Um bombardeio de Israel derrubou um prédio residencial de 13 andares na Faixa de Gaza nesta terça-feira (11), segundo o próprio exército israelense. A torre abrigava um escritório usado pela liderança política do Hamas, governantes islâmicos de Gaza.
Veja o vídeo divulgado pelo Estadão abaixo;
Moradores do prédio e de construções vizinhas foram alertados antes para que deixassem o local, mas não está claro se todos chegaram a sair antes do ataque.
Os confrontos entre israelenses e palestinos, que já deixaram ao menos 30 mortos – entre eles dez crianças palestinas – se intensificaram nesta terça-feira. Sirenes soaram em Tel Aviv — segunda maior cidade de Israel que abriga grande comunidade internacional — e sistemas de escudo anti-aéreo foram acionados.
Alguns foguetes lançados chegaram a cair nos arredores de Tel Aviv. Duas mulheres morreram em Israel após os ataques e dezenas de pessoas ficaram feridas.
O aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, teve todas as suas decolagens suspensas temporariamente para “permitir a defesa do espaço aéreo” de Israel, de acordo com jornal israelense “Haaretz”, mas voltou a operar no final do dia.
O Hamas disse que lançou um total de 130 foguetes — o maior ataque desde então. Imagens circularam pelas redes sociais de projéteis sendo lançados em direção a Israel.
“Alto preço”
Em uma declaração nesta terça-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que “O Hamas e a Jihad Islâmica pagaram – e pagarão – um alto preço por sua agressão”. Ele acrescentou que a resposta pode se estender: “Vai levar tempo. Vamos restaurar a segurança dos cidadãos de Israel”, afirmou.
O mesmo tom foi adotado pelo chefe do Estado-Maior, tenente-general Aviv Kochavi. “Estamos prontos para expandir a luta tanto quanto necessário. Estamos determinados a atacar os grupos terroristas de uma forma muito séria”, disse o militar.
As trocas de ataques entre o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e forças israelenses ocorrem como uma das consequências da nova onda de violência em Jerusalém Oriental. Essa tensão se iniciou com confrontos entre palestinos e a polícia israelense, principalmente na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém.
O Conselho de segurança da ONU anunciou que fará uma nova reunião emergencial na manhã de quarta-feira para discutir o assunto. A pedido da Tunísia, já foi realizada uma reunião na segunda-feira, mas os participantes apenas pediram uma diminuição da escalada de violência.
G1 – Estadão
Um grupo de hackers desconectou completamente a rede e roubou mais de 100 GB de informações do oleoduto da empresa Colonial. O duto transporta mais de 2,5 milhões de barris de óleo por dia, o que corresponde a 45% do abastecimento de diesel, gasolina e querosene de aviação da costa leste dos EUA.
Analistas do mercado de petróleo dizem que, como consequência, os preços dos combustíveis devem subir entre 2% e 3% nesta segunda-feira. Mas o impacto será ainda pior se o “apagão” do oleoduto continuar por muito mais tempo.
Os EUA trabalharam na noite de domingo para restaurar o serviço, mas devido às constantes falhas nas linhas principais, o governo decidiu decretar o estado de emergência para facilitar o transporte de combustível por outros meios, principalmente rodoviários.
“Esta emergência é uma resposta ao fechamento inesperado do sistema de dutos da Colonial devido a problemas de rede que afetam o fornecimento de gasolina, diesel, querosene de aviação e outros produtos petrolíferos refinados nos Estados afetados”, disse o Departamento de Transportes, em nota oficial.
O estado de emergência abrange 17 Estados do país e suspende as restrições de horário para o transporte rodoviário de combustíveis.
O que se sabe sobre o ataque cibernético?
Várias fontes confirmaram que o ataque cibernético foi causado por um grupo de hackers chamado DarkSide, que se infiltrou na rede da Colonial na quinta-feira.
“Pouco depois de tomar conhecimento do ataque, a Colonial desligou de forma proativa certos sistemas para conter a ameaça. Essas ações interromperam temporariamente todas as operações do oleoduto e afetaram alguns de nossos sistemas de tecnologia, que estamos ativamente em processo de restaurar”, disse a empresa.
A empresa de energia disse em um comunicado que está trabalhando com as autoridades policiais, especialistas em segurança cibernética e o Departamento de Energia para restaurar o serviço.
A pessoa mais velha do mundo, uma japonesa de 118 anos, não participará do revezamento da tocha olímpica dos Jogos de Tóquio devido ao aumento de casos de Covid-19 no Japão, anunciou sua família nesta sexta-feira (7).
