Apesar do bom desempenho de Marine Le Pen, presidente obtém mais cinco anos de mandato e evita que poder caia nas mãos da extrema direita nacionalista e anti-Europa
PARIS – O presidente francês, Emmanuel Macron, foi reeleito no domingo, 2, com 58,6% dos votos. O segundo turno da eleição foi marcado pela alta abstenção e pela votação histórica da candidata de extrema direita, Marine Le Pen, que cresceu com relação a 2017. Com o resultado, a França deve continuar como um dos pilares da União Europeia e fortalecer a aliança ocidental contra a Rússia.
Le Pen reconheceu ontem a derrota, mas comemorou os cerca de 42% dos votos – bem mais do que os 34% obtidos na última eleição. Durante a campanha, ela moderou sua imagem e sua retórica. A candidata, que é próxima do presidente russo, Vladimir Putin, havia prometido afastar a França da Otan e rever os laços com a UE.
Partidários de Macron acompanham a apuração na Torre Eiffel Foto: REUTERS / REUTERS
Celebração
Para o cientista político William Leday, da Science Po, Macron era o preferido de Bruxelas. “Le Pen é nacionalista e antieuropeia, o que causaria inquietude”, afirmou. Segundo ele, a reeleição com um índice maior do que o apontado pelas pesquisas reforça sua liderança no continente e seu papel de mediador com Putin.
A reeleição de Macron é a primeira na França desde a vitória de Jacques Chirac sobre Jean-Marie Le Pen – pai de Marine –, em 2002. O resultado incomum, que garantiu mais cinco anos de mandato a Macron, reflete sua gestão eficaz da pandemia, a retomada do crescimento econômico e sua agilidade em ocupar o centro do espectro político.
Ontem, após o anúncio das primeiras projeções, o presidente discursou para cerca de 3 mil apoiadores no Campo de Marte, em Paris. Ele fez acenos à esquerda, prometeu um projeto social e ecológico e disse que será o presidente de todos os franceses – inclusive interferindo para que as pessoas não vaiassem Le Pen, quando citada por ele.
Daqui até a posse, em 13 de maio, Macron tem de mostrar que é capaz de unir um país dividido em pelo menos três grandes polos: os progressistas, muitos dos quais se abstiveram no segundo turno, a centro-direita, que o apoia, e a extrema direita, da qual Le Pen é a principal representante.
Marine Le Pen cumprimenta eleitores no interior da França Foto: DENIS CHARLET / AFP
Avanços
A vitória de ontem foi bem diferente da primeira. Cinco anos atrás, Macron era um líder prodígio de 39 anos que estourava na cena política francesa com a promessa de enterrar as divisões entre esquerda e direita e construir uma sociedade mais justa, igualitária, aberta e dinâmica.
Durante seu primeiro mandato, ele conseguiu estimular o crescimento, reduzir o desemprego e fomentar uma cultura tecnológica de startups, mas foi incapaz de lidar com a crescente desigualdade e com a revolta latente entre os menos privilegiados que vivem nos subúrbios das cidades e nas zonas rurais.
As divisões sociais se acentuaram na França, à medida que a renda estagnou, os preços subiram e a automação dizimou os empregos nas fábricas. Como resultado, o capital político de Macron ficou bem mais limitado, mesmo que sua clara vitória de ontem tenha salvado a França de um perigoso desvio rumo ao nacionalismo xenófobo.
Macron participa de comício em Marseille, no sul da França Foto: Ludovic Marin/AFP
Baixo comparecimento
A abstenção no segundo turno foi de 28,2%, 2,8 pontos porcentuais a mais do que em 2017. Com isso, Macron foi reeleito com apenas 38% dos votos, o nível mais baixo desde a eleição de Georges Pompidou, em 1969.
O professor de filosofia François Calori, que vota em Malakoff, um bastião da esquerda, na periferia de Paris, estava inquieto com o comparecimento baixo na sua cidade. “Como muitos aqui, votei em Mélenchon no primeiro turno, para impedir Le Pen de chegar ao segundo turno. A estratégia era barrar a extrema direita já logo de cara”, afirmou. “Agora, votei em Macron, também para barrar a extrema direita, mas fico tenso ao ver que muita gente não votou. /COM NYT
Estadão
Até 20.000 mercenários da empresa militar privada russa Grupo Wagner, e outros procedentes de Síria e Líbia, estão lutando ao lado das forças de Moscou na Ucrânia, disse nesta terça-feira (19) um funcionário europeu à AFP.
