A sucuri é uma das serpentes mais temidas e belas do mundo animal. Apelidada pelos norte-americanos de anaconda, transmite uma imagem mais agressiva do que realmente é. Uma cena rara captada por moradores do estado vizinho, Rondônia, mostra bem essa disparidade. Com a baixa nas águas do rio Abunã, uma bela e gigantesca sucuri aproveitou uma manhã para tomar sol sobre um galho seco de árvore. O vídeo foi divulgado na rede social do site Rondoniaovivo.
O rio Abunã é um dos afluentes do curso alto do rio Madeira, que forma quase toda a fronteira norte entre Bolívia (departamento de Pando) e Brasil (estados de Acre e Rondônia). Também tem como povoações de importância em suas margens os ribeirinhos do município de Plácido de Castro, no Acre.
Nas imagens, a bela sucuri aparece calma e não espanta quem passa de barco. A serpente não é tão perigosa como se costuma pensar, muito menos venenosa. Elas conseguem passar até seis meses sem comer.
Sem água, a sucuri não sobrevive, por isso ela escolhe rios e regiões alagadas para viver. A Amazônia e o Pantanal são verdadeiros paraísos para a espécie. O peso de quase 100 kg a faz ser considerada a cobra mais pesada do mundo.
Pela primeira vez a região da Groenlândia se tornou uma das principais preocupações de segurança nacional da Dinamarca, à frente do terrorismo e de crimes cibernéticos.
O Serviço de Inteligência de Defesa (FE) do país relaciona a mudança na prioridade ao interesse dos Estados Unidos na região expressado pelo presidente americano, Donald Trump, que disse que queria comprar o território no Ártico.
A Groenlândia é parte da Dinamarca, mas tem bastante autonomia, incluindo liberdade para assinar grandes acordos comerciais.
A China tem acordos de mineração assinados com a Groenlândia.
O chefe do FE, Lars Findsen, disse que agora a região é uma questão de segurança prioritária para a Dinamarca porque há um “jogo de de poder se desenrolando” entre os EUA e outras potências no Ártico.
Em agosto, o governo dinamarquês havia dito que a sugestão de Trump de que os EUA comprassem a Groenlândia é um “absurdo”. Trump então cancelou uma visita de Estado à Dinamarca e chamou o primeiro-ministro do país, Mette Frederiksen, de ‘sórdido’.
O interesse dos EUA na Groenlândia existe há décadas. O país tem uma base aérea da época da Guerra Fria na região de Thule que é usada para vigilância espacial através de um enorme radar. É a base militar norte-americana mais ao norte, que cumpre a função de alertar caso os EUA sofram algum tipo de ataque aéreo.
Da onde vem o novo foco na região?
A importância estratégica da Groenlândia aumentou em meio às crescentes tensões no Ártico. As águas do Ártico estão se tornando mais navegáveis graças ao derretimento do gelo, em consequência do aquecimento global, e cada vez mais navios fazem transporte de mercadorias pelas rotas do norte. Também há um aumento da competição internacional por minérios raros.
A enorme ilha está estrategicamente localizada entre a América do Norte e a Europa, sendo um entreposto para muitos mercados.
“Decidimos começar a análise de risco deste ano com um capítulo sobre o Ártico, já que os interesses das potências na região têm um impacto direto e um significado crescente para o Reino da Dinamarca”, disse Lars Findsen, chefe do FE, à BBC.
“Apesar da ambição conjunta das nações do Ártico de manter a região livre de discordâncias sobre políticas de segurança, o interesse militar na região está crescendo. Um jogo de poder está se desenrolando entre Rússia, EUA e a China, o que aprofunda as tensões na região.”
A Rússia aumentou suas atividades econômicas e militares no Ártico. E há disputas territoriais entre a Dinamarca, a Rússia, os EUA e o Canadá no Polo Norte, onde recursos energéticos e minerais estão se tornando mais acessíveis.
Kasper Wester, jornalista especializado em defensa do site OLFI, diz que a Dinamarca faz patrulhas de rotina das águas e do espaço aéreo da Groenlândia.
No entanto, em agosto, o país enviou um enorme navio de apoio à Groenlândia pela primeira vez. O Absalon é um dos maiores navios do país.
