A China informou nesta segunda-feira, 11, ter registrado 17 novas infecções pelo coronavírus nas últimas 24 horas. Entre os casos, sete foram importados e cinco ocorreram na cidade de Wuhan, onde o surto teve início e um rígido bloqueio foi suspenso no mês passado.
O nível de risco epidemiológico em Wuhan foi elevado neste domingo 10, depois que o primeiro caso de Covid-19 em mais de um mês foi detectado na cidade. Esta foi a primeira infecção reportada na cidade desde 3 de abril.
Wuhan era considerada uma zona de risco “pequeno” desde o fim da quarentena em 8 de abril e as atividades começaram a ser retomadas progressivamente. Os estudantes do último ano do Ensino Médio retornaram às aulas na quarta-feira – todos de máscaras e respeitando as medidas de saúde estritas – após quatro meses de férias forçadas devido ao vírus.
Além do caso em Wuhan, a China já havia registrado no domingo 13 novos contágios de Covid-19 em seu território. É a primeira vez desde 1 de maio que o país anuncia um aumento de dois dígitos do número de contaminações em 24 horas.
A maioria dos novos casos aconteceu na região nordeste do país, onde a cidade de Shulan foi colocada em quarentena. No sábado, a China admitiu que a Covid-19 revelou “lacunas” em seus sistemas de saúde e prevenção de doenças infecciosas, no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, critica a maneira como Pequim administrou a crise.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou para seu colega chileno, Sebastián Piñera, nesta quinta-feira (7) para oferecer ajuda na luta contra o novo coronavírus, informou a Casa Branca.
“O presidente Trump ofereceu a assistência dos Estados Unidos ao Chile para disponibilizar cuidados intensivos aos seus cidadãos”, disse o vice-secretário de imprensa, Judd Deere.
O funcionário não especificou se estava se referindo a vendas de equipamentos ou doações. Segundo a Casa Branca, “os dois líderes discutiram as estratégias que seus países adotaram para conter a pandemia”, que no Chile soma 24.581 casos confirmados e 285 mortes.
Trump elogiou a “abordagem proativa e equilibrada do Chile para proteger a saúde e os meios de subsistência dos chilenos”.
Depois, Piñera disse que conversou com Trump sobre colocar o Chile em uma “posição privilegiada” para que uma vacina chegue ao país sul-americano a tempo de conter a epidemia.
Um menino de 5 anos e com US$ 3 na carteira pegou o carro dos pais com a intenção de ir comprar uma Lamborghini na Califórnia, nos Estados Unidos.
Porém, a empreitada não deu certo e o precoce “motorista” foi encontrado por uma patrulha da polícia rodoviária com o carro parado na segunda-feira (4) em uma estrada no estado de Utah.
“Eu me aproximei do veículo e esperava encontrar alguém que precisasse de uma ambulância ou de paramédicos”, declarou o policial Rick Morgan.
O que ele encontrou foi o menino sentado bem na ponta da poltrona para conseguir alcançar o pedal do freio. Inicialmente, o garoto disse apenas que iria para casa da irmã, que fica na Califórnia.
Mais tarde, ele disse a um policial que iria comprar a Lamborghini quando chegasse lá e mostrou o dinheiro que tinha na carteira. O luxuoso modelo custa pelo menos US$ 200 mil (R$ 1 milhão).
De acordo com a polícia, ele saiu de casa após uma discussão com a mãe, que tinha se recusado a comprar uma Lamborghini para ele.
Os pais disseram à polícia que foi a primeira vez que ele fez algo semelhante.
A grande maioria dos novos casos de coronavírus registrados nesta terça-feira (5) na Espanha corresponde a profissionais da saúde, uma tendência observada nos últimos dias no país, onde a epidemia está em desaceleração, informou o ministério da Saúde.
Dos 867 novos casos diários de Covid-19 notificados no boletim oficial, 631 são de profissionais da saúde (73%).
A tendência foi observada na última semana: desde 28 de abril, o ministério notificou mais de 8.500 casos novos, sendo 5.587 de profissionais da saúde (66%).
No balanço global, a Espanha superou 250 mil casos notificados durante a epidemia, incluindo as pessoas que apresentaram resultado positivo em testes de anticorpos. Quase 18% (43.956) são profissionais da saúde infectados.
É uma “incidência importante”, admitiu Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências Sanitárias do ministério.
Em dois grandes hospitais de Madri e da Catalunha, as duas regiões mais afetadas pelo novo coronavírus, 11% dos funcionários foram infectados, afirmou Simón.
O diretor do Centro de Emergências Sanitárias destacou, no entanto, que muitos trabalhadores da área da saúde superaram a doença e voltaram ao trabalho.
A letalidade do vírus entre os profissionais da saúde é de 0,1%, contra 7,8% entre a população em geral, informou Simón, que também indicou que o grupo registra taxas muito inferiores de hospitalizações e internações em UTIs.
Durante a epidemia, sobretudo no momento de pico, quando o sistema de saúde entrou em colapso nas regiões mais afetadas, os profissionais da saúde denunciaram a escassez de material de proteção, como máscaras e luvas.