“De acordo com suas capacidades, são efetivos de infantaria. Não têm veículos nem armas pesadas. São claramente de infantaria”, afirmou o funcionário aos jornalistas em Washington, com quem falou em condição de anonimato.
“Esses efetivos são utilizados principalmente como massa contra a resistência ucraniana”, destacou o funcionário.
A Ucrânia recebeu caças e peças de reposição para reforçar sua aviação, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, nesta terça-feira (19), sem especificar quantos, que tipo de aeronave e sua origem.
“Hoje eles têm mais caças à sua disposição do que há duas semanas”, disse o porta-voz a repórteres, enfatizando que os Estados Unidos facilitaram o envio de peças de reposição para o território ucraniano, mas não aviões.
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A Rússia começou a semana com fortes ofensivas. Só ao longo da madrugada e da manhã, Moscou diz ter feito 315 ataques
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Um deles foi em Lviv, cidade no oeste próxima à Polonia, onde ao menos sete pessoas morreram. O ataque difere da ofensiva russa atual, focada no leste
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Nessa região, a Rússia tomou o controle da cidade de Kreminna, segundo o governo local. Quatro civis foram mortos quando tentavam fugir
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A fuga de moradores de todo o país foi dificultada hoje pela falta de corredores humanitários. Kiev disse que não conseguiu acordo com Moscou para rotas de saída de civis
A Rússia tenta há dias tomar o controle de Mariupol, a cidade no sul da Ucrânia cercada há semanas por tropas russas.
Na manhã desta segunda-feira (17A situação em Mariupol é “extremamente difícil”, segundo um comunicado do Ministério da Defesa. No entanto, as tropas do país ainda resistem, e a cidade ainda não foi “totalmente tomada” pela Rússia, segundo o próprio ministério.
Moscou alega ter invadido toda a área urbana de Mariupol no sábado (16). Segundo eles, restaram algumas tropas na metalúrgica Azovstal, uma das maiores da Europa que ocupa uma área de 11 km².
Rússia confirma ter feito 315 ataques durante a última noite em diversos locais na Ucrânia
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, informou que as equipes do exército da Rússia atacaram 315 alvos militares durante a última noite.
Segundo ele, foram 18 postos de comando, 22 sistemas de defesa aérea e 275 concentrações militares.
Ele disse que esses ataques ocorreram nas regiões de Kharkiv, Zaporizhzhia, Donetsk e Dnipropetrovsk e no porto de Mykolayv, e que a força aérea russa lançou ataques contra 108 áreas onde disse que forças e blindados ucranianos estavam concentrados.
Em outras áreas, o Ministério da Defesa falou em destruir 12 drones e tanques de ataque ucranianos e usar mísseis Iskander para destruir quatro depósitos de armas e equipamentos nas regiões de Luhansk, Vinnytsia e Donetsk.
Rússia toma o controle de cidade no leste, diz governo local. Quatro civis morrem enquanto tentavam fugir
Forças russas tomaram o controle da cidade de Kreminna, no leste da Ucrânia, nesta segunda-feira (18), segundo anunciou o governo regional de Luhansk, que abrange a cidade.
O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, relatou que perderam o controle da cidade, onde tropas russas entraram com artilharia pesada nesta manhã. Segundo ele, quatro civis foram baleados e mortos quando tentavam fugir de carro de Kreminna.
Gaidai afirmou também que moradores locais já não conseguem deixar a cidade.
Kremlin critica posição da Ucrânia durante negociações de paz
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, criticou a posição da Ucrânia durante seu pronunciamento diário para a mídia russa.
“Infelizmente, o lado ucraniano não é consistente nos pontos que foram acordados. Muitas vezes está mudando de posição e a tendência do processo de negociação deixa muito a desejar”, disse ele.
Peskov ainda aproveitou o pronunciamento para reforçar que os países “hostis” à Rússia ainda tem tempo para começar a pagar o gás e petróleo russo em Rublo (moeda local). Ele se recusou a especificar quantos países concordaram em fazê-lo.
Ucrânia não consegue fazer corredores humanitários pelo segundo dia seguido, diz vice-primeira-ministra
A Ucrânia e a Rússia não chegaram a um acordo sobre comboios humanitários para a evacuação de civis de áreas afetadas pela guerra pelo segundo dia, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.
A Reuters reportou que Vershchuk utilizou as redes sociais para afirmar que “por razões de segurança, foi decidido não abrir corredores humanitários hoje”.
Neste domingo, a vice-primeira-ministra também afirmou que as autoridades ucranianas pediram corredores humanitários para a evacuação de civis e soldados ucranianos feridos do porto sitiado de Mariupol.
