O governo de Israel congelou os planos para enviar doses de vacinas contra a Covid-19 para fora do país, afirmou o ministro da Defesa, Benny Gantz, nesta quinta-feira (25), após a iniciativa passar por escrutínio do ponto de vista legal.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, está sendo criticado por doar vacinas da Covid-19 a aliados externos, ao mesmo tempo em que palestinos reclamam que, enquanto potência ocupante, Israel deveria fornecer mais doses do imunizante a eles.
A rede pública israelense Kan, que no início da semana reportou que Israel enviaria pequenas remessas a 19 países, disse que o procurador-geral do país, Avichai Mandelblit, estava buscando esclarecimentos sobre o programa.
Uma autoridade do gabinete de Netanyahu disse que depois que as questões legais foram levantadas, o conselheiro de segurança nacional de Netanyahu pediu que Mandelblit desse sua opinião.
“Eu vejo com bons olhos a decisão de congelar a transferência de vacinas para outros países”, disse Gantz no Twitter. Gantz atua no governo de Netanyahu enquanto se prepara para enfrentá-lo em uma eleição no mês que vem.
As Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR) negaram envolvimento no ataque que matou três pessoas na República Democrática do Congo na última segunda-feira (22), incluindo o embaixador da Itália no país africano, Luca Attanasio.
A ação foi realizada em uma estrada entre as cidades de Goma e Bukavu, perto da fronteira ruandesa, e também vitimou o policial militar italiano Vittorio Iacovacci e o motorista congolês Mustapha Milambo.
Em comunicado citado pelo site local Actualité, as FDLR afirmam que seus combatentes não participaram do ataque e pedem que as autoridades do Congo e a missão da ONU no país (Monusco) descubram os responsáveis por “esse assassinato desprezível, ao invés de recorrer a acusações precipitadas”.
Além disso, o grupo rebelde afirma que o ataque ocorreu “não longe” de destacamentos dos exércitos da RDC e de Ruanda. “Os responsáveis por esse assassinato ignóbil devem ser procurados nas fileiras desses dois exércitos e de seus patrocinadores, que formaram uma aliança para perpetuar o saque no leste da RDC”, dizem as FDLR.
O grupo foi formado por exilados da etnia hutu no Congo no início dos anos 2000. Entre seus integrantes estão membros das antigas milícias que conduziram o genocídio tutsi em Ruanda, em 1994, quando entre 800 mil e 1 milhão de pessoas foram massacradas em apenas três meses.
As FDLR são acusadas de perpetrar diversos ataques no leste do Congo, incluindo um que matou 12 guardas do Parque Nacional Virunga, local do atentado contra o embaixador italiano, em abril do ano passado.
Seu objetivo é derrubar o governo do presidente de Ruanda, Paul Kagame, um dos líderes da guerrilha tutsi que derrotou os genocidas e que está formalmente no poder desde 2000.
Divergências
O grupo ruandês havia sido acusado diretamente na última segunda-feira pelo Ministério do Interior da RDC, que disse também que outras três pessoas foram raptadas.
Já nesta terça (23), o gabinete do presidente Félix Tshisekedi emitiu um comunicado afirmando que Attanasio, Iacovacci e Milambo foram assassinados por “sequestradores”. Os três faziam parte de um comboio do Programa Mundial de Alimentos da ONU – vencedor do Nobel da Paz em 2020 – que visitaria um projeto de distribuição de comida em escolas.
O motorista congolês foi morto na hora, mas os dois italianos teriam sido levados para a floresta pelos agressores.
“Alertadas, as Forças Armadas saíram atrás do inimigo. A 500 metros, os sequestradores atiraram no policial, que morreu no local, e no embaixador, ferido no abdômen”, diz o comunicado da Presidência do Congo.
O diplomata italiano faleceu uma hora depois, no hospital da Monusco em Goma.
Um avião militar King Air 350 caiu na Nigéria logo após decolar de um aeroporto na capital Abuja, neste domingo (21). Todas as 6 pessoas que estavam a bordo morreram, incluindo 2 membros da tripulação, segundo declarações da Agência de Investigação de Acidentes (AIC) para o portal de notícias local Arise News.
