganhar outra linha investigativa. Foram os casos dos meses de maio e agosto.
Relação de feminicídios e mulheres assassinadas em 2019, 2020 e 2021
g1 acompanha evolução dos casos desde 2019
Feminicídios (2019): 38Mulheres assassinadas (2019): 67Feminicídios (2020): 36Mulheres assassinadas (2020): 93Feminicídios (2021): 30Mulheres assassinadas (2021): 83Feminicídios (2022): 2Mulheres assassinadas (2022): 11
Fonte: Seds
Feminicídio é o assassinato de uma mulher cometido devido ao fato de ela ser mulher ou em decorrência de violência doméstica. Foi inserido no Código Penal como uma qualificação do crime de homicídio em 2015 e é considerado crime hediondo.
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