Kane Tanaka, que mora em Fukuoka, no sul do Japão, planejou carregar a tocha em sua cadeira de rodas nos revezamentos em sua cidade na terça-feira.
Em um comunicado, sua família anunciou que não ela participará definitivamente porque “a disseminação do coronavírus não foi contida”.
Nesta sexta-feira, menos de 80 dias antes dos Jogos de Tóquio, o governo japonês estendeu o estado de emergência em quatro departamentos, incluindo Tóquio, além de impor restrições à região de Fukuoka.
Essas medidas, em vigor até 31 de maio, são menos severas do que os confinamentos estabelecidos em outras partes do mundo, mas limitam a atividade.
“A casa de repouso onde Kane reside proibiu visitas para evitar a propagação de micróbios e até agora tem sido capaz de fornecer segurança para seus residentes”, declarou a família de Tanaka.
“Desta forma, dada a situação atual, é uma pena, mas decidimos que Kane Tanaka não participará do revezamento da tocha”, acrescentou.
A família acrescentou que Tanaka esperava ansiosamente por esta oportunidade “rara e preciosa”.
Tanaka nasceu em 2 de janeiro de 1903, o ano em que os irmãos Wright fizeram o primeiro vôo motorizado e Marie Curie se tornou a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel.
Desde o início da pandemia, o número de casos de Covid-19 no Japão foi reduzido em comparação com outras regiões do mundo, com cerca de 10.500 mortes desde o início de 2020 em um país de 125 milhões de habitantes.
Mas a campanha de vacinação está progredindo lentamente e partes do país estão enfrentando ondas de novas infecções.
Este novo surto de infecções representa uma ameaça para as Olimpíadas de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto), adiadas um ano em 2020 devido à pandemia.
Com medo de que os Jogos piorem a situação de saúde do país, a maioria dos japoneses se opõe à realização neste verão e pede que sejam adiados novamente ou cancelados, segundo todas as pesquisas realizadas há meses.
Está descartada a participação de torcedores estrangeiros nos Jogos e os organizadores ainda não definiram se haverá público local.
om quase 100% dos votos já apurados, os conservadores do Partido Popular (PP) garantiram, com folga, a vitória nas eleições regionais de Madri nesta terça-feira (4).
A candidata do Partido Popular (PP) e atual presidente da Comunidade Autônoma – equivalente a governadora –, Isabel Díaz Ayuso, deverá se manter no cargo que ocupa desde 2019.
A região, que tem histórico em eleger partidos conservadores, garantiu 65 assentos no parlamento madrilenho para o PP (35 a mais que nas eleições passadas) – a maioria absoluta é formada com 69.
Os conservadores conseguiram, sozinhos, mais cadeiras que toda a bancada dos partidos de esquerda – e dependem apenas da abstenção dos de extrema-direita Vox para manter o poder.
O Partido Socialista Obrero Español (PSOE), partido do premiê Pedro Sánchez, teve seu pior resultado da história e garantiu apenas 24 assentos na Assembleia de Madri.
Veja como ficou a distribuição dos assentos em Madri:
- PP – 65
- Más Madrid (esq.) – 24
- PSOE – 24
- VOX – 13
- Unidas Podemos (esq.) – 10
- Ciudadanos (dir.) – 0
Total: 136
Campanha contra lockdowns
Ayuso foi uma das caras do PP contra a imposição de lockdowns para combater o avanço da pandemia de Covid-19 na Espanha.
O país, que concentra 3,5 milhões dos casos e 78,3 mil das mortes mundiais, já chegou a ser apontado como epicentro da pandemia no mundo e enfrentou duras restrições para diminuir a taxa de infecção.
Contrariando as diretrizes nacionais, impostas pelo socialista Sánchez, Ayuso manteve comércio, bares e restaurantes abertos mesmo com a alta nos casos.
Centros de pesquisa apontam que o apoio ao PP veio justamente de empresários e trabalhadores do setor de alimentação e comércio que concordaram em se manter abertos durante a 1ª onda da Covid.
Ao menos 26 pessoas morreram e cinco ficaram feridas nesta segunda-feira (3) em uma colisão entre dois barcos em rio na região central Bangladesh.
A colisão ocorreu no rio Padma, perto de Shibchar, entre uma lancha com dezenas de passageiros e uma embarcação que transportava areia.