Em um primeiro momento, o governo reconheceu a situação, mas nas últimas semanas afirmou que o fornecimento de material foi normalizado.
O balanço divulgado pelo ministério nesta terça-feira registra 185 novas mortes por coronavírus na Espanha, o terceiro dia consecutivo abaixo das 200 vítimas fatais em 24 horas, e muito distante das 950 registradas durante o pico da epidemia no início de abril.
O confinamento estrito dos espanhóis, em vigor desde 14 de março e que o governo pretende ampliar até 23 de maio, começou a ser flexibilizado progressivamente.
Mapear e isolar os pacientes que contagiam sem apresentar sintomas e buscar possíveis doentes de casa em casa são algumas medidas com as quais Cuba busca mudar favoravelmente o rumo da pandemia e alcançar o pico de transmissão antes do previsto.
Até quarta-feira (29), a ilha acumulava 1.467 casos do novo coronavírus, com 58 mortes, desde que se apresentaram os primeiros pacientes testados positivamente para a doença em 11 de março, um número muito menor que o de vários de seus vizinhos.
Entre os pacientes que testaram positivo para a Covid-19, Cuba decidiu focar sua atenção nos assintomáticos, ou seja, aqueles que sequer tossem, mas que espalham o vírus. Sem exames, essa população não sabe que possui a doença e representa um risco para a propagação do novo coronavírus.
Dos 380 novos casos registrados em Cuba entre 20 e 29 de abril, 222 eram assintomáticos, contabilizando mais de 58% dos casos. Mas todos já se encontravam isolados em algum centro de saúde, porque eram contato de algum caso positivo.
“Se eu detecto um paciente confirmado para a Covid-19, busco a última pessoa que possa ter tido contato com ele nos últimos 14 dias e que possa ter se infectado”, afirmou o diretor de Epidemiologia do Ministério da Saúde de Cuba (Minsap), Francisco Durán.
“Isolo e estudo todas essas pessoas. Isso indiscutivelmente tem que ter uma repercussão em reduzir a incidência, em diminuir a transmissão”, acrescentou.
Suspeito? Isolamento!
Cuba testa todos os contatos de um caso confirmado com Covid-19, com ou sem sintomas. “Há momentos em que o resultado é negativo, mas é mantida uma vigilância caso apareça algum sintoma”, detalha Durán.
Aqueles que apresentam sintomas de imediato recebem um tratamento “como se tivessem” a doença, até que seja confirmada. A ilha dispõe de seu próprio arsenal para tratá-los, segundo Durán.
Entre eles está o antiviral Interferón Alfa 2B, que repõe as defesas humanas, usado pela China como uma das opções de combate ao vírus. Não evita o contágio, mas os pacientes evoluem “um pouco melhor”, diz Durán.
Cuba também está usando o plasma de pacientes recuperados em suas terapias. “O impacto de seu uso já é evidente em pacientes beneficiados”, afirmou. A cloroquina e a azitromicina também constam de seu protocolo, dependendo de cada caso.
De porta em porta
Segundo o Minsap, o novo coronavírus está presente em 104 dos 168 municípios de Cuba. Há um total de 39 surtos de transmissão local em acompanhamento para evitar seu descontrole. Desde meados de março, milhares de estudantes de medicina vasculham todos os cantos do país em busca de possíveis casos.
Esta “pesquisa é a garantia do sucesso”, declarou Luis Armando Wong, diretor de Saúde na província de Mayabeque, vizinha de Havana, que registra 45 casos. “Até o momento, não precisamos lamentar pacientes mortos e é justamente porque os identificamos a tempo na pesquisa e foram tratados a tempo”, acrescentou.
Em Mayabeque, com 30% de seus 382 mil habitantes espalhados em setores rurais, a pesquisa se torna complicada. “Como moro no campo, as casas são um pouco distantes. Caminho um quilômetro e às vezes pesquiso duas casas”, explicou a estudante do primeiro ano de medicina, Darlyn de Caridad.
As autoridades de saúde perguntam por sintomas respiratórios, tosse seca ou febre. Se detectarem suspeitos, os reportam imediatamente. “Não me sinto sobrecarregada ou estressada, porque sei que temos um sistema de saúde muito amplo”, disse Bárbara García, uma mulher de 70 anos e moradora do campo, com problemas pulmonares.
Antecipar o pico da pandemia
Se tudo correr bem, Cuba deve adiantar o pico da curva de contágio do coronavírus para a próxima semana, com um máximo de 2.500 casos ativos.
Inicialmente, cálculos matemáticos estimavam que o pico deveria ser alcançado no final de maio. No entanto, seu adiantamento corresponde à “efetividade” das medidas de isolamento social e de saúde adotadas, de acordo com o ministro da Saúde, José Portal.
Um cenário crítico, com um pico de 4.500 casos ativos, não está descartado, porque “pode haver um grupo de casos (principalmente os assintomáticos) que não identificamos”, disse Portal.
A situação é complicada devido a longas filas para comprar alimentos ou por descuidos, como um surto em um lar de idosos que retomou a curva de contágios em meados de abril.
