A procura por cursos de educação a distância tem aumentado durante a pandemia e superado as expectativas de quem atua na área. Com vagas abertas e gratuitas em cursos online de qualificação profissional, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) bateu a marca de 1 milhão de matrículas realizadas desde o início da pandemia, há quase cinco meses.
“Desde março, a gente se preocupou muito em oferecer cursos para ocupar a mente das pessoas e aproveitar essa oportunidade para requalificação. Ao todo, lançamos 23 cursos gratuitos. Nossa meta era de 100 mil matrículas, mas atingimos mais de 1 milhão”, afirma Felipe Morgado, gerente executivo de Educação Profissional do Senai Nacional. Os cursos oferecidos têm duração média de 14 horas e são autoinstrucionais. Além de videoaulas, os estudantes contam com material didático em formato digital, realizam atividades, incluindo resolução de problemas, e precisam passar por uma avaliação para receber o certificado de conclusão. “São cursos estruturados e preparados para desenvolver competências nas pessoas”, acrescenta Morgado.
O Senai lançou um ranking das 10 capacitações gratuitas mais procuradas da entidade (veja lista abaixo). No topo da lista, o curso de segurança do trabalho foi procurado por mais de 120 mil pessoas. “O tema de saúde e segurança no trabalho, com a pandemia, ganhou muito mais atenção das pessoas, principalmente de profissionais que voltaram aos seus postos de trabalho”, diz o gerente executivo do Senai. O curso de finanças pessoais também fez sucesso, com pouco mais de 96 mil matrículas. De novo, segundo Felipe Morgado, o cenário de instabilidade econômica causada pela pandemia ajuda a explicar o interesse. “Muitas pessoas estão perdendo o emprego e precisam repensar a organização de suas finanças”.
Os cursos na área de tecnologia da informação e indústria 4.0 também estão entre os destaques do Senai. Na avaliação do gerente executivo de Educação Profissional da entidade, a transformação tecnológica tem obrigado os trabalhadores e se manterem em permanente atualização. “Com a digitalização das empresas, precisamos digitalizar os trabalhadores da indústria também”.
Para ter acesso aos cursos e às vagas, basta acessar a plataforma Mundo Senai, preencher um cadastro simples e começar a qualificação. O tempo de realização do curso pelo trabalhador é flexível, além de ser 100% online. A plataforma também oferece outros serviços, como orientação profissional e oferta de vagas de trabalho.
Veja a ista dos 10 cursos do Senai mais procurados durante a pandemia:
1º – Segurança do Trabalho: 120.487 matrículas
Sensibiliza os participantes para as questões básicas da prevenção de acidentes e segurança do trabalho, de forma a criar uma mentalidade de prevenção. Duração: 14 horas
2º – Finanças pessoais: 96.374 matrículas
Mostra aos participantes a importância do equilíbrio financeiro, a fim de obter mais qualidade de vida, tranquilidade e motivação. Duração: 14 horas
3º – Tecnologia da Informação e Comunicação: 84.843 matrículas
Apresenta os principais temas relacionados à infraestrutura de TI, serviços de redes, software, hardware, normas e padrões técnicos. Duração: 14 horas
4º – Noções Básicas de Mecânica Automotiva: 73.513 matrículas
Mostra os principais componentes e como funcionam os automóveis, as forças físicas envolvidas e os mecanismos por trás do funcionamento. Duração: 14 horas
5º – Desvendando a Indústria 4.0: 68.167 matrículas
Apresenta a Indústria 4.0, propiciando ao aluno a introdução ao tema e a obtenção da base conceitual das tecnologias habilitadoras que suportam essa indústria. Duração: 20 horas
6º – Fundamentos de Logística: 62.757 matrículas
Mostra o que é necessário para administrar o patrimônio e os recursos de uma empresa, conhecendo a história, os principais conceitos e definições da área. Duração: 14 horas.
7º – Lógica de Programação: 59.405 matrículas
Ensina os conceitos básicos sobre lógica de programação, tipos de dados, estruturas de controle e repetição e exemplos do uso de variáveis homogêneas e heterogêneas. Duração: 14 horas
8º – Educação ambiental: 49.859 matrículas
Busca conscientizar os participantes sobre questões básicas da educação ambiental, de forma a criar uma mentalidade prevencionista com relação ao meio ambiente. Duração: 14 horas
9º – Metrologia: 46.954 matrículas
Proporciona o conhecimento básico necessário à aplicação e interpretação das medidas na área da mecânica. Objetivo é explorar os principais temas relacionados à metrologia, desde os instrumentos mais básicos, como as réguas, até os de maior grau de precisão. Duração: 14 horas.
10º – Empreendedorismo: 45.833 matrículas
Oferece conhecimentos sobre o ato de criação de novos empreendimentos nos mais diversos setores. Duração: 14 horas.