Ao menos sete pessoas morreream em um ataque nesta segunda-feira (18) a Lviv, no oeste da Ucrânia, segundo o prefeito da cidade, Andrey Sadovoy.
De acordo com o governo local, bombardeios atingiram instalações militares e uma loja de pneus de carros. Alguns mísseis também alcançaram um descampado próximo a uma estação de trem e algumas vias da cidade. Outras oito pessoas ficaram feridas, segundo o governador da região, Maksym Kozystkiy.
Lviv fica a 80 quilômetros da fronteira com a Polônia e está no oeste do país, do outro lado de onde a Rússia tem concentrado seus ataques.
Em Kiev, um repórter da Reuters também ouviu uma série de explosões perto do rio Dnipro. As autoridades locais ainda não deram detalhes sobre as causas.
O chanceler austríaco, Karl Nehammer, pretende dizer ao presidente russo Vladimir Putin “a verdade” sobre a guerra na Ucrânia durante sua reunião cara a cara em Moscou na segunda-feira (11), de acordo com um alto funcionário austríaco.
Nehammer deve ser o primeiro líder da União Europeia a se reunir com Putin desde que a invasão russa da Ucrânia começou no final de fevereiro.
Ele visitou Kiev para se encontrar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no sábado.
Falando antes de uma reunião da UE em Luxemburgo na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Áustria, Alexander Schallenberg, disse a repórteres que “faz diferença estar cara a cara e dizer a ele qual é a realidade: que este presidente de fato perdeu a guerra moralmente”.
“Deve ser do seu próprio interesse que alguém lhe diga a verdade. Acho que é importante e devemos isso a nós mesmos se quisermos salvar vidas humanas.”
“A razão da reunião é que não queremos perder nenhuma oportunidade, devemos usar todas as chances para acabar com a situação humanitária infernal na Ucrânia. Todas as vozes que ajudarão Putin a ver a realidade fora do muro do Kremlin não são vozes perdidas”, acrescentou Schallenberg.
A viagem de Nehammer a Moscou é significativa devido ao status neutro de seu país, consagrado em sua constituição.
A Áustria não faz parte da Otan e não fornece armas à Ucrânia. No entanto, forneceu à Ucrânia ajuda humanitária, além de capacetes e coletes de proteção para uso civil, de acordo com um comunicado da chancelaria austríaca.
Nehammer disse no sábado que, embora seu país seja militarmente neutro, “entendemos que temos que ajudar onde ocorrem injustiças e crimes de guerra”.
Ao menos 50 pessoas, cinco delas crianças, morreram e 98 ficaram feridas por conta de um ataque com mísseis a uma estação de trem na manhã desta sexta-feira (8) em Kramatorsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. O governo ucraniano acusa a Rússia de ter realizado deliberadamente o ataque, o que Moscou nega.
Segundo a companhia que administra a malha ferroviária da Ucrânia, dois mísseis atingiram a estação de Kramatorsk de manhã. De acordo com o governador da região, Pavlo Kyrylenko, 4 mil pessoas estavam na estação no momento do ataque. Elas se enfileiravam para tentar entrar em trens e deixar a região.
Policial ucraniano observa corpos cobertos após ataque russo a estação de trem em Kramatorsk, usada como rota de evacuação para civis — Foto: FADEL SENNA / AFP
Ataque a uma estação de trem deixa dezenas de mortos em Kramatorsk, no leste da Ucrânia — Foto: Pavlo Kyrylenko/Twitter
Há dois dias, a Ucrânia pede que moradores das cidades do leste da Ucrânia deixem às pressas a região, onde, segundo Kiev, Moscou prepara fortes ataques.
Ataque aconteceu em cidade no leste da Ucrânia, onde Kiev havia alertado que a Rússia preparar — Foto: Arte/ g1
Kyrylenko afirma que os ataques foram feitos por artilharia russa. O Kremlin e o Ministério da Defesa da Rússia negaram que as forças russas sejam responsáveis pelo ataque. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as tropas não tinham missões previstas para a região nesta sexta-feira (8).
Os governos da União Europeia congelaram cerca de 30 bilhões de euros em ativos ligados a oligarcas e outras pessoas sancionadas com vínculos com o Kremlin, informou a Comissão Europeia nesta sexta-feira.
Entre os ativos estão contas bancárias, barcos, helicópteros, imóveis e obras de arte, segundo a Comissão, órgão executivo da UE.
Além disso, cerca de 196 bilhões de euros em transações foram bloqueadas, acrescentou.