Chegar ou não a um “estágio epidêmico vai depender exclusivamente de quantos casos conseguiremos diagnosticar e isolar, identificar os contatos, mas mais do que tudo da capacidade de cooperação” dos cidadãos, apontou o ministro.
Do Metrópoles
Mais de cem pessoas participaram nesta segunda-feira (27) em Berlim do enterro da mãe de Issa Remmo, chefe de um dos chamados “clãs árabes” que atuam na Alemanha. Devido às medidas restritivas impostas para conter à pandemia de covid-19, 250 policiais foram enviados ao cemitério para dispersar grandes aglomerações.
Segundo a chefe da polícia de Berlim, Barbara Slowik, o enterro ocorreu sem grande incidentes. Em alguns momentos, os policiais usaram autofalantes para informar os presentes de que ainda não eram permitidas aglomerações na cidade. A família foi notificada previamente que as medidas restritivas em vigor deveriam ser cumpridas.
Daqueles que compareceram ao enterro, apenas 60 fizeram questão de prestar uma última homenagem na sepultura da mulher, enterrada num cemitério no bairro de Schöneberg. Eles foram autorizados a entrar no local em grupos de no máximo 20 pessoas.
Um porta-voz da polícia descreveu a situação entre tornar possível o luto e minimizar o risco de infecções como delicada. “Nós compreendemos a dor, mas precisamos garantir, com o devido respeito, que as regras sejam seguidas”, disse.
Apenas um incidente foi relatado. Um dos participantes do enterro cuspiu num jornalista.
A matriarca morreu na última quinta-feira. Com as restrições de contato social em vigor, neste mesmo dia, a polícia precisou dispersar dezenas que reuniram após a morte da idosa numa mansão do bairro de Neukölln. A polícia registrou os dados de 47 pessoas e abriu uma investigação por violação das medidas de distanciamento.
Em setembro, o funeral de um dos membros da família, que foi assassinado a tiros, reuniu 2 mil pessoas no mesmo cemitério. Na ocasião, a polícia apontou que pelo menos 128 pessoas que participaram do funeral tinham laços com o crime organizado.
O clã de origem libanesa é bastante conhecido pelas autoridades e está envolvido em atividades criminosas na capital alemã.
Em fevereiro, três integrantes do grupo foram condenados pelo roubo espetacular de uma moeda gigante de ouro de 100 quilos do Museu Bode, de Berlim. O crime ocorreu em 27 de março de 2017. Em 2014, outros membros da família foram acusados de participar do roubo de uma agência bancária em Berlim.
O número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda pode quase dobrar este ano, para 265 milhões, devido às conseqüências econômicas da Covid-19, informou o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (ONU).
A estimativa é que o impacto das perdas de receitas com turismo, remessas em queda e restrições a viagens deixem 130 milhões de pessoas sob “ameaça severa”. Somadas às 135 milhões de pessoas que já estavam nessas condição antes da pandemia, a ONU estima que as vidas e subsistências de 265 milhões de pessoas em países de baixa e média renda estejam ameaçadas.
“A Covid-19 é potencialmente catastrófica para milhões de pessoas que já estão ‘por um fio’”, disse Arif Husain, economista chefe e diretor de pesquisa do Programa Mundial de Alimentos em conferência virtual a partir de Genebra, na Suíça. “Precisamos nos unir para lidar com isso, ou o custo será alto demais – o custo global será alto demais: muitas vidas perdidas e muitos, muitos meios de subsistência”.
“Crise aguda de alimentos e meios de subsistência” é a categoria três das cinco fases da ONU, que significa “falta crítica de acesso a alimentos e desnutrição acima do habitual”. A categoria 5 significa “fome em massa”.
Husain afirmou que é crítico agir rápido para evitar que pessoas já vivendo em situações como a de vendedores de alimentos no Quênia vendam seus bens, uma vez que pode levar anos para que sejam independentes novamente. Em alguns casos, como quando produtores vendem seus equipamentos ou gado, pode levar a efeito cascata na produção de alimentos por vários anos.
“Essas são as pessoas com as quais estamos preocupados – os que estavam bem antes da Covid e agora não estão”, disse, acrescentando estar “realmente preocupado” com pessoa vivendo em países com pouca ou nenhuma rede de segurança do governo.
África será provavelmente região mais atingida
Oficiais da ONU não deram um detalhamento geográfico das necessidades crescentes, mas disseram que a África provavelmente será a mais atingida.
O programa espera precisar de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões para financiar seus programas de assistência este ano, em comparação com os US$ 8,3 bilhões registrados no ano passado, acrescentou Husain. Ela planeja pré-posicionar os estoques de alimentos nos próximos meses, antecipando necessidades crescentes.
Dos que já são considerados famintos, muitos estão em zonas de conflito como a Síria ou em países seriamente afetados pelo impacto das mudanças climáticas, de acordo com um relatório da ONU. Mesmo antes da pandemia de coronavírus, os gafanhotos do deserto na África oriental haviam destruído as colheitas e aumentado o número de pessoas dependentes de ajuda alimentar.