A região da Baviera, no sul da Alemanha, que registrou até agora o maior número de mortes por coronavírus do país, anunciou neste domingo (6) que vai impor um bloqueio mais rígido até 5 de janeiro.
De acordo com o premiê estadual Markus Soede, os alemães da Baviera só poderão sair de casa por “um bom motivo”, acrescentando que haverá um relaxamento nas regras para o Natal, mas não para as celebrações do Ano Novo.
Para controlar a segunda onda da Covid-19, a Alemanha está fechando restaurantes e bares e limitando as reuniões públicas.
Embora as infecções diárias não estejam mais aumentando tão acentuadamente como antes, o número de casos estagnou em um nível alto, e a Alemanha relatou o maior número de mortes por coronavírus em um único dia na quarta-feira passada (2), informou a Reuters.
Neste domingo (6), o número de casos confirmados aumentou em 17.767 para 1.171.323, mostraram dados do Instituto Robert Koch para doenças infecciosas, enquanto o número de mortes relatadas aumentou em 255 para 18.772, incluindo 4.289 mortes na Baviera.
A chanceler Angel Merkel e os líderes estaduais estenderam as medidas restritivas nacionais na quarta-feira (2), limitando as reuniões privadas a cinco pessoas de duas famílias até 10 de janeiro.
A Rússia anunciou, nesta semana, que já vacinou mais de 100 mil pessoas contra a Covid-19 e que pretende imunizar 2 milhões até o fim deste mês. A imunização está sendo feita com a Sputnik V, registrada pelo país em agosto e ainda em testes de última fase.
Até agora, a imunização foi feita da seguinte forma, segundo o G1 apurou junto ao fundo estatal russo que financia o desenvolvimento da vacina:
- Dos 100 mil vacinados, cerca de 25 mil são participantes dos ensaios clínicos de fase 3 (a última) que estão sendo feitos na própria Rússia. A meta é incluir 40 mil voluntários.
- Desses 25 mil participantes, 19 mil receberam a vacina, e 6 mil receberam um placebo (substância inativa).
- As outras cerca de 80 mil pessoas que já foram vacinadas no país não fazem parte dos estudos.
- A meta de vacinação de 2 milhões de pessoas foi anunciada pelo diretor do fundo, Kirill Dmitriev, em entrevista à BBC nesta sexta-feira (4).
Quando anunciou o registro da Sputnik V, o governo russo também disse que pretendia aplicar a vacina, antes do fim dos testes, em pessoas que não faziam parte dos ensaios clínicos. A estratégia foi criticada por cientistas, porque a fase 3 serve para avaliar a segurança e eficácia da vacina em maior escala antes que ela seja aplicada na população como um todo.
No fim de novembro, o país anunciou que a eficácia da Sputnik V ficou acima de 95% 21 dias após a aplicação da segunda dose. Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que 95% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença.
Vacinação em Moscou
Na quinta-feira (3), a prefeitura de Moscou anunciou que começaria a vacinação na cidade neste sábado (5). De acordo com o fundo russo, serão 300 cabines de vacinação apenas na capital do país.
Até agora, a vacina já foi distribuída na Rússia para grupos de risco – como equipes de saúde, trabalhadores de transporte e professores. Alguns países também já receberam a Sputnik V, como a Sérvia, e outros têm acordo de produção ou fornecimento, como o Cazaquistão, a Índia, a Coreia do Sul, o Egito, o Nepal e o México.
O governo russo também firmou uma parceria com o governo do Paraná, em agosto, para produção da Sputnik V em solo brasileiro. No mês passado, o fundo russo que financia o desenvolvimento da vacina anunciou que o Brasil poderia começar a produzi-la em dezembro.
Uma forte explosão atingiu nesta quinta-feira (3) uma estação de tratamento de água perto de Bristol, no sudoeste da Inglaterra.
De acordo com o corpo de bombeiros local, o incidente deixou muitas vítimas — eles não detalharam, porém, se há mortos. As equipes de resgate ainda vasculham o local do incidente para verificar se existem mais pessoas sob os escombros.
Galpão perto de Bristol, na Inglaterra, ficou parcialmente destruído após explosão desta quinta-feira (3)
Um helicóptero vasculha a região para procurar possíveis desaparecidos. Uma testemunha relatou à agência Associated Press que a polícia fechou as ruas que davam acesso à estação de tratamento.
Ainda não se sabe o que causou a explosão. Inicialmente identificado como um armazém, o local do incidente é uma espécie de galpão localizado dentro de uma estação de tratamento na região industrial de Avonmouth.
A Flórida se tornou nesta terça-feira (1) o terceiro estado nos EUA a ultrapassar 1 milhão de casos confirmados de Covid-19, após Texas e Califórnia.
As hospitalizações também aumentaram no estado, com 4.261 na terça, ante 4.139 registrados na segunda-feira.