“Todas as vítimas foram atingidas na cabeça. Até o momento recuperamos 26 corpos”, declarou o chefe de polícia, Amir Hossain, à agência de notícias France Presse. “Também resgatamos cinco feridos, incluindo três crianças”.
O governo da região de Shibchar diz que até cinco pessoas podem estar desaparecidas. A proa da lancha, que havia saído da cidade de Mawa, ficou completamente destruída na colisão e afundou no rio. Abdur Rahman, testemunha do acidente, disse que a colisão provocou um grande barulho e que as embarcações viraram.
“Corremos para o lugar, onde encontramos a lancha cortada em duas. Centenas de moradores começaram a ajudar no resgate, antes da chegada da polícia e dos bombeiros”, relatou Rahman.
Perto do local da tragédia está sendo construída a maior ponte rodoviária e ferroviária de Bangladesh.
A construção da ponte atrasa o transporte fluvial em balsas, que é mais seguro mas pode levar até duas horas, o que leva muitas pessoas a usarem lanchas rápidas, que atravessam o rio em 15 minutos. Os acidentes fluviais são frequentes no país. Especialistas atribuem o problema à falta de manutenção das embarcações, à legislação frágil e à superlotação dos barcos.
Em abril, mais de 30 pessoas morreram quando uma balsa com 50 passageiros que tentavam retornar para a cidade de Narayanganj antes do toque de recolher e colidiu com outra embarcação.
Uma equipe de cientistas poloneses afirma ter descoberto o único exemplar conhecido de uma múmia egípcia grávida embalsamada.
A descoberta foi feita por pesquisadores do ‘Projeto Múmia de Varsóvia’ e revelada na revista científica Journal of Archaeological Science na quinta-feira (29).
O projeto, iniciado em 2015, usa tecnologia para examinar artefatos armazenados no Museu Nacional de Varsóvia.
Veja um vídeo sobre a descoberta de uma cidade soterrada no Egito descoberta recentemente.
A múmia era considerada um sacerdote do sexo masculino, mas a análise revelou se tratar de uma mulher em estágio avançado de gravidez.
Tecnologia vem auxiliando trabalho arqueológico — Foto: Warsow Mummy Project/Via BBC
Os especialistas dizem acreditar que os restos mortais são provavelmente de uma mulher de alto status, com idade entre 20 e 30 anos, que morreu durante o século 1 a.C.
Amuletos, considerados itens conhecidos como os Quatro Filhos de Hórus, acompanham o corpo mumificado — Foto: Warsow Mummy Project/Via BBC
“Apresentado aqui está o único exemplo conhecido de uma mulher grávida mumificada e as primeiras imagens radiológicas desse feto”, escreveram eles no artigo científico anunciando a descoberta.
Analisando o perímetro cefálico do feto, eles estimam que a mãe morreu por razões desconhecidas entre 26 e 30 semanas de gravidez.
“Esta é a nossa descoberta mais importante e mais significativa até agora, uma surpresa total”, diz Wojciech Ejsmond, da Academia Polonesa de Ciências, que participou da descoberta, à agência de notícias Associated Press.
Quatro recipientes, supostamente órgãos embalsamados, foram encontrados dentro da cavidade abdominal da múmia, mas os cientistas afirmam que o feto não foi removido do útero.
Segundo os cientistas, não está claro por que ele não foi extraído e embalsamado separadamente. Eles especulam que crenças espirituais sobre a vida após a morte ou dificuldades físicas com a remoção podem ter contribuído para isso.
‘A Sra Misteriosa’
Pesquisadores do projeto múmia apelidaram a mulher de ‘Senhora Misteriosa’ do Museu Nacional de Varsóvia por causa de relatos conflitantes sobre suas origens.
Especialistas dizem que a mulher foi “cuidadosamente mumificada”, o que sugere que ela tinha “posição social elevada” — Foto: Warsow Mummy Project/Via BBC
Eles dizem que os restos mortais mumificados foram doados pela primeira vez à Universidade de Varsóvia em 1826. O doador alegou que a múmia foi encontrada em túmulos reais em Tebas (cidade do Egito Antigo), mas os pesquisadores dizem que era comum no século 19 atribuir falsamente antiguidades a lugares famosos para aumentar seu valor.
Inscrições no elaborado caixão e sarcófago levaram os especialistas do século 20 a acreditar que a múmia dentro era de um sacerdote chamado Hor-Djehuti.