No entanto, a Comissão não tinha estimativas para o valor total dos ativos dos oligarcas na União Europeia.
O volume de recursos congelados também pode representar apenas uma pequena parcela dos ativos que se acredita serem de propriedade de pessoas sancionadas pelo bloco após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro. Só a Holanda estima que cerca de 27 bilhões de euros em ativos no país e jurisdições vinculadas a ele pertenciam a oligarcas da lista negra.
O Pentágono diz que a Ucrânia pode ganhar a guerra contra a Rússia, apesar do ceticismo de alguns altos funcionários norte-americanos que falam do risco de um conflito prolongado. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou, nesta quinta-feira (7), que vai pedir o envio de mais armamento à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Claro que podem ganhar. A prova está literalmente nos resultados que estão obtendo todos os dias. Eles podem ganhar”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby no Twitter.
Ele lembrou o que as forças ucranianas conseguiram até agora: “Putin não alcançou nenhum dos seus objetivos estratégicos na Ucrânia. Não conquistou Kiev e não derrubou o governo. Só tomou o controle de pequeno número de centros populacionais”.
“E não foram os que procurava. Por isso, Mariupol ainda não foi tomada. Tirou as forças de Kiev de Cherniniv. Não conquistou Kharkiv nem Mykolayiv, no Sul da Ucrânia”.
Segundo John Kirby “os ucranianos lutam corajosamente pelo seu pas. E negaram a Putin os seus objetivos estratégicos. Eles podem vencer”.
Apelo
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que vai pedir o envio de mais armamento, nas reuniões marcadas para hoje com aliados da Otan, em Bruxelas.
Drones
Cem drones de combate, que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, anunciou há duas semanas que seriam enviados à Ucrânia já chegaram ao país, informou o Departamento de Defesa.
O porta-voz do Pentágono disse que os drones, com ogivas antiblindados, chegaram à Ucrânia no início da semana.
Agora “estamos conversando com os ucranianos sobre o uso dos drones, acrescentou.
John Kirby lembrou que os ucranianos não estão familiarizados com o uso desse tipo de dispositivo e que precisam de formação militar.
Um pequeno grupo de militares ucranianos, que se encontrava nos EUA antes do início da invasão russa, está recebendo formação sobre o uso dos drones de combate.
O porta-voz disse que esses militares poderão agora dar formação a outros soldados quando regressarem à Ucrânia.
Segundo Kirby, essa tecnologia não é muito complicada de usar, e um militar pode ser “treinado adequadamente em alguns dias”.
A Casa Branca anunciou ontem que vai fornecer mais US$ 100 milhões em ajuda militar à Ucrânia, aumentando o apoio dos norte-americanos para US$ 1,7 milhão desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
John Kirby afirmou, em comunicado, que o apoio continuará a ser dado em sistemas antiblindados, incluindo mísseis Javelin, que os EUA têm fornecido à Ucrânia.
Agenciabrasil
A Ucrânia encontrou 410 corpos em cidades perto de Kiev, como parte de investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia. Algumas testemunhas estão traumatizadas com a situação e não conseguem falar, disse o principal promotor do país nesse domingo (3).
Depois que a Rússia se retirou de algumas áreas ao redor de Kiev, o prefeito de Bucha, 37 quilômetros a noroeste da capital, contou que 300 moradores foram mortos pelas forças russas enquanto combatentes chechenos controlavam a área.
A Rússia negou as alegações de que suas tropas mataram civis em Bucha. Moscou disse que nenhum morador sofreu violência das forças russas e acusou Kiev de encenar o que apresentou como provocação confeccionada para a mídia ocidental.
Os promotores ucranianos só conseguiram entrar nas cidades de Bucha, Irpin e Hostomel pela primeira vez no domingo e precisam de mais tempo para descobrir a extensão dos crimes, afirmou a procuradora-geral Iryna Venedyktova.
“Precisamos trabalhar com testemunhas. As pessoas hoje estão tão estressadas que são fisicamente incapazes de falar”, acrescentou.
Ela disse que 140 dos corpos foram examinados até agora e que pedirá ao Ministério da Saúde que forneça o maior número possível de especialistas forenses a um hospital de campanha, na região de Kiev.
O ministro do Interior, Denys Monastyrskiy, afirmou que está claro que centenas de civis foram mortos, mas não quis dizer exatamente quantos, já que os esforços ainda estão em andamento para limpar as minas na área.
“Muitos moradores locais são considerados desaparecidos. Não podemos dar um número exato, mas há muita gente”.