O departamento de saúde do estado relatou na terça-feira 82 novas mortes por vírus, aumentando o número de vítimas no terceiro estado mais populoso dos Estados Unidos para pelo menos 18.942 desde o início da pandemia.
Apesar disso, o governador Ron DeSantis prometeu não adotar quaisquer outras restrições ou impor fechamentos como os que haviam sido determinados na primavera e no verão.
Vacinas
Embora as vacinas possam chegar já este mês, as autoridades dizem que a maioria das pessoas não deverá receber a imunização antes da primavera, que no hemisfério norte começa em março.
DeSantis disse na terça-feira no Twitter que a prioridade para a distribuição das novas vacinas deve ser para residentes de instituições de longa permanência que são “de longe, o grupo demográfico com maior probabilidade de morrer com Covid”.
Dançando e tocando tambores nas ruas, médicos e enfermeiras protestaram em Madri, capital da Espanha, neste domingo (29) contra cortes que, segundo eles, os deixaram lutando para lidar com a pandemia de Covid-19.
Cantando “menos bandeiras e mais enfermeiras”, cerca de 4 mil manifestantes marcharam pela capital espanhola, a região mais atingida pelo coronavírus.
“Eles estão segregando (saúde). Nas empresas privadas de saúde é um negócio. Em público, todo mundo vem. Se você não tem dinheiro, não recebe ”, disse Lucia Tielvez, 65, auxiliar de saúde.
O conservador governo regional de Madri negou corte nos serviços de saúde.
Fotografias publicadas na mídia espanhola no domingo, mostrando cidades cheias de compradores de Natal, geraram temores de um aumento nas infecções.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, pediu aos espanhóis que evitem grandes reuniões familiares neste Natal para evitar um aumento nos casos de Covid-19.
O governo de esquerda da Espanha está considerando limitar as reuniões de Natal a seis pessoas.
A Espanha registrou 10.853 novos casos de Covid-19 à sua contagem na sexta-feira (27), de acordo com dados do ministério da saúde. Desde o começo da pandemia, 44.668 pessoas morreram no país. O total acumulado de casos passa de 1,6 milhão.
Imagine um conhecido político, líder de seu partido, em meio a um frenesi de jornalistas e sendo questionado por alguém que tem um forte sotaque.
Ele olha para a repórter, como se não tivesse entendido nada, e diz zombando dela: “Desculpe, não entendi uma palavra. Alguém pode me fazer uma pergunta em português adequado?” Chocante, certo?
Foi o que aconteceu na França, em uma cena registrada entre Jean-Luc Mélenchon e uma repórter da TV regional francesa. A ofensa cometida por ela? Ter um forte sotaque do sul do país.
Ai de qualquer pessoa com uma pitada do sul em sua voz que queria crescer em sua carreira na radiodifusão ou na política nacional, na academia e no serviço público.
Fale como um parisiense
Se quer se comunicar na França (e não apenas provocar risos), então, você se conforma com isso e fala como em Paris. Existem muitas aulas online para ensinar como.
Mas os tempos estão mudando e, pela primeira vez, uma medida está sendo tomada em prol dos 30 milhões de cidadãos franceses que falam com sotaque regional. Isso é quase metade da população do país, de 67 milhões.
Um projeto de lei foi aprovado na quinta-feira (26) na Assembleia Nacional, que é equivalente no Parlamento francês à Câmara dos Deputados do Congresso brasileiro, para tornar crime discriminar um indivíduo com base no sotaque.
“Eu também já corrigi ao longo do tempo meu sotaque, primeiro ao entrar na Sciences-Po (universidade), depois ao me tornar advogada. Então, conheço este assunto pessoalmente”, disse a parlamentar Laetitia Avi, que propôs a lei.
A criminalização da glotofobia, nome dado a este tipo de discriminação, que agora foi equiparado a outros tipos de discriminação já previstos em lei, como por raça, gênero ou deficiência física, teve 98 votos a favor e 3 contra.
A pena prevista é de três anos de prisão e multa de 45 mil euros (cerca de R$ 285 mil).
O projeto deverá ainda ser votado pelo Senado nas próximas semanas. Se aprovado, seguirá para promulgação.
Sotaque pode prejudicar a carreira
“Ter um sotaque regional na França significa automaticamente que você é tratado como um caipira, amável, mas fundamentalmente pouco sério”, disse o deputado Christophe Euzet, que é de Perpignan, na Catalunha francesa.
“É inimaginável na França que você possa ter alguém com sotaque sulista ou mesmo do norte, por sinal, como comentarista no Dia do Armistício ou falando sobre política do Oriente Médio”, disse Euzet. “É um problema pessoal para muitas pessoas que descobrem que precisam abrir mão de parte de sua identidade se quiserem progredir em suas carreiras.”
Isso também remete a uma questão política, argumentou Euzet. “O movimento dos coletes amarelos foi um exemplo clássico do que acontece quando milhões de pessoas olham para seus representantes em Paris e sentem que não têm nada em comum com eles.”