Mas agora os cientistas, tendo identificado a múmia como sendo do sexo feminino, a partir de tecnologia de digitalização, dizem acreditar que ela foi colocada em algum momento no caixão errado por negociantes de antiguidades durante o século 19, quando saques e embrulhamento de restos mortais não eram incomuns.
Eles descrevem a condição da múmia como “bem preservada”, mas dizem que danos à proteção do pescoço sugerem que em algum momento ela foi manuseada em busca de objetos de valor.
Os especialistas afirmam que pelo menos 15 itens, incluindo um “rico conjunto” de amuletos em forma de múmia, foram encontrados intactos dentro das embalagens.
Uma das pesquisadoras do projeto, Marzena Ożarek-Szilke, disse à agência de notícias estatal polonesa que seu marido primeiro avistou o que parecia ser “um pezinho” em uma das imagens.
O contágio descontrolado pela Covid-19 na Índia não afetará apenas o sistema de saúde do país, mas deve atrasar a já lenta distribuição global de vacinas – em especial do continente africano. Conforme levantamento do diário “The New York Times”, a maioria das nações da África depende das vacinas produzidas pelo Instituto Serum da Índia.
Nova Délhi, porém, restringiu as exportações das doses para lidar com a crescente demanda doméstica. O problema é que instituto, sediado em Mumbai, é o principal produtor de vacinas da iniciativa Covax, mediada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e que destina doses a países pobres.
Até a Índia suspender as exportações, o Instituto Serum havia destinado, sozinho, 60 milhões de doses do imunizante – 43,4 milhões para países de baixa e média renda assistidos pela Covax, principalmente da África. Agora, os controles de exportação indianos são a principal restrição ao fornecimento do programa.
Ainda antes da paralisação, o continente africano tinha problemas no recebimento de vacinas, processo mais lento na comparação com outros continentes. Até a última quarta (21), apenas metade das mais de 36 milhões de doses adquiridas de vacinas haviam chegado ao continente, de 1,3 bilhão de habitantes.
Panorama geral
Do total, apenas seis milhões de doses foram administradas em toda a África Subsaariana – um número inferior a maioria dos estados dos EUA. Países como Ruanda e Gana, os primeiros a receber as remessas da Covax, já têm seus suprimentos iniciais quase esgotados. Em Botsuana, a vacinação foi suspensa em abril por falta de imunizantes.
Até agora, dez países africanos consumiram mais de dois terços dos suprimentos, disse a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti. A força-tarefa da UA (União Africana), que garantiu um financiamento para comprar 400 milhões de doses da Johnson & Johnson, não deve receber as vacinas até o final de junho.
Os países africanos, agora, passaram a recorrer a Rússia e China. Ainda assim, o continente enfrenta uma intensa onda de casos. Os Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças relataram 2.155 mortes pelo vírus na última sexta (23), mesmo com a precariedade nos registros de óbitos.
Enquanto países tentam lidar com os imunizantes que já receberam, nações como Eritreia, Chade, Burundi, Tanzânia e Burkina Faso ainda não administraram qualquer vacina.
Bares, restaurantes, cinemas, museus e salas de concertos reabrem as portas a partir desta segunda-feira (26) na Itália, e o governo apresentou um plano de 222 bilhões de euros (mais de R$ 1,4 bilhão) para estimular a economia.
Após meses de restrições no país, devido ao alto patamar do número de mortes por Covid-19, a população espera que a reabertura seja irreversível e represente o início de uma vida normal.
Fechadas há seis meses, as salas de cinema aproveitaram cedo a reabertura. O cinema Beltradde abriu as portas às 6h em Milão para uma sessão inédita para 82 pessoas.
Cafeterias e restaurantes poderão abrir para almoço e jantar, mas apenas nas áreas ao ar livre e até o início do toque de recolher, às 22h. Quase 140 mil estabelecimentos comerciais foram autorizados a voltar a funcionar na maioria das 20 regiões italianas.
“Tenho muita curiosidade de sentir o público de uma sala de concertos”, confessou o maestro Antonio Pappano, que vai dirigir nesta segunda uma apresentação da orquestra Santa Cecília em um auditório de Roma.
A Itália é um dos países mais afetados do mundo pelo novo coronavírus, com mais de 119 mil mortes e 3,9 milhões de casos confirmados.
“Finalmente”, disse Daniele Vespa, garçom de 26 anos do restaurante Baccano, próximo da turística Fontana di Trevi, em Roma. “É o começo do retorno à normalidade, tomara que também acabem com o toque de recolher”.