O acidente aconteceu depois da aeronave relatar falha mecânica no motor, enquanto sobrevoava a cidade de Minna, de acordo com uma publicação no Twitter do Ministro da Aviação Hadi Sirika.
Bombeiros foram até o local prestar socorro.
Na postagem, o ministro confirmou a possibilidade do acidente ter sido fatal e aconselhou aos cidadãos a permanecerem “calmos e esperar pelo resultado da investigação pelos militares, enquanto oramos pelas almas que partiram, se houver”.
Em seu apogeu, o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI) chegou a controlar um território do tamanho do Reino Unido (ou do Estado de São Paulo) que se estendia entre a Síria e o Iraque.
Grandes cidades como Raqqa e Mosul estavam sob seu domínio — e o mundo acompanhava com horror as imagens que chegavam do “califado”.
Mas em março de 2019 já estava em ruínas. Seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, foi morto em uma operação militar dos EUA, e eles ficaram encurralados em uma pequena faixa de terra em Baghuz, às margens do rio Eufrates.
Um plano secreto para nomear um novo líder, no entanto, estava em andamento.
“Sim, é este: Abdullah Qurdash. Ou seu outro nome: Amir Mohamed Saied Abdulrahhman“, afirmou Salem, um membro do Estado Islâmico detido pelo serviço de inteligência iraquiano, ao apontar para uma fotografia que foi mostrada por Feras Kilani, jornalista do serviço árabe da BBC.
“Mas ele era diferente desta foto, a barba era espessa…”, diz ele sobre o novo líder do grupo, que antes mesmo da morte de seu antecessor já “cuidava da maioria dos negócios do ‘califado'”.
Esta é, portanto, a história de um califa sem califado. Do novo líder do Estado Islâmico.
Para começar a contá-la, você precisa se deslocar a 35 quilômetros de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. É onde se encontra Al Mehalabiya, a cidade que viu nascer o novo líder do grupo.
Em meio a edifícios em ruínas e postes de eletricidade retorcidos, carros da unidade antiterrorista das forças de segurança do Iraque levantam poeira ao passar. Eles estão à procura de Abdullah.
O comandante Ahmed é o responsável por essa missão, um trabalho que envolve grande risco pessoal.
Famosa por infiltrar espiões dentro do grupo jihadista, esta brigada desempenha um papel fundamental na luta contra os extremistas.
Uma família respeitada
“O pai dele costumava entoar o chamado para as orações em uma das mesquitas e tinha duas esposas”, conta o comandante.
Ele teve 17 filhos. Abdullah, um deles, nasceu em 1976.
A população local ainda se lembra deles: eram educados e muito respeitados.
A onda de frio nos Estados Unidos continua a causar transtornos nesta segunda-feira (15), especialmente no sul do país. No Texas, onde geralmente o inverno tem temperatura mais amenas do que em outras regiões, nevascas causaram a queda de energia elétrica nas cidades.
De acordo com o site poweroutage.us, especializado em abastecimento de eletricidade nos EUA, cerca de 2,6 milhões de pessoas ficaram sem energia no Texas. As autoridades texanas alertaram para que as pessoas redobrassem o cuidado nas estradas, uma vez que semáforos ficaram desligados ao longo do dia.
Por causa do frio incomum, o presidente Joe Biden declarou emergência no Texas na noite de domingo. A declaração permite que o estado receba ajuda federal para dar conta do combate aos transtornos causados pelas tempestades.
Na semana passada, a onda de frio espalhou gelo e neve pelas rodovias do estado. Um grande engavetamento com mais de 130 veículos deixou seis mortos e dezenas de feridos, que precisaram de atendimento nos hospitais já cheios por causa da pandemia do coronavírus.
Além do Texas, outros estados declararam emergências relacionadas ao inverno rigoroso: Alabama, Oregon, Oklahoma, Kansas, Kentucky e Mississipi. Há registros de transtornos por causa da onda do frio em Louisiana, Virgínia Ocidental e Ohio, além dos estados no norte que tradicionalmente têm nevascas e temperaturas muito abaixo de zero nesta época do ano.