Mas espere um minuto. O primeiro-ministro da França, Jean Castex, não é famoso por ser o primeiro no cargo a falar com sotaque?
“Sim”, disse Euzet. “Mas quanto tempo Castex precisou para ser levado a sério como político?”
Como são os sotaques franceses
A França não se orgulha de sua diversidade de sotaques da mesma forma que alguns outros países.
Houve um esforço a partir da Revolução Francesa para suprimir os idiomas regionais, como o occitano e o bretão, e, depois, os sotaques derivados delas.
As escolas foram o primeiro instrumento usado para isso, depois, a mídia de massa.
A maior família de sotaques atual é a do sul, marcada, entre outras coisas, pela pronúncia do “e” no final das palavras –normalmente mudo–, e os famosos “pang” e “vang” no lugar de pain e vin (pão e vinho em francês) .
Outros sotaques regionais podem ser encontrados na Córsega, no leste da França, na Alsácia (influenciada pelo alemão), na Bretanha e no norte, influenciados pelo dialeto local ch’ti.
Em muitas áreas rurais da França, os sotaques estão preservados entre os idosos, mas são ouvidos com menos frequência entre os jovens.
Há também o sotaque banlieue, popular entre as pessoas de origem imigrante e caracterizado por consoantes duras e fala rápida.
Um mito é que o melhor francês é falado pelo povo da região de Tours, no vale do Loire. Sob o Antigo Regime, os membros da corte mantinham castelos ao longo do Loire e trouxeram com eles o vernáculo de Paris.
Um biólogo estudava um rebanho de ovelhas num sobrevoo em uma região remota do estado de Utah, nos Estados Unidos, quando avistou um misterioso monolito de metal.
A estrutura com cerca de 3,6 metros de altura estava fincada no solo – ainda não há qualquer indicativo de quem a levou até ali.
“Foi uma das coisas mais estranhas com as quais me deparei em todos esses anos como piloto”, disse Bret Hutchings, que pilotava o helicóptero naquele momento
Ele disse, em entrevista à rede local de televisão, que quando o biólogo avistou a estrutura do alto, soltou um: ‘Opa, opa, opa, deem a volta, deem a volta!’
“E eu respondi: ‘Que foi?’ Ao que ele disse: ‘Tem um negócio ali – nós temos que ir ver o que é!”, afirmou Hutchings durante a entrevista.
O piloto especula que o monolito possa ter sido instalado “por algum artista new wave” ou um fã do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), dirigido por Stanley Kubrick. A adaptação da obra de Arthur C. Clarke exibe grandes monolitos pretos inseridos por seres alienígenas.
O escritório de segurança aérea do Departamento de Segurança Pública de Utah divulgou imagens da estrutura de metal reluzente em um comunicado na última semana e afirmou que as autoridades estão investigando a origem do objeto.
“É ilegal a instalação de estruturas ou objetos de arte sem autorização em terras federais, não importa de que planeta você venha”, ressaltou, de forma bem humorada, o órgão.
A localização exata do monolito não foi informada para evitar que ele comece a atrair eventuais exploradores. As ovelhas que acabaram dando origem ao episódio vivem em diferentes partes do sul do estado.
Até agora, ninguém reivindicou autoria da “obra”.
Para tentar acelerar a busca, a polícia rodoviária de Utah compartilhou um post com a imagem do monolito no Instagram e a legenda: “Mentes curiosas querem saber – o que diabos é isso? Alguém?”
A maioria das respostas aposta na teoria que especula que o monolito possa ser uma instalação artística – alguns ressaltaram, inclusive, que ele se assemelha ao trabalho minimalista do artista John McCracken.
Não há país que escape da pandemia de coronavírus, assim como nenhum ficou à margem da explosão de agressões machistas que veio com a doença, um flagelo que se agravou em todo o mundo devido às restrições impostas pela covid-19.
Na próxima quarta-feira (25) se celebra o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres e o panorama em escala global é desolador.
Na Nigéria e na África do Sul, os estupros registraram forte alta, no Peru aumentaram os desaparecimentos de mulheres, enquanto no Brasil e México os feminicídios estão em alta.
Na Europa, as associações que ajudam as mulheres vítimas de violência estão sobrecarregadas.
De acordo com dados da ONU Mulheres divulgados no fim de setembro, o confinamento levou a aumentos das denúncias ou ligações para as autoridades por violência doméstica de 30% no Chipre, 33% em Singapura, 30% na França e 25% na Argentina.
Em todos os países, obrigados a decretar medidas de restrições aos deslocamentos para frear a propagação do vírus, muitas mulheres e crianças se viram presas em residências pouco seguras.
“A casa é o local mais perigoso para as mulheres”, recordaram em abril 30 associações marroquinas, que exigiram do governo uma “resposta urgente”.