E os minérios preciosos da Groenlândia?
A mineração está sendo expandida na Groenlândia porque a vasta camada de gelo que cobre a ilha tem diminuído nos últimos anos. Um parceira entre as empresas Greenland Minerals, da ilha, e Shenghe Resources Holding, da China, vai permitir ao país asiático importar minerais raros que contêm urânio e tórium radioativos.
A Corporação Nacional Nuclear da China está participando do projeto.
O site export.gov, do governo dos EUA, diz que “especialistas na indústria de minérios antecipam que a diminuição do gêlo vai tornar os ricos depósitos de matéria-prima da ilhas mais acessíveis.”
A região também tem depósitos de rubis, safiras, ouro, platina, zinco, chumbo e molibdênio.
A empresa Bluejay Mining, de Londres, está criando uma mina para extrair ilmenita de uma região próxima à base aérea de Thule. A ilmenita é o principal mineral usado para produzir titânio. Ações da mina foram vendidas à empresa dinamarquesas e groenlandesas.
A Bluejay diz que está construindo duas outras minas na Groenlândia: um projeto enorme para extração de níquel, cobre e platina e outro para extração de zinco, chumbo e prata. Mais da metade da mão de obra da Bluejay é groelandesa ou dinamarquesa.
Milhares de requerentes de refúgio que tiveram o pedido negado e foram deportados da Alemanha voltam ao país e entram novamente com uma solicitação semelhante, revelou uma matéria publicada neste domingo (1) pelo jornal “Die Welt am Sonntag”. Os dados fazem parte de um relatório do governo federal alemão.
O documento mostra que 28.283 migrantes que pediram refúgio desde 2012 e foram deportados estão novamente vivendo em território alemão e entraram pelo menos uma vez com um novo pedido de refúgio. Alguns dos requerentes deixaram a Alemanha por vontade própria sabendo que não teriam chances de ficar no país, porém, acabaram retornando tempo depois.
Os dados mostram ainda que atualmente vivem na Alemanha 4.916 requerentes de asilo que já foram deportados do país duas vezes desde 2012 e tentam pela terceira vez refúgio. Outros 1.023 já estão na quarta tentativa e 294 tentam pela quinta ou mais vezes.
Somente neste ano, 3.243 migrantes retornaram após a deportação e entraram com um novo pedido de refúgio.
O número de migrantes que retornam ao país é pequeno em relação ao total de requerentes de refúgio. Segundo dados do Departamento Federal de Estatística da Alemanha, entre 2010 e 2018, ao todo 1,78 milhões de refugiados chegaram ao país.
O retorno de deportados voltou ao centro do debate depois da volta para a Alemanha de Ibrahim Miri, líder de um clã libanês, foi deportado para seu país de origem novamente em novembro, depois de ter entrado ilegalmente na Alemanha. Entre 1989 e 2014, Miri foi condenado 19 vezes na Alemanha, por roubo, tráfico de drogas, entre outros crimes. Em março, ele foi solto e deportado para o Líbano. No fim de outubro, ele reapareceu em Bremen, onde entrou com um pedido de refúgio.
O ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, anunciou então um projeto de lei para permitir a prisão de estrangeiros deportados que retornam à Alemanha durante todo o período de análise do novo pedido de refúgio. Mas, segundo o “Die Welt am Sonntag”, a ideia teria encontrado resistência dentro do próprio ministério.
Um vídeo que mostra um senador paraguaio defendendo a morte de 100 mil brasileiros que vivem no país provocou reação dos meios políticos locais. Em uma gravação feita com celular na última segunda-feira (25), o senador Paraguayo Cubas Colomes, 57, se dirige a um grupo de pessoas na beira de uma estrada na cidade de Minga Porá, ao lado de um caminhão carregado de madeira.
Ele pergunta se a madeira veio de uma estância de “rapai”, termo informal usado no país em referência a brasileiros. Com a resposta afirmativa, começa a vociferar.
“Bandidos brasileiros, bandidos! Invasores! Agora desflorestando o país”, berra. “Tem que matar aqui ao menos 100 mil brasileiros bandidos”, prossegue, mencionando que há 2 milhões de brasileiros vivendo no país.
Colomes, em seguida, pede “paredão” para brasileiros que não têm “cortina de vento”.
