Os recados estão cada vez mais cristalino. É mais que evidente a divisão no PSB paraibano entre a ala dos “girassóis raiz”, aqueles mais antenados com as orientações do ex-governador Ricardo Coutinho e o grupo tido como rebelde, ingrato ou os mais alinhado com o governador João Azevêdo, a exemplo do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino e a deputada estadual, Pollyana Dutra.
O incômodo com os aliados de João é cada vez mais evidente. O primeiro a dar o recado foi o próprio líder dos “girassóis raiz”, Ricardo, quando demonstrou, publicamente, irritação com o G-10, grupo liderado pelo “rebelde” Galdino. Depois foi a vez do deputado federal Gervásio Maia. Ele convidou os “desalinhados com o projeto” de Ricardo a deixarem o partido.
Agora, é a vez da deputada Estela reforçar o discurso e mandar mais um recado. “Eu espero que o PSB, que governa a Paraíba e elegeu oito deputados continua a ser grande. Também acho que os deputados que não tiverem a ideologia socialista devem ficar à vontade (deixar o partido). Esse é o momento de depuração”, disse a parlamentar à Rádio CBN.
O ex-governador está, profundamente, insatisfeito com a postura de João Azevêdo. Ricardo esperava um posicionamento mais subserviente do atual governador, pois faz questão de reafirmar que foi ele quem presenteou João com o mandato, mas Azevêdo tenta se desvencilhar da imagem do ex, sobretudo, para não respingar em seu governos as marcas da Operação Calvário. O distanciamento é público e notório, embora ainda que, publicamente, tentem manter as aparências.
Anderson Soares
A Polícia Federal (PF) informou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que celulares utilizados pelo presidente Jair Bolsonaro também foram alvos de ataque do grupo de hackers preso na última terça-feira (23) em Operação Spoofing da Polícia Federal.
A operação Spoofing, autorizada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, investiga invasão do celular do ministro Sérgio Moro, de um desembargador, um juiz federal e dois delegados da Polícia Federal. A operação foi deflagrada nesta terça-feira (23) nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.
Por meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que Bolsonaro foi devidamente comunicado sobre o fato por uma questão de segurança nacional. A nota não informa se os hackers conseguiram obter alguma informação dos aparelhos usados pelo presidente.
“O Ministério da Justiça e Segurança Pública foi, por questão de segurança nacional, informado pela Polícia Federal de que aparelhos celulares utilizados pelo Sr. Presidente da República foram alvos de ataques pelo grupo de hackers preso na última terça feira. Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao Sr. Presidente da República.”
A Polícia Federal prendeu na terça-feira quatro pessoas, na Operação Spoofing, por suspeita de invasão no celulares de autoridades, entre as quais, o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Foram presos:
- Gustavo Henrique Elias Santos: era DJ e já foi preso por receptação e falsificação de documentos; foi detido pela PF em São Paulo
- Suelen Priscila de Oliveira: mulher de Gustavo, não tinha passagem pela polícia; foi presa junto com o marido em São Paulo
- Walter Delgatti Neto: conhecido como Vermelho, já foi preso por falsidade ideológica e por tráfico de drogas; foi preso em Ribeirão Preto pela PF
- Danilo Cristiano Marques: foi preso em Araraquara e já teve condenação por roubo
A PF estima que cerca de 1 mil pessoas foram alvo dos supostos hackers. De acordo com a polícia, foi encontrado com um dos detidos uma conta do ministro da Economia, Paulo Guedes, no aplicativo de mensagens Telegram.
Os suspeitos prestaram depoimento à Polícia Federal e estão presos em Brasília. O advogado Ariovaldo Moreira, que representa o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, disse que o cliente relatou à PF que que Vermelho desejava vender ao PT as mensagens que obteve de autoridades.
Após a divulgação das declarações do advogado, o PT emitiu nota na qual afirma que o inquérito que apura a atuação de supostos hackers para invadir o celular do ministro Sérgio Moro (Justiça) se tornou uma “armação” contra o partido.
O senador José Maranhão (MDB) usou as redes sociais para lamentar o falecimento do advogado e seu suplente de senador, Roosevelt Vita.
O parlamentar Vita era um respeitado advogado, suplente de Senador pelo MDB, filiado histórico, ex-secretário de estado além de um amigo da família.
Roosevelt Vita morreu aos 74 anos na noite dessa quarta-feira (24), em João Pessoa, no Hospital Memorial São Francisco, vítima de parada cardíaca. Ele lutava contra um câncer no pâncreas
VEJA A POSTAGEM
Com grande pesar comunicamos o falecimento do advogado Roosevelt Vita.
Roosevelt era um respeitado advogado, suplente de Senador pelo MDB, filiado histórico, ex-secretário de estado, no nosso governo, além de um amigo da família.
Aos familiares, nossos sinceros votos que Deus conforte os corações.
Roosevelt vai embora, mas sua história fica para sempre.
SENADOR JOSÉ MARANHÃO
Presidente Estadual do MDB da Paraíba
Os secretários de Administração, Paulo Roberto Diniz, e de Educação, Iolanda Barbosa, de Campina Grande, foram afastados por decisão da 4ª Vara da Justiça Federal da cidade, em decorrência da Operação Famintos, que apura supostos desvios na distribuição da merenda escolar. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal da Paraíba.
As investigações foram iniciadas a partir de representação autuada no Ministério Público Federal, que relatou a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande, mediante a contratação de empresas “de fachada”. Outros cinco servidores também acusados de integrarem a suposta organização criminosa foram afastados.
Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos parceiros, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões.
Além da merenda escolar, as contratações incluíam o fornecimento de material de higiene e de limpeza para outras áreas de governo (Saúde, Assistência Social, etc.).
A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.
MaisPB
Em entrevista à rádio, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Adriano Galdino (PSB), falou sobre as eleições de 2020 para Prefeitura Municipal de Campina Grande.
Segundo Galdino, o principal nome da oposição para enfrentar o indicado pelo atual prefeito Romero Rodrigues, é o senador Veneziano Vital do MDB. Para o deputado, Veneziano tem a maior densidade eleitoral e apoio popular na oposição.
Adriano ainda ressaltou a importância do cargo de senador no cenário político brasileiro, e por isso, aconselharia Veneziano a não vir para disputa por entender que ele pode contribuir muito mais com a Paraíba continuando como senador.
O deputado ainda aproveitou a entrevista para citar os nomes de Ana Cláudia (PODE), esposa de Veneziano; Inácio Falcão (PCdoB), que de acordo com ele possui grande liderança no município; Geraldo Medeiros, secretário de Saúde do Estado, defendido por ele como uma opção técnica muito importante; a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) e até mesmo Damião Feliciano (PDT), como nomes que também estão disponíveis pela oposição.
A entrevista também foi marcada pela informação que Adriano Galdino não teria interesse de entrar na disuta nessa eleição de 2020:
“Eu, particularmente, irei ajudar, irei participar da eleição apoiando. Eu até penso e acho que irei fazer isso, vou transferir meu título eleitoral para a cidade de Pocinhos, para que não haja nenhuma especulação, não haja nenhuma dúvida de que eu apenas irei apoiar o candidato, ou os candidatos, da oposição em Campina Grande” – finalizou.
Bastidores da Política PB
Um ex-prefeito de Duas Estradas, município situado no Brejo da Paraíba, foi condenado pela Justiça Federal por improbidade administrativa, conforme divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) no estado, nesta segunda-feira (22). Em fevereiro deste ano, Roberto Carlos Nunes foi condenado pelos membros da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba por gasto indevido do dinheiro público.
Segundo o MPF, foram constatadas irregularidades em obras de 33 banheiros em diversas comunidades rurais. Os empreendimentos envolveram R$ 90 mil, relativos a um convênio, que teve a prestação de contas reprovada, firmado com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Na sentença, o juiz estabeleceu uma multa civil no valor correspondente à última remuneração recebida pelo ex-prefeito ao final do mandato, com a atualização monetária. A quantia deve ser revertida em favor do município de Duas Estadas e da Funasa.
O MPF informou também que o ex-prefeito teve os direitos políticos suspensos por três anos e está proibido de contratar com o Poder público ou receber benefícios, incentivos fiscais ou creditícios, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, também por três anos. No entanto, ainda cabe recurso da decisão.
A construtora contratada foi apontada como “de fachada”, pela Polícia Federal, e citada nos autos do inquérito que embasou a ação, de acordo com o Ministério, que afirmou também que a Receita Federal declarou inapta a inscrição da empresa no Cadastro nacional da Pessoa Jurídica.
Além disso, por meio de extratos de conta corrente, foi verificado que não houve comprovação da boa e regular aplicação dos recursos repassados, desde o primeiro repasse até a última movimentação.
Outros processos
Conforme o MPF, Roberto Carlos Nunes já foi alvo de oito ações de improbidade administrativa, no âmbito da Justiça Federal, tendo quatro condenações. Já as ações penais contra ele, ajuizadas pelo MPF, são seis, com quatro condenações.
O senador e presidente estadual do MDB na Paraíba, José Maranhão, convocou para a próxima sexta-feira (26), a Convenção Estadual do partido. As informações partidárias são de que Maranhão está indo mais uma vez para a reeleição, que já seria consenso na agremiação. A eleição começa às 9h e termina às 13h.
Participam da convocação todos os membros, parlamentares, delegados titulares e suplentes das secções municipais, prefeitos e outros filiados. A reunião irá acontecer na sede do partido, na Avenida Beira Rio, em João Pessoa.
O atual mandato de presidente do partido na Paraíba termina no final deste mês, segundo informou a direção do MDB. O presidente eleito na Convenção desta sexta-feira fica no cargo até julho de 2021.
Além da escolha do presidente na Paraíba, também será realizada a eleição para os delegados da executiva nacional, e na pauta também estarão os destinos do MDB para a eleição municipal que acontece no ano que vem, e novos filiados para o partido. De adordo com o Tesoureiro do MDB, Antônio de Souza, há conversas com nomes de peso para ingressarem no partido,
“Essa próxima eleição, principalmente para vereador, eles não vão se arriscar ficar em uma legenda pequena. Nós temos vereadores de cidades grandes, inclusive de João pessoa que está vindo. Mas a turma fica esperando a janela”, explicou Antônio de Souza, referindo-se à mudança que acabou com as coligações. “Agora não tem mais coligação, agora é voto majoritário, quem tiver mais, entra”, frisou, lembrando que a janela para as filiações acontece entre 5 de março de 2020 a 4 de abril.
O Tesoureiro da legenda também confirmou que MDB deve ter candidatura própria em João Pessoa, Campina Grande, assim como em outras grandes cidades da Paraíba. “Não tem nem perigo de não ser candidatura própria em João Pessoa e Campina Grande”, disse.