O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) afirma que mais de 150 milhões de americanos estão sob diferentes tipos de alerta para geadas, temperaturas baixas e tempestades nos EUA. Segundo o órgão, trata-se de uma onda polar que pode derrubar recordes mínimos históricos para fevereiro.
“Este tempo se deve à combinação de um forte aumento da pressão ártica que fornece temperaturas abaixo de zero e uma faixa de tempestade ativa que carrega ondas de precipitações”, afirma o NWS.
Por enquanto, apenas partes do sudoeste e do sudeste dos EUA — onde estão Califórnia e Flórida, respectivamente — vêm registrando temperaturas elevadas e não foram muito atingidas pela onda de frio.
Jair Bolsonaro fez nesta quinta-feira (11), um aceno tímido ao banquete ecológico que Emmanuel Macron tanto deseja oferecer ao mundo. Ao lançar o programa “Adote um Parque”, em que convoca empresas privadas a contribuírem para a proteção ambiental que seu governo vem sistematicamente desmontando a galope, soltou uma frase desajeitada e reveladora de sua visão estreita das relações internacionais.
“Não tem por que Brasil e França se distanciarem”, disse ele. E, completou, referindo-se à Guiana Francesa – a pequena nesga da floresta amazônica que os franceses gostam de chamar de um dos “confetes” preservados dos tempos de seu império colonial: “afinal de contas, somos vizinhos! (….) Temos que ser amigos”. O vídeo do discurso de Bolsonaro, em que compara a “adoção de um parque à adoção de uma criança” e enaltece a rede de supermercados Carrefour, aparentemente a primeira a aderir ao programa, foi imediatamente postado no site da Embaixada brasileira em Paris.
Não demorou muito para que milhares de mensagens nas redes sociais começassem a circular, manifestando indignação contra a participação do poderoso grupo francês no que consideram ser greenwashing (*) de Bolsonaro, destinando 600 mil euros por ano para financiar a proteção no estado de Rondônia. Greenwashing, que significa literalmente “lavagem verde”, é hoje a expressão corriqueira para nomear ações de empresas e de governos que trabalham uma falsa imagem ambientalista para esconder práticas predatórias antiecológicas.
Macron foi o estadista que, em agosto de 2019, lançou alerta a um planeta em estado de choque diante da escalada de incêndios que aceleravam a devastação da floresta amazônica, ligada ao deliberado estímulo do governo Bolsonaro ao desmonte das políticas ambientais. Um mês antes, com uma jogada de marketing vulgar, fotografado numa cadeira de barbeiro, o presidente brasileiro havia deixado plantado em Brasília o ministro das Relações Exteriores francês Jean-Yves Le Drian, encarregado de transmitir “as linhas vermelhas” que o Brasil não poderia transpor se desejasse a ratificação do controvertido acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
Em seguida a seu alerta no Twitter, Macron recebeu o G-7 em Biarritz e foi categórico: a França retirava seu apoio ao acordo. Bolsonaro brandiu um falso nacionalismo de “ataque à nossa soberania” e contou com o apoio grosseiro de seu ministro da Economia Paulo Guedes, para outro gesto de descompostura imperdoável: ofender a mulher do presidente, Brigitte Macron.
A desmoralização do greenwashing é uma das principais frentes de batalha da questão ambiental que lidera o debate sobre justiça climática na Europa, e em especial na França, onde o governo acaba de apresentar ao Parlamento um novo projeto de lei, chamado “lei do meio ambiente e resiliência”. Para elaborá-lo, numa experiência inédita, foram nomeados por sorteio 150 representantes da sociedade civil para uma Convenção Cidadã sobre o Clima, e o governo terminou por acolher 46 das 149 propostas da Convenção Cidadã que visam acelerar a luta contra o aquecimento do planeta.
Fim do comércio de filtros térmicos, interdição de publicidade de energias fósseis, proibição de voos domésticos caso haja alternativa de transporte de trem para distancias percorridas em até duas horas e meia, interrupção da venda de veículos a gasolina ou diesel até 2030, redução das áreas de solo artificializado para preservar espaços naturais, generalização de cardápios vegetarianos nas cantinas escolares e refeições compostas ao menos com metade de produtos frescos na restauração coletiva (empresas, hospitais, colônias de férias, prisões, casas de repouso): a lei promove algumas mudanças substanciais no modo de vida francês, destinadas a reduzir 40% das emissões de gás de efeito estufa até 2030 em relação a 1990.
