O deputado federal Damião Feliciano (PDT) disse, nesta sexta-feira (07), que há um golpe em curso contra o governador João Azevêdo (Cidadania) e contra a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), e que o maior beneficiado pela cassação do mandato dos dois seria o presidente da Casa, Adriano Galdino.
O pedido de impeachment do governador e da vice foi protocolado na última quinta-feira (05) pela bancada de oposição.
Em entrevista ao programa Hora H, transmitido pela rádio POP FM, o marido de Lígia Feliciano classificou o processo de impeachment como algo ‘muito grave’. “Para que se entre com um processo de impeachment contra o governador é preciso que ele tenha cometido um crime de responsabilidade. Pelo que eu vejo do processo que foi colocado não há crime de responsabilidade. Colocaram embutido dentro desse pedido o impeachment da vice-governadora porque ela seria co-responsável. (…) Aqui na Paraíba eles colocaram o governador João e por baixo do pano, a vice-governadora. Prestem a atenção: se isso acontecer, quem assumiria o governo é o presidente da Assembleia, Adriano Galdino. Seria o beneficiado direto desse desfecho. Isso é gravíssimo. Daqui a 15 dias o governador do Estado seria Adriano Galdino. Isso nunca aconteceu em lugar nenhum do Brasil. Isso é um golpe, o maior golpe da democracia desse estado. Como parlamentar estou acusando publicamente esse golpe que a Paraíba não pode compartilhar. É sair de uma operação calvário para uma operação inverno”, declarou.
Segundo Damião Feliciano, o processo de impeachment contra João Azevêdo e Lígia Feliciano conta com o consentimento de Adriano Galdino, que ao receber o pedido da oposição, encaminhou para análise da assessoria jurídica da Assembleia Legislativa. Para ele, o presidente do legislativo seria o principal beneficiado com o processo. “Está tendo um golpe na Paraíba, está tendo uma manobra, estamos identificando. Estou dizendo que o beneficiado é o presidente da Assembleia, ele assumiria o governo do Estado. O mais grave ainda desse processo já está acontecendo. Quarta-feira foi dada entrada o processo, cabe ao presidente analisar para dar provimento ou não. O que foi o que o presidente fez? Colocou o processo para andar. Colocou o processo na assessoria jurídica, já deu consentimento”, disse.