Edição: Graça Adjuto
O Conselho Superior do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) aprovou a realização de atividades não presenciais na instituição, numa decisão que deve durar o tempo que permanecer o contexto da pandemia de coronavírus. Assim, segundo estimativas do próprio Instituto, as aulas em alguns campi devem ser iniciadas na segunda quinzena de agosto, dentro do “plano de retomada” que foi definido.
Segundo o diretor de Educação Profissional do IFPB, Degmar dos Anjos, os diferentes campi vão ter autonomia para tomar as próprias ações, de forma que algumas aulas deverão ser retomadas antes das outras.
Os próximos 15 dias serão obrigatoriamente de “planejamento interno”, a partir daí acontecerá uma segunda fase do processo, de ambientação dos professores e dos estudantes para as novas plataformas. Findada esta fase, as atividades serão iniciadas.
Na reunião do Conselho Superior, realizada na noite de segunda-feira (27), foram aprovados dois processos, sendo que um tratava dos procedimentos para o desenvolvimento e registro de atividades de ensino não presenciais e o outro direcionado para regulamentar as fases de implementação destas atividades. Os dois foram aprovados por maioria de votos, mas com a discordância do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintef-PB).
O sindicato alegava que, antes de iniciar as atividades virtuais, era necessário como pré-condição a publicação e a execução de editais de auxílio inclusão digital para os estudantes do IFPB.
O reitor Nicácio Lopes, no entanto, argumentou que já são 160 dias com atividades acadêmicas suspensas para justificar a adoção temporária das atividades à distância. E que não aprovará o retorno das atividades presenciais enquanto tiver vidas ameaçadas, restando a adaptação para o ensino remoto como solução momentânea. “O plano está estruturado de modo flexível e com retroalimentação para avaliações”, ressaltou.
G1PB
O sonho de José Fernando, de 15 anos, natural do município de Matinhas, no Agreste paraibano, é ser advogado. O adolescente mora na zona rural e tem uma rotina totalmente diferente da de outros jovens da mesma idade. Ele cuida da mãe e da irmã, que têm graves problemas de saúde, enquanto tenta estudar para realizar o sonho de conquistar uma vaga na universidade.
Segundo José, a rotina dele começa bem mais cedo que o horário de ir para a escola. Por volta das 5h, ele acorda, e a primeira atividade é dar o remédio a sua mãe, que perdeu parte da visão e o movimentos das pernas por complicações da diabetes. Depois, também ajuda sua irmã a tomar os medicamentos. O jovem é responsável por todos os afazeres domésticos.
“Preparo o café, já lavo a louça, seco e guardo. Depois, já vou fazer o almoço e deixar tudo pronto para quando chegar da escola, só chegar, esquentar e dar para elas”, disse.
A mãe de José, Maria das Neves, contou à TV Cabo Branco o quanto o jovem é um filho dedicado, que tem inúmeras responsabilidades e que faz de tudo pela família. “De noite ele levanta e como a minha outra filha não pode pegar peso, ele me coloca na cadeira. É um filho muito bom”, contou.
O sustento da família vem do auxílio-doença da irmã de José, que também tem problemas de saúde. Com o valor, a família precisa comprar todos os remédios e pagar as demais despesas, inclusive a comida.
O objetivo de José ao sonhar em se tornar advogado é simples: “Que eu possa ajudar muita gente”. E ele diz o que o motiva a continuar: “A saúde dela. Pra que ela fique boa”.
Na localidade onde a família mora, as casas são todas afastadas e não há sinal de celular, porém, foi através das redes sociais que a história do adolescente ficou conhecida por centenas de pessoas, que tentam ajudar.
O influenciador digital conhecido como Rivanildo Atitude há quatro anos divulga campanhas de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Segundo Rivanildo, ele conheceu a história de José através de um bilhete que recebeu da mãe dele.
“No bilhete, ela pedia um mosqueteiro, um lençol e casacos para os filhos. Isso me despertou a vontade de vir conhecer a família”, disse.
José sonha em se mudar para a cidade, pois se preocupa com a família, que pode precisar de atendimento médico de urgência, e a localidade onde moram é de difícil acesso.
O jovem, que desde cedo tem uma rotina pesada e cheia de responsabilidades de adulto, deveria se preocupar somente com os estudos. Mesmo assim, um dos maiores desejos do adolescente é ser advogado.
“Espero que quando eu for advogado possa ajudar muita gente, minha mãe. O que me motiva a fazer tudo por ela é a vontade que ela fique boa”, afirmou.
A Prefeitura de Capim, no Litoral Norte da Paraíba, inscreve para concurso público com 126 vagas até esta quarta-feira (15). Também serão disponibilizadas 30 vagas de cadastro reserva em cargos de todos os níveis de escolaridade.