Ainda assim, antes mesmo de ser votada, já foi considerada frustrante e obsoleta por nada menos que 101 organizações ambientalistas que enviaram uma carta aberta a Macron. Acusam-no de “falta de ambição” por não acolher tantas outras propostas da Convenção que poderiam oferecer ao país “um formidável potencial de saída da crise climática, sanitária, econômica e social”.
A consciência ecológica desenvolvida nos últimos dez anos expandiu sua amplitude com a nova e inevitável correlação entre meio ambiente e pandemia. A pressão sob Macron se intensificou: em 3 de fevereiro, em decisão inédita, o tribunal administrativo de Paris condenou o Estado pela “falta” cometida ao fracassar em reduzir suas emissões de gás de efeito estufa de acordo com o teto por ele mesmo fixado no Acordo de Paris em dezembro de 2015.
Dois milhões e oitocentas mil assinaturas, colhidas em 2018 em pouco mais de 24 horas por inicialmente quatro grandes associações ambientalistas, deram origem a um processo de grande repercussão nacional, que ficou conhecido como “O Caso do Século”. O governo tem dois meses para se explicar e apresentar um plano de medidas que o façam recuar ao menos nos 3,5% a mais de emissões a que se comprometeu.
O Equador ainda não sabe quem vai enfrentar o economista Andrés Arauz no segundo turno das eleições presidenciais, em abril. O candidato apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa teve o maior número de votos e está garantido na próxima votação, mas a disputa pelo segundo lugar continua indefinida.
De acordo com as autoridades eleitorais, o ex-banqueiro Guillermo Lasso assumiu a segunda colocação nesta quinta-feira (11) ao ultrapassar o líder indígena e ambientalista Yaku Pérez. A diferença entre os dois candidatos é inferior a um ponto percentual. Falta contar pouco mais de 1% dos votos.
A razão para a demora na contagem, segundo o jornal “El Comercio”, é que o Conselho Nacional Eleitoral está revisando as “atas com novidades”. Trata-se de boletins eleitorais com problemas de verificação, como falta de assinatura dos chefes de seção.
Com a virada, apoiadores de Pérez prometem manifestações para acusar as autoridades de “fraude eleitoral”. Do outro lado, Lasso prometeu, caso seja confirmado no segundo turno, levar adiante as demandas dos candidatos derrotados — o ex-banqueiro representa o setor liberal-conservador da política equatoriana, mas obteve votação abaixo da esperada.
Entenda abaixo cenário das eleições equatorianas e da lenta contagem dos votos:
A única definição até o momento é que Andrés Arauz, da coalizão União Pela Esperança, estará no segundo turno. Independentemente da contagem e da revisão das atas, o economista de 35 anos obteve mais de 30% dos votos e não pode ser alcançado ainda neste 1º turno pelos demais candidatos.
Arauz tem o apoio do ex-presidente Rafael Correa, figura que divide opiniões no Equador. Correa foi condenado à prisão por corrupção, mas vive na Bélgica e, portanto, não cumpre pena.
De um lado, parte do eleitorado acredita que o pacote de estímulos prometidos pelo “correísta” pode levantar a economia equatoriana após a pandemia do coronavírus — que afetou fortemente o Equador — e a crise política de 2019. De outro, há uma desconfiança em cima de Arauz pelo apoio que recebe de um ex-presidente condenado por corrupção.
Um terremoto de magnitude 7.6 atingiu a região sudeste das Ilhas da Lealdade, um arquipélago no sul do Pacífico, perto da Nova Caledônia, nesta quarta-feira (10).
O epicentro foi a 401 quilômetros da cidade de Tadine, na Nova Caldônia, a uma profundade de 2 quilômetros, de acordo com o Centro Europeu Mediterrâneo Sismológico (EMSC, na sigla em inglês).
Há um alerta de Tsunami para várias ilhas da região: Nova Zelândia, Fiji, Vanuatu, Tuvalu e outras.
Essa região faz parte do Círculo de Fogo do Pacífico, uma área com intensa atividade vulcânica e sísmica.