O termo refere-se a uma técnica de manejo florestal que consiste na plantação de árvores, geralmente eucaliptos, para isolar lavouras de soja. O objetivo é evitar que o vento carregue pesticidas para propriedades menores nas redondezas de grandes áreas plantadas.
A região onde o vídeo foi gravado, no Departamento de Alto Paraná, perto da fronteira com o Brasil, é produtora de soja. Grande parte das propriedades é de brasileiros que migraram ao país vizinho há décadas, conhecidos como brasiguaios.
Um segundo vídeo, filmado logo em seguida, causou polêmica ainda maior no país. Nele, o senador investe contra policiais que, segundo ele, estariam protegendo os brasileiros. Ele chuta um carro e chega a dar um tapa num policial, que não reage. Em seguida, furioso e proferindo xingamentos, arremessa um vaso no chão.
Os vídeos geraram reação no Senado paraguaio, que discute a possibilidade de punição ao senador. Senadores pediram desculpas aos brasileiros pelas declarações do colega.
Colomes é reincidente. Há alguns meses, recebeu uma suspensão por ter atirado um copo de água num colega durante uma discussão.
Ele é membro do partido Movimento Cruzada Nacional, uma legenda pequena que tem como bandeira o combate à corrupção e à presença estrangeira no Paraguai, duas bandeiras com forte apelo populista.
Além de brasileiros, são seus alvos outros imigrantes vindos de países sul-americanos. Também ataca membros da influente comunidade menonita, uma corrente protestante que migrou do Canadá e do México no século 20 e trabalha em colônias agrícolas.
Ex-deputado federal, ele se comporta no Senado de forma independente ao governo do presidente Mario Abdo Benítez.
O governo brasileiro está acompanhando o caso e avalia alguma medida formal de protesto contra o senador. O carregamento de madeira que motivou o acesso de fúria do senador estava regularizado e não teria relação direta com nenhum produtor brasileiro.
A reportagem entrou em contato com o gabinete do senador e pediu uma entrevista com ele, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
Notícias ao Minuto
Uma fazenda russa deu a suas vacas leiteiras óculos de realidade virtual, numa tentativa de reduzir a ansiedade delas.
Os óculos com sistema de realidade virtual foram adaptados para as “características estruturais das cabeças das vacas” e colocados em todo o rebanho. Cada aparelho recebeu um “programa exclusivo com imagens que simulam um campo durante o verão”.
Assim que os óculos são colocados, as vacas passam a ver um pasto tranquilo e bem verde, mesmo que, na realidade, o dia esteja nublado e que o animal esteja rodeado por várias outras vacas. O Ministério da Agricultura e Alimentos da Rússia citou uma pesquisa que, segundo eles, revela uma ligação entre a experiência emocional de uma vaca e sua produção de leite.
Testes iniciais apontaram que o aparelhou estimulou um bom “clima emocional do rebanho como um todo”.
O visor foi adpatado especialmente para a cabeça dos animais — Foto: Ministério da Agricultura da Rússia
Segundo um comunicado da pasta, os experimentos ocorreram na fazenda RusMoloko, no distrito de Ramensky, em Moscou.
“Exemplos de fazendas leiteiras de diferentes países mostram que, em um ambiente calmo, a quantidade e, às vezes, a qualidade do leite, aumentam acentuadamente”, dizia.
Os pesquisadores examinarão os efeitos do programa em um estudo a longo prazo. Os desenvolvedores esperam expandir o projeto, se os resultados positivos continuarem.
g1
Em apenas 15 meses de governo, o presidente Iván Duque amarga a desaprovação de 69% dos colombianos e amanhece no sétimo dia de protestos, com mais uma greve geral convocada para esta quarta-feira (27). O mais jovem mandatário eleito na história do país é desafiado por demandas que foram ofuscadas, durante décadas, pelo conflito armado com guerrilha e paramilitares, e por um conturbado processo de paz que dominou a cena política na Colômbia.
Ainda que encoberto por um crescimento de 3,3% do PIB, esse coquetel de queixas acumuladas veio à tona em gigantescos protestos que se alastraram na última semana nas principais cidades. O estopim foi deflagrado pelos planos do governo de implementar reformas nos sistemas trabalhista e previdenciário, assim como uma suposta redução no salário mínimo de jovens, desmentida pelo presidente.
A violência das forças de segurança, concentrada particularmente na polícia antidistúrbios, resultou na morte do estudante Dilan Cruz, de 18 anos, que rapidamente transformou-se no principal rosto do protesto, aumentando o fosso entre governo e descontentes.
Sem apoio no Congresso para implementar reformas, Duque tentou retroceder, reuniu-se com uma comissão formada por entidades de trabalhadores e anunciou um pacote para aplacar os ânimos. Acenou com a proposta de aliviar o bolso dos consumidores com 3 dias por ano sem a cobrança do IVA e a devolução de 100% do imposto aos 20% da população considerados pobres.
E ainda distribuiu outras benesses para estimular jovens e aposentados, que teriam contribuições para a saúde reduzidas. Tudo isso, pelos cálculos do governo, custaria US$ 900 milhões aos cofres públicos.
Mas era tarde. Qualquer perspectiva de acordo pulverizou-se pela morte do estudante. Centrais sindicais e estudantis mantiveram-se firmes ao propósito de não arredar pé das ruas. Exigem o desmantelamento do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad), criado em 1999 durante o governo Andrés Pastrana, e frequentemente implicado em violações em direitos humanos.
A força é composta por cerca de 4 mil funcionários, que em tese atuariam com armas de baixa letalidade, como gás lacrimogêneo e balas de borracha. Mas há fortes suspeitas de que Dilan tenha sido atingido na cabeça com arma de fogo.
Apadrinhado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, que se opôs fortemente ao acordo de paz com as Farc assinado em 2018, durante a gestão de Juan Manuel Santos, Duque patinou na implementação do pacto. Seu governo é criticado de lentidão, o que teria levado milhares de guerrilheiros de volta à luta armada.
Aos 43 anos, Iván Duque tentou enveredar por um caminho mais moderado em relação a Uribe, atualmente senador pelo Centro Democrático. Nas eleições locais, em outubro passado, o partido, o Centro Democrático, foi duramente castigado em Bogotá e Medellín, as duas maiores cidades colombianas
Diante do clima de confronto ideológico em que o país está mergulhado, Duque é frequentemente referido como subpresidente, numa alusão à influência de seu mentor político no governo. Essa ambiguidade dá a dimensão dos graves problemas que enfrenta em tão pouco tempo no comando da Colômbia.
No ranking das melhores nacionalidades do mundo, os franceses continuam sendo os reis. De acordo com o índice de qualidade da nacionalidade de Kälin e Kochenov (QNI) relativo ao ano de 2018, a nacionalidade francesa se consagrou como a melhor do mundo pelo 8° ano consecutivo.
Para chegar a essa conclusão, os autores do estudo se basearam em vários critérios, como paz e estabilidade, poder econômico, desenvolvimento humano e liberdade para viajar ou trabalhar no exterior.
Com uma pontuação de 83,5%, os franceses ficaram à frente dos alemães e holandeses, com 82,8%, e da Dinamarca, que ocupa uma posição a menos em relação ao ano anterior, com 81,7%.
O estudo reserva várias surpresas, já que a França acabou sendo posicionada à frente de muitas outras grandes potências. O Reino Unido ocupa o oitavo lugar na lista, com uma pontuação de 80,3%. Mesmo que o país tenha ganhado três posições em relação ao ano anterior, ele deverá cair nos próximos rankings por causa do Brexit, destacaram analistas da agência Bloomberg.
Além disso, a nacionalidade norte-americana ocupa apenas o 25º lugar (70% na pontuação geral), atrás da Bulgária ou da Croácia.
Um passaporte forte
Outras grandes potências também foram analisadas durante a classificação. A China ocupa o 56º lugar com uma pontuação de 44,3%, e conquistou quatro posições.
Enquanto isso, a Rússia ocupa a 62ª posição (42%) e subiu duas posições em relação ao ano anterior. Entre os últimos da classe, encontramos, sem surpresa, a Somália em 159º lugar (13,8%), atrás do Afeganistão (15,4%), o Sudão do Sul (15,9%), a Síria (16,8%) e o Iêmen (17,2%).