Os salários variam entre R$ 1.045 e R$ 2,8 mil e as inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet,no site da organizadora do certame.As taxas de inscrição custam R$ 75 para cargos de níveis fundamental, R$ 85 para cargos de níveis médio e técnico e R$ 115 para cargos de nível superior.
O cargo com mais vagas disponíveis é o de gari, com 25 oportunidades para pessoas com ensino fundamental incompleto.
As provas devem acontecer no dia 13 de setembro.
Click PB
A Campanha IFPB Solidário tem mobilizado toda a comunidade acadêmica e externa ao IFPB com um objetivo em comum: o amparo e a proteção dos grupos em vulnerabilidade social diante da pandemia do novo coronavírus. Neste sentido, mais uma etapa de entrega de cestas básicas será realizada a partir desta sexta-feira (10), em 19 municípios paraibanos, atendendo, dentre outros grupos, famílias de estudantes, comunidades e associações de moradores, colônias de pescadores, trabalhadores de circos e abrigos de idosos.
Segundo Manoel Macedo, coordenador da campanha, ao todo, 747 cestas serão doadas, sendo 212 na região do Litoral e 535 no interior do Estado. “A campanha cresce e se fortalece a cada etapa. Conseguiremos contemplar, neste momento, todos os municípios onde o IFPB possui unidades e isso é motivo de muita alegria e orgulho para todos da instituição”.
A primeira etapa do IFPB Solidário foi realizada no mês de maio, quando foram entregues mais de 500 cestas compostas por gêneros alimentícios e produtos de limpeza a vários grupos sociais. Na segunda etapa da campanha, em junho, mais de 600 cestas básicas foram entregues, beneficiando 13 cidades da Paraíba.
A Campanha IFPB Solidário é organizada pelo Instituto Federal da Paraíba e as instituições parceiras Funetec, Sintef-PB, ASSEGT, DCE, ASSIFPB e SICOOB. A gestão dos recursos gerados pela campanha é efetuada pela Comissão Gestora da Campanha do IFPB Solidário. Os valores arrecadados e os comprovantes das compras realizadas são disponibilizados no site do IFPB.
A Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) apresentaram nesta quarta-feira (8) uma ação na Justiça para anular a decisão do governo de Donald Trump de revogar os vistos dos estudantes estrangeiros obrigados a acompanhar cursos on-line, devido à pandemia do coronavírus.
“Defenderemos este caso com vigor para que nossos estudantes internacionais — e estudantes internacionais de instituições de todo país — possam continuar seus estudos sem a ameaça da deportação”, afirmou o presidente de Harvard, Lawrence Bacow, em um comunicado.
O processo conjunto foi aberto em um tribunal de Boston, Massachusetts, e tenta bloquear temporariamente a decisão da agência que controla a imigração para o país, a ICE.
Harvard anunciou que os cursos do ano acadêmico que começa em setembro serão virtuais, devido à pandemia de coronavírus. Nos Estados Unidos, já são quase três milhões de infectados e mais de 130 mil mortos.
Na terça-feira (7), o presidente Trump chamou a decisão de “ridícula”.
Enquanto isso, o MIT oferecerá aulas presenciais apenas para um número muito limitado de estudantes, já que os jovens no campus deverão se submeter a testes de diagnóstico pelo menos duas vezes por semana e ter seu próprio dormitório.
A decisão do governo dos EUA de revogar os vistos “veio sem aviso prévio, e sua crueldade é perdida apenas por sua irresponsabilidade”, disse o presidente de Harvard.
“Parece que foi planejado de propósito para pressionar as universidades a abrirem seus campi para aulas presenciais neste outono, ignorando preocupações com a saúde e com a segurança de estudantes, professores e outros”, acrescentou Bacow.
Cerca de 5,5% dos estudantes das universidades americanas são estrangeiros, e muitas instituições dependem fortemente de suas matrículas.
Campus da Universidade Harvard, nos EUA, em foto de 10 de março — Foto: Brian Snyder/Arquivo/Reuters
Na segunda-feira, o ICE anunciou que os estudantes que já se encontram nos Estados Unidos e têm cursos universitários on-line “devem deixar o país, ou tomar outras medidas, como se matricular em uma escola com cursos em sala de aula para manter seu status legal”.
Caso contrário, correm o risco de serem submetidos a processos de deportação.
Trump, que busca um novo mandato nas eleições de 3 de novembro, está pressionando o país a retomar as atividades normais para revitalizar a economia – ainda que a pandemia não esteja sob controle.
O retorno das aulas presenciais no Brasil começa a se tornar realidade.
Mas como será o ano letivo daqui pra frente? E o que a gente pode aprender com as lições de Países que já retomaram as